Leitura semanal de 18 a 24 de Abril, 2016

18.04

 

Esta semana é uma semana de reflexão, mas não são aquelas reflexões em que nos sentamos e ficamos a pensar e a pensar numa tentativa mental de chegar a conclusões definitivas. É uma semana de reflexão interior, uma introspecção sobre as áreas da nossa vida e o estado actual da nossa existência, encerrando em si um grande potencial para transformação e, consequentemente, evolução.

A primeira carta que surge é logo um Arcano Maior, de seu nome “O Dependurado”, que nos indica que será uma semana intensa a nível interno, com uma energia profunda e que poderá dar-nos outra perspectiva sobre nós e o mundo. Esta carta indica também ritmos mais lentos, alguns aparentes atrasos, mas estes ocorrem para criar as circunstâncias e os ajustes necessários às melhores soluções para nós. O desafio é mantermo-nos confiantes numa resolução positiva, aproveitando estes espaços de tempo para nos dedicarmos ao nosso interior sem nos preocupar em demasia em efectuar acções exteriores.

Os dois temas de reflexão esta semana são-nos dados pelas duas cartas seguintes, o nove de pentagramas e o nove de copas (2ª e 3ª cartas), o que significa que andaremos à volta de questões financeiras e também emocionais. Contudo, é particularmente relevante a mensagem por detrás de cada carta para nos dar pistas sobre estas reflexões de forma mais concreta. Basicamente, a energia de reflexão concentrar-se-á especificamente na nossa estabilidade financeira e emocional. Quer você esteja numa situação confortável, agradado com o que conseguiu alcançar, possivelmente tem as suas finanças estáveis e sente-se no centro das atenções, como numa festa, quer, pelo contrário, esteja a batalhar com dificuldades a este nível, esta semana todas estas questões serão centrais. Questões como “cheguei até aqui, e agora?”, “alcancei os meus objectivos, será que estou realmente feliz?”, “Se trabalho tanto, porque é que não consigo aquilo que quero?”, “Sonho com uma vida confortável, estável e abundante, será que é pedir demais?”, “O que é que eu quero realmente?”, entre outras, estarão na ordem do dia (ou dias).

Geralmente, nós como seres humanos reagimos a estes questionamentos interiores com impaciência, medo ou até enfado. Contudo, é importante termos consciência de que quando algo nos “apoquenta” ou nos “enerva” e é quase recorrente, é porque tem em si um grande potencial para nos libertarmos do velho e arranjar espaço em nós para o que realmente nos fará felizes.

Poderá estar impaciente esta semana para que as situações na sua vida ganhem contornos mais concretos, que avancem mais rapidamente, e poderá tentar forçar para que isso aconteça. Faz parte do seu livre-arbítrio. Contudo, poderá também ser útil lembrar-se que a energia desta semana facilita mais a introspecção, a aceitação do ritmo da vida, e o aproveitar este espaço para se questionar sobre o estado actual das suas finanças e também da sua parte emocional, que integra mais especificamente os seus relacionamentos, entre si e os seus amigos, família, o mundo e, claro, de você consigo próprio. Quer se sinta no topo do mundo ou que está a escalar o Evereste para lá chegar, esta semana tudo isto será questionado e poderá encarar este desafio com aborrecimento e impaciência ou como oportunidade para compreender as razões por detrás da sua situação actual.

Estão favorecidas actividades mais lentas em que poderá estar realmente presente consigo próprio. Entre elas, caminhar na natureza (ou num parque, ou num local sossegado), yoga lento, meditação (passiva ou activa), ponderar 5 minutos antes de dormir, escrever, contemplar. Tente não passar demasiado tempo junto de equipamentos electrónicos (sei que pode ser difícil se os usar a nível profissional), mas no seu tempo livre, afaste-se um pouco da televisão, do telemóvel, tablet, etc. Passe algum tempo consigo próprio, olhe pela janela e deixe o seu olhar vaguear, passeie o cão ou brinque com o gato ou saia para dar um passeio. É quando temos a mente relaxada que as verdadeiras informações vindas da nossa Alma conseguem alcançar a nossa mente Consciente e essas informações podem ser realmente transformadoras para a nossa psique!

