Velhos paradigmas e Novas descobertas

A Energia flui para onde é mais preciso. E, muitas vezes, nós não temos um “pré-aviso” sobre quando isso acontecerá nem a direcção para onde vai.

Aprendi já há um tempo que não vale a pena ficarmos enervados quando algo se arrasta durante semanas (ou mesmo meses) e parece não se resolver. A perspectiva humana sobre uma situação não é a perspectiva da Alma e enquanto as aprendizagens não forem compreendidas, a situação não se resolve.

Porque, na verdade, a questão não se prende com a situação, mas sim com a energia que a envolve. Todos nós temos questões pessoais que, em determinados momentos, parecem impossíveis de resolver. Porém, não é a situação em si que é impossível de resolver ou é insustentável, mas sim a energia interna que sentimos (ou o sistema energético, já que em questões mais complexas, estamos perante um conjunto de energias e não de apenas uma).

Para mim, é impossível desligar-me da Energia. Não é possível (nem sequer consigo imaginá-lo) desligar e viver momentos de pura alienação ou de desfocagem no que se passa energeticamente fora ou dentro de mim. Nem sei o que é viver doutra forma. Já nasci assim.

Por isso, a menos que esteja a passar por algo que me capte toda a atenção e foco, tenho geralmente noção de que antes de um pensamento, emoção ou imagem mental surgir, primeiro existe uma movimentação de energia algures no nosso corpo ou aura (dependendo do ponto onde está alojada). E, esta energia que se move quer expressar-se e quer provocar um foco em si própria. Para este fim, provoca a geração de imagens/pensamentos/sensações/emoções (geralmente desafiantes) sobre um problema qualquer actual (ou vários) que temos na nossa vida para que nos foquemos sobre eles. Ao irmos na “onda”, podemos mesmo criar autênticas tempestades interiores. Se de repente, como que por magia, esses problemas se desvanecessem (ou seja, as circunstâncias mudavam da noite para o dia), ainda assim essa energia permaneceria. Permanecerá até que aprendamos o que ela está lá para nos ensinar.

Assim, mesmo quando as circunstâncias mudam nas nossas vidas, e podemos passar um período de transição em que nos sentimos mais aliviados e até esperançosos, haverá um momento no futuro em que essa energia irá movimentar-se novamente. Existirá sempre uma circunstância ou situação interna associada a essa energia, doutro modo ela morreria, pois não teria solo fértil para se alimentar. É a velha problemática de quem veio primeiro: o ovo ou a galinha e, neste caso, a circunstância ou a energia?

Uma das coisas que nos devemos começar a aperceber é esta: o problema não é o problema, nem sequer são os outros que são o problema. A questão é que existem energias dentro de nós que estão lá para serem reconhecidas e transmutadas, são energias que utilizam aquilo que nos acontece e as circunstâncias que nos perturbam para crescerem ainda mais. É como uma luta constante pela nossa atenção. A nossa Alma joga o mesmo jogo, tentando também, por várias formas, chamar a nossa atenção.

E, no fundo, é isto que acontece. Depende de nós onde focamos a nossa atenção: se acreditamos naquilo que as energias dissonantes nos dizem acerca das nossas fragilidades, defeitos e falhas ou se escolhemos ganhar cada vez mais Consciência de forma a Ver o que estas energias são e, integrando cada vez mais a energia da Alma, transmutá-las para evoluirmos em nós.

O Lado Sombra

Durante muito tempo, falou-se (e ainda se fala) em abraçar o nosso lado sombra. O problema que se me apresenta com esta declaração é que pode ser interpretada de diversas formas e, em certas pessoas, “abraçar” o lado sombra pode ser pior, muito pior, porque confundem “abraçar” com “convidar a estar” e, sinceramente, não me parece boa política convidar aspectos sombra a instalarem-se no nosso corpo e sistema energético. Porque, em muitas situações, estes aspectos sombra já se tornaram “monstrinhos” (ou monstrões mesmo), dependendo das circunstâncias de cada um e do domínio que estas forças já exercem sobre o seu sistema mental e emocional.