É uma semana com grande potencial para epifanias, que, na verdade, nos ajudam a avançar mais rapidamente do que forçar acções externas que nos dão a ilusão de movimento, mas que nos mantêm praticamente no mesmo sítio. Avanços internos ajudam o movimento externo, criando circunstâncias sincronizadas com o Amor Incondicional, em que as melhores soluções surgem sem que seja necessário um esforço titânico da nossa parte… nem arrancar os cabelos por causa do stress 😉

Seja livre, escolha em Consciência 😉

Muita Luz,

Sofia M.

Faço leituras de cartas individuais: https://sofiamotamarques.wordpress.com/leituras-de-cartas/

Página do Facebook: Tesouros Gayatri

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Cartas e baralhos:

Todas as cartas são do Baralho de Tarot de Marselha (tarot tradicional)

1ª carta: O Dependurado (ou O Enforcado)

2ª carta: Nove de pentagramas (ou Nove de ouros)

3ª carta: Nove de copas

Leitura semanal de 11 a 17 de Abril, 2016

10.04

Esta semana, a energia da semana passada de libertação continua, mas com aberturas e oportunidades positivas que poderão surgir de forma mais concreta. [Nota: acabei de lançar uns confettis no ar de contentamento por esta revelação. Woo-hoo! ;)].

Nesta libertação daquilo que já não nos serve, principalmente no que diz respeito a conceitos e padrões mentais, abre-se um caminho de oportunidades para nós. É interessante a relação dinâmica entre as cartas esta semana que indica também uma relação dinâmica de energias. À medida que libertamos perspectivas e crenças mentais, abrimos espaço para entrarem energias positivas e criativas, o que, por sua vez, nos dá oportunidades concretas de iniciar novos projectos ou até de fortalecer os já existentes.

Temos o nosso livre-arbítrio, bem como a nossa intuição, por isso tudo depende de nós. Contudo, a energia desta semana favorece novas iniciativas, passos concretos dados na direcção de estabelecer ou reforçar parcerias, desenvolver projectos que já têm alguma forma. Há verdadeiro potencial de crescimento. A terceira carta, o três de pentagramas, indica o favorecimento de trabalho em equipa, novos projectos e até assinatura de contratos. Se se encontrar nesta situação, ou se se deparar com uma situação destas esta semana, poderá querer ponderar seriamente aproveitar a energia dando um passo em frente.

Chamam a atenção para o facto de a carta de libertação de padrões mentais, o dez de espadas, se encontrar no meio das outras cartas, dizem que não é por acaso. É um lembrete que no centro do surgimento destas oportunidades e abertura de caminhos está a nossa aceitação e vontade de libertar aquilo que já não nos serve. Este dado é crucial, pois a resistência ou desistência desta libertação, se por um lado não deve ser fonte de auto-crítica nem de culpa, por outro lado deve ser entendido que esta decisão não nos trará o avanço positivo que desejamos. De resto, esta afirmação é sempre verdadeira. Enquanto nos mantivermos presos ao passado, recusando atravessar as emoções e mágoas que nos dominam, não há de facto espaço para crescer ou para evoluir. No fundo, não há espaço para semear felicidade e realização quando estamos concentrados em manter tudo exactamente da mesma forma. Não há crítica aqui, são processos difíceis, mas é importante termos noção da nossa responsabilidade relativamente à nossa vida e, consequentemente, ao nosso futuro. E, esta semana, a energia favorece este dizer “adeus” às nossas correntes mentais para que o caminho indicado pela primeira carta, o três de varas, se abra perante os nossos olhos, mostrando como já tanto caminhámos, encorajando-nos a continuar a caminhar com confiança, usando a força criativa em nós.

Referem-me igualmente que quando largamos parte das nossas amarras mentais (diga-se aqui que não interessa quantas amarras liberta, uma só já fará toda a diferença) ganhamos Consciência do nosso próprio caminho, ou seja, é como tirar uma venda dos olhos. É como um acordar, quando olhamos em volta e nos espantamos por não termos dado conta até ali de todas as coisas boas que temos na nossa vida. É como um parar para olhar em volta e nos maravilharmos com o que vemos, sabendo que ainda temos muito para caminhar, mas em vez de isso nos esmagar com cansaço, incentiva-nos com entusiasmo.