O “abraçar” aqui é, na realidade, “aceitar” as coisas tal como elas são. Mesmo aquelas que nos são desconfortáveis. Mas, este aceitar engloba também a Consciência de que estas energias em nós deverão ser reconhecidas e transmutadas, e não de serem convidadas a ficar e a ganhar ainda mais protagonismo.

Aqui, o único protagonista deve ser a nossa Alma e a Luz. É certo que temos de passar pela escuridão, mas não vamos confundir as coisas. O nosso lado sombra é sombra por uma razão: se não temos cuidado e entramos por ele adentro sem levar uma lanterna, podemos correr o risco de nos perdermos, porque entramos no território da baixa vibração, que nos conhece tão bem e pode embrulhar-nos com muita facilidade, se assim o permitirmos.

Por isso, é importante compreender o que é “abraçar” o lado sombra, porque há muitas coisas neste mundo (incluindo no mundo físico) que se as abraçarmos efectivamente, vamos acabar feridos por muito boas intenções que possamos ter tido originalmente. Por exemplo, o fogo é útil para muitas coisas nas nossas vidas, mas abraçá-lo não deverá fazer parte da nossa lista de acções benéficas para nós🤭.

Tal como uma onda emocional de baixa vibração que está connosco, gerando conflitos internos, pode ser útil para a nossa evolução porque nos ajuda a reconhecer em nós o que não está tão bem (quanto mais intensa é uma sensação, mais fácil para nós será reconhecê-la) SE utilizarmos a nossa Consciência para compreender o que se passa. Mas, o caminho de cura faz-se quando conectamos a nossa Consciência ao Todo: à nossa Alma, à nossa Equipa, à nossa Família de Luz que sabem como lidar com estas energias de baixa vibração, quando a nossa mente limitada não faz ideia de como resolver a questão. Não vamos assim “abraçar” ou “convidar para a nossa mesa” seja o que for sem estarmos devidamente ligados à Alma, à nossa Consciência ou ao Todo/Deus (no fundo, a nossa lanterna), porque a energia de baixa vibração está aqui para sobreviver a todo o custo, incluindo às nossas custas e utilizará todas as suas armas para essa sobrevivência.

Medo induzido

Compreendo que algumas pessoas ficam alarmadas quando se fala de energias de baixa vibração ou entidades. Compreendo, porque é algo desconhecido e estranho e perante a qual a maioria se sente impotente. Mas, como é a minha realidade desde que nasci e faz parte da minha jornada aqui, posso dizer o seguinte: o medo nasce naturalmente do desconhecido, mas em grande parte deve-se também à desconexão. Quando vivemos desconectados da Luz, do Amor, no fundo, da Consciência da Alma, vamos sentir-nos muito desprotegidos e vulneráveis. Porque também, em grande parte, este medo é induzido.

Vou dar um exemplo concreto, mas antes disso tenho de providenciar algum contexto:

Na atmosfera à nossa volta, movem-se várias dimensões e energias. Isto acontece sempre a todo o momento, mesmo quando não temos consciência disso. Como referi antes, não consigo nunca dissociar-me do que se passa energeticamente, mas ainda assim estou limitada e há muitas coisas que acontecem à minha volta e sobre as quais tenho pouca ou nenhuma consciência. Ainda bem, porque o caos na minha mente seria demasiado para aguentar (já me bastam as alturas de eclipses e outras em que a Terra está em tumulto energético,🤣🤣!).

Assim, posso estar a atravessar o corredor da minha casa e ter consciência de umas coisas e doutras não. Isso significa que a determinado momento no corredor uma energia pode manifestar-se de repente tomando-me de surpresa: ela já lá estava, mas só me apercebo no momento em que ela se manifesta.
Então, o meu exemplo sobre o medo é o seguinte: desde pequena que não tenho medo do escuro. A minha mãe conta como, com dois anos, eu ia à casa-de-banho à noite sozinha e sem acender as luzes. Ainda hoje faço isso, e sinto-me muito confortável na escuridão, até prefiro à noite não acender as luzes. Portanto, ter noção de energias à minha volta e a movimentarem-se enquanto caminho numa casa às escuras não me faz impressão nenhuma.