Não temos noção realmente do nosso aprisionamento até começarmos a libertar aquilo que nos mantém estagnados e desolados. Esta semana lembra-nos que, se assim o aceitarmos, chegou a altura de tirar as amarras dos tornozelos e dar um passo em frente. E, quando realizamos estas acções corajosas, o Universo também responde a esta energia, potenciando ainda mais o nosso retorno.

Para os amantes da numerologia, temos novamente duas cartas número “3” esta semana numa tiragem de 3 cartas, o que reforça a magia por detrás das oportunidades, principalmente sendo ambas as cartas muito positivas, criando três triângulos: 3 da primeira carta, 3 da última carta e 3 por serem 3 cartas no total. No fundo, muitas mensagens estão aqui para nos dizer “avança, confia que correrá tudo bem, deixa o passado para trás e abraça a mudança que queres ver na tua vida”.

Eu já estou a esfregar as mãos, pronta para me atirar de cabeça (sim, porque se é suposto libertarmos energias velhas mentais, então é mesmo melhor ir logo de cabeça!) e você? 😉

Seja livre, escolha em Consciência 😉

Muita Luz,

Sofia M.

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Cartas e baralhos:

Todas as cartas são do Baralho de Tarot de Rider-Waite (tarot tradicional)

1ª carta: Três de varas

2ª carta: Dez de espadas

3ª carta: Três de pentagramas

Nenhum de nós sabe quanto tempo tem, nem o tempo das pessoas que amamos

É um dado adquirido que todos nós temos o nosso tempo aqui, quer acredite que este esteja pré-determinado ou vá mudando consoante as escolhas que fazemos. De qualquer forma, ninguém sabe quanto tempo tem. E o mesmo se passa em relação às pessoas que mais amamos aqui. A nossa mortalidade pode ser fonte de ansiedade ou pode ser uma oportunidade para fortalecer relações e compreender a importância da verdadeira aproximação e intimidade.

A pressa vivida no quotidiano, as nossas vidas estruturadas compostas por manhãs, tardes e noites, onde os nossos horários estão determinados por um conjunto de factores, incluindo obrigações, necessidades e desejos, dão-nos a ilusão de que os dias se passam uns a seguir aos outros. E, queixamo-nos porque num dia nos dói a ponta do pé e noutro dia refilamos contra o trânsito, e passamos horas a desabafar sobre aquela atitude que um colega nosso irritado teve connosco. E, de repente, estamos cheios internamente dos nossos horários, dos nossos futuros imaginados, respirando uma realidade que se repete todos os dias e, se não pararmos por um momento, a nossa mente fica plenamente convencida de que estes dias se desenrolarão até ao infinito, como se a mortalidade fosse um sonho do qual toda a gente sabe, mas sobre o qual raramente se fala e do qual temos pouco entendimento.

Por muito que tenhamos a sensação de que os nossos dias avançam uns pegados aos outros, ocasionalmente alterados por um período de férias ou um fim-de-semana mais empolgante, a verdade é que tanto nós como as pessoas que nos rodeiam vivem tão cheias de vida como de mortalidade. E, podemos escolher olhar para esta questão com ansiedade e medo, continuando a viver como se a morte estivesse sempre a muitos anos de distância, ou podemos aproveitar para realmente olhar para a nossa condição humana e talvez questionar as nossas prioridades.

As pessoas que nos rodeiam hoje, algumas delas poderão não estar cá amanhã, e a pessoa que você é para elas, poderá também um dia desaparecer de repente. Estas palavras não têm a intenção de alarmar nem de colocar uma nuvem negra por cima da sua cabeça, servem sim para o relembrar de que ter Consciência da Vida é ter Consciência da Morte. E, quando aceitamos esta realidade dentro de nós, começamos a valorizar os momentos que passamos com os outros, aprendemos a estar gratos pelo tempo que temos agora para viver a nossa vida e é como uma chamada de atenção para olharmos para o nosso estado actual e pensar: que prioridades tenho dentro de mim? Toda a gente diz que uma das grandes prioridades são as pessoas que ama na sua vida, mas se olhar de facto para o seu dia-a-dia, tem estado realmente presente com essas pessoas? Ou a sua presença limita-se apenas a estar no mesmo espaço geográfico do que elas? Estar presente implica uma vontade intrínseca de fortalecer as relações com os outros, construir intimidade não acontece só porque sim, é resultado do contacto entre Almas que partilham um ou vários momentos juntas.

Eu que estou a escrever e você que está a ler, nós um dia não estaremos aqui, mas levaremos connosco as nossas experiências, deixando nesta Terra a nossa energia e as memórias que partilhámos com aqueles que ainda ficarem aqui depois de nós. Não levamos nada mais, os nossos horários deixam de existir, as obrigações tão importantes hoje tornam-se inúteis, os deveres que colocámos acima das nossas relações já não fazem sentido e as prioridades materiais subitamente perdem relevância. Tudo o que levamos e deixamos para trás são experiências, são momentos, são partilhas. Então, o que é realmente importante no final de tudo? Quando se encontra perante uma decisão entre tratar daquele monte de roupa suja e passar umas horas de qualidade com quem mais ama, o que escolhe? Baseia a sua escolha no pensamento de que terá tempo no futuro para estar com eles? E, se alguém nesse momento lhe revelasse que esse futuro não existiria, o que faria então? Provavelmente, aquele monte de roupa suja perdia toda a importância. Então, convido-o a sair do “piloto automático” e olhar para o seu momento presente, o seu dia presente e compreender profundamente a impermanência das circunstâncias, a impermanência da presença das pessoas, a impermanência da Vida e agir com gratidão por aquilo que o rodeia, mostrando o seu Amor.

Amor em cada momento presente é o que cultiva uma vida rica, cheia e plena. E é também o que nos ajuda a aceitar que tudo tem um Fim, mas que esse fim não tem de ser visto com terror, pode ser visto como uma oportunidade para estar grato e poder expressar o seu Amor enquanto aqui estiver com quem ainda cá está 😉 E, consoante as suas crenças, esse Fim pode ser apenas um passo na viagem eterna da Alma e nesse sentido, a Morte é apenas outra etapa. Contudo, o Ser Humano que você é nesta vida, bem como os Seres Humanos que o rodeiam agora, são únicos. A Alma é eterna, mas a vida que está a viver agora é única, não acontecerá novamente. Por isso, valorize as pessoas na sua vida, os encontros inesperados, os amigos que vão e vêm, a família que aumenta ou diminui. Poderá não saber quanto tempo tem, mas pode decidir como passar esse tempo em cada momento.

Seja livre, escolha em Consciência 🙂

Muita Luz,

Sofia M.

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Aquilo que não realizamos não tem de ser fonte de crítica

Quero convidá-lo por um momento a pensar seriamente no que é “crítica”. Fala-se muito em críticas construtivas, que são consideradas positivas em oposição às destrutivas, consideradas negativas. Contudo, se olharmos com mais atenção, crítica não é mais do que apontar o dedo a algo que achamos não estar bem. Esse apontar de dedo pode ser feito de forma amigável ou de forma agressiva, mas não deixa de ser um dedo apontado directamente a uma vulnerabilidade pessoal ou do outro. Somos ensinados que a crítica é boa, que havendo auto-crítica é uma forma de nos vigiarmos para saber o que devemos mudar em relação a nós próprios. Gostaria de o convidar a olhar para esta questão por outra perspectiva.