Porém, quando há uma presença de baixa vibração que se manifesta de repente, a primeira coisa que começo a sentir (para além da perceção da presença) é medo. Um medo irracional que começa a crescer e a degenerar para uma bola de pânico. Contudo, este Medo não foi gerado por mim. É um medo induzido pela entidade que sabe que, ao induzir o medo, há fortes probabilidades de a pessoa se permitir engolir por esse pânico e começar a acreditar que está ali uma verdadeira ameaça. E, quando isso acontece, é uma festa que pode durar toda a noite. Estou a dar este exemplo para demonstrar como, na grande maioria das vezes, o nosso medo do desconhecido é induzido, é falso, não é verdadeiro. Para nós, torna-se real quando lhe damos ouvidos e acreditamos nele.

É o que acontece se começarmos a dialogar com estas energias sem ter, como interlocutor, as energias de Luz. São-nos induzidos emoções, pensamentos ao mesmo tempo que nos dizem aquilo que sabem que irá produzir os resultados que pretendem. São Mestres manipuladores e, perante o jogo das ilusões, a nossa mente é como uma criança a tentar resolver um problema matemático ao nível da Universidade. Não irá gerar bons resultados para nós. Assim, é importante ter muita cautela no caminho de transmutação de certas energias e, em caso de dúvida, o melhor mesmo é não mexer e pedir ajuda à nossa Família de Luz. Após pedir esta ajuda, o passo seguinte é compreender que estamos perante um desafio pessoal que tem uma razão de existir. Torna-se assim crucial meter na nossa lista de prioridades a nossa própria evolução espiritual (que é o mesmo que dizer: evolução mental, emocional, energética, etc).

Baixa vibração e Desconexão

A baixa vibração ganha terreno quando nós próprios estamos desconectados da Alma. É possível comprovar esta situação ao observar o que nos acontece constantemente ao longo do dia quando a nossa mente é tantas vezes acossada com imagens, pensamentos e emoções que têm exactamente esse objectivo: remover o foco daquilo que é realmente importante. Fragmentar a nossa consciência para promover o caos. É neste caos de múltiplas informações contraditórias (e no meio de várias energias diferentes, já que somos multidimensionais), que nos desviamos no caminho do Amor e entramos no mundo da Ilusão, vivendo permanentemente numa casa de espelhos que parecem conter a Verdade, mas são apenas reflexos de nós próprios e dos vários desdobramentos energéticos ligados a nós.

Eu sei que parece tudo muito confuso, mas é assim que significa viver numa casa de espelhos. É total confusão. E, actualmente, no estado do mundo, a Energia de Luz vem empurrar-nos para sairmos dessa casa de espelhos: para deixarmos de sacrificar tudo por uma vida “normal” e reconhecer como nos sentimos profundamente infelizes e vazios há já tanto tempo. Mesmo quando damos a nós próprios alguns mimos e prendas, essa satisfação é de pouca dura. Onde está a Paz cá dentro? Onde está a Tranquilidade e a Confiança? Onde está essa ligação com a nossa Divindade?

É nesta desconexão que o Medo cresce. E, às tantas, temos Medo de tantas coisas que já nem sabemos o que é viver sem ele. Ele deita-se connosco à noite e acorda connosco de manhã (quando não nos mantém acordado também durante a noite).

A Energia flui para onde é mais preciso. A Luz irá sempre criar fricção com a Escuridão, criando uma sensação de emergência e conflito dentro de nós, empurrando-nos a fazer as compreensões e encontrar as chaves da nossa Liberdade. Mesmo nos problemas mais difíceis, a resposta é sempre a mesma: Ligação. É a Ligação com a nossa Alma, com a nossa Família de Luz que nos irá ajudar a integrar todas as informações necessárias para gerar Sabedoria cá dentro.

Tudo é informação. Compreendo que pode ser difícil ter esta noção, mas tudo é informação: desde o ar que respiramos, passando pelos livros e séries que consumimos, as conversas que temos com os outros e connosco próprios, as decisões que tomamos até às experiências mais avassaladoras com a Energia quando atingimos certos estados de meditação. Tudo é informação e tudo está a ser continuamente integrado em nós. Mais uma vez, é um jogo de atenções. Onde estamos a focar a nossa Atenção? Que informação estamos a passar às nossas células que, por sua vez, irão projectar essa mesma informação em nós e à nossa volta?

É mais importante usar a Mente para decidir o que fazer em relação ao emprego, ao dinheiro, ao companheiro/a, às circunstâncias do que descobrir Quem realmente Somos? Como podemos esperar encontrar as soluções divinas para a nossa vida se não continuamos a explorar o nosso território interior e a promover a nossa Ligação? Tudo é informação e cada informação carrega, em si, vibrações diferentes. Assim, as respostas que iremos encontrar carregarão também vibrações diferentes, gerando resultados diferentes. Se ficamos obcecados em obter uma resposta “já” a todo o custo, essa resposta irá surgir, mas será a mais benéfica para nós?

Guru: velho paradigma da dependência

A Energia flui para onde é mais preciso e, neste momento do mundo, está a empurrar-nos para irmos mais longe, aprofundarmos ainda mais e a tornarmo-nos Mestres de nós próprios. Religarmo-nos à nossa Divindade, à nossa Alma. A era dos Gurus eternos terminou, por muito que as pessoas continuem a querer agarrar-se aos velhos paradigmas.

Podemos procurar ajuda e orientação, mas o objectivo deverá ser a nossa própria autonomia.

Quando falo nas “minhas” capacidades e quando digo que não é possível para mim abstrair-me da Consciência das energias presentes não quero dizer isto: Eu sei mais e sinto mais do que você e por isso é a mim que tem de vir se quiser encontrar a sua própria Consciência… Nada disso, aliás, ter escrito estas palavras deu-me vontade de rir de tão absurdo que é. Porém, é esta a mensagem subjacente de muitos terapeutas e psíquicos ou gurus e, na verdade, nunca há a ideia de um dia a pessoa poder voar livre, a ideia é continuar a consultá-los vezes sem conta. A ideia é dependência.

Consultar alguém ou procurar ajuda é benéfico desde que se compreenda que são um meio, uma porta e, em alguns casos, uma ferramenta no seu próprio caminho evolutivo. Porque se trilhar este caminho, chegará o dia em que também dirá: não sei o que é viver sem sentir e ter Consciência da energia à minha volta e cá dentro. As “minhas” capacidades são as capacidades de todos nós, você incluído. Quando nasci, certas partes de mim estavam já activas e tive de fazer uma jornada complicada para poder chegar aqui e servir como esse portal, mas nada se encerra em mim. O objectivo da Energia é levar cada pessoa a descobrir a sua essência e não a criar mais dependências.

Ser divino e multidimensional

Por muito frágil que se possa sentir e que outros sabem muito mais sobre o mundo e a energia, isso é a mais pura das ilusões. A Energia actual traz-nos activações de memórias e capacidades com as quais já nascemos, mas que se encontram adormecidas. O/a leitor/a pode identificar-se com a sua profissão, os seus gostos e interesses, pode achar que é mais extrovertido/a ou introvertido/a, radical ou conservador, extremista ou mediador… pode achar o que quiser, pois é livre de o fazer. Porém, nenhuma concepção mental que tenha acerca de si próprio/a poderá anular a Verdade: é um Ser multidimensional, divino, que nasceu nesta vida com um Potencial muito próprio. É livre de o procurar ou não, mas ele não deixa de existir só porque o ignora há muito anos. Não importa se tem 20 anos ou se lhe falta uma semana até morrer. O momento do Agora é o único portal de que dispõe para tomar uma decisão que poderá mudar para sempre a percepção que tem de si e do mundo.

Somos livres cá dentro, mesmo quando nos aprisionam entre quatro paredes. E é sempre possível expandir e evoluir independentemente das nossas circunstâncias. Mas, só é possível se assim o decidirmos.

A nossa Família de Luz estará sempre lá em todos os caminhos em que entremos. O seu Amor é Incondicional e está lá disponível em todos os momentos. Mas, nós também temos de querer fazer o caminho de volta a nós, de volta ao Real❤️.

Muita Luz,

Sofia

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