A crítica é formulada a partir de um ponto de vista de um Eu Interior que observa algo, que pode ser um comportamento, opinião, etc, e conclui que esse algo é negativo e tem de ser mudado. Frequentemente, a crítica traz consigo uma lição de moral, que é transmitida supostamente para trazer a solução àquele problema detectado. Num mundo ideal, sem projecções mentais ou intenções subconscientes, criticar o outro ou nós próprios poderia ser uma excelente ferramenta de análise de comportamentos e padrões mentais/emocionais com vista a melhorias, mas na prática não é assim. Na prática, a crítica traz consigo uma energia abrasiva, que chega a roçar a arrogância, e pressupõe sempre que o que foi feito ou não feito deve ser alvo de condenação. Crítica e condenação estão, muitas vezes, de mão dada. Poderá afirmar que não é essa a sua intenção, e é compreensível, mas tente observar que reacção provoca nos outros e em si próprio quando usa a energia da crítica. Tente sentir por dentro a energia que está a criar ao criticar alguém ou a si próprio. E, se reparar como há indícios de condenação por detrás dessa crítica, poderá começar a pensar que talvez não seja a melhor via para alcançar os seus objectivos mais elevados. É que “agarradas” à energia da condenação, vêm outras energias do género “eu sei mais do que tu” ou “sou sempre o mesmo, nunca aprendo”, etc. E, quando usamos a crítica de forma repetida, esta torna-se um padrão. E, de repente, sem nos apercebermos temos um guarda prisional constantemente a dar-nos a sua “opinião” sobre tudo aquilo que não realizamos e devíamos estar a realizar, que não somos capazes porque não temos capacidade para mais, não somos suficientemente bons nisto ou naquilo, etc. Ou um autêntico polícia em relação aos outros, sempre de olho atento para detectar a mais pequena “infracção” e pronto a usar o apito.

Consciência não é o mesmo que crítica, pois Consciência tem em si a energia da Sabedoria, que nos transmite tranquilidade e confiança. Ao cometermos um erro ou um deslize, a Consciência anota o ocorrido, agradece a sua capacidade de reconhecimento do que ocorreu, observa o ocorrido em busca de aprendizagem e cria confiança para no futuro esse erro ou deslize não ocorrer, mantendo no entanto o sentido de evolução que nos diz que, mesmo que esse erro ou deslize ocorra novamente, que aprenderemos com ele e daremos mais um passo na nossa evolução. Ao passo que a crítica nos mantém a rodar em círculos, focados constantemente naquilo que temos de mudar e não conseguimos, num rol infinito de problemas, a Consciência liberta-nos desse padrão aprisionado e lembra-nos que somos responsáveis por nós, temos toda a capacidade de transformar as nossas vidas e que, com compaixão e tranquilidade, tudo é possível.

Estes não são conceitos simples, mas sempre que se sentir mal consigo ou fizer outros sentirem-se mal com aquilo que não se realizou ou com erros cometidos, está a usar uma energia negativa circular que o manterá no mesmo sítio com a sensação ilusória de movimento. Reforço negativo não é a força motriz mais eficaz, mas sim um encorajamento positivo quando acreditamos que somos capazes de mudar o que quisermos em nós. E, quando percebemos o verdadeiro Poder da Consciência, e largamos o padrão da crítica, largamos também a necessidade de criticar o outro, pois vemos como essa energia só vai gerar negatividade.

É importante desenvolver a nossa Consciência, aceitando as “falhas” em nós, sentindo responsabilidade pela nossa própria evolução, mas sem qualquer tipo de auto-crítica ou auto-condenação. Para semear alegria na sua vida, valorize as boas qualidades que tem e plante compaixão em relação àquilo que gostaria de melhorar em si. Estamos todos aqui para fazer aprendizagens, porque razão temos de nos condenar pelas aprendizagens que ainda não alcançámos?

Seja livre, escolha em Consciência 😉

Muita Luz,

Sofia M.

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Dramas podem ser autênticas tempestades!

Dramas não são o mesmo que problemas ou desafios. Dramas carregam consigo uma energia de vibração muito baixa, com uma tendência circular que não encontra realmente solução, porque o começo e o fim de um drama não se prendem com a questão central nem as circunstâncias, mas sim com quem criou o drama e com quem participa no mesmo. Por esta razão, vemos com frequência como algumas pessoas “saltam” de drama em drama, pois assim que resolvem um têm necessidade de criar outro, pois este é um comportamento que necessita de altos teores de energia para se alimentar, como um padrão interno que se auto-alimenta, no fundo, como um vício.

Quer você se veja a criar dramas ou mesmo a participar neles com alguma frequência, é importante parar e perguntar-se porque é para si tão crucial envolver-se num problema ou desafio transformado numa história épica, de vários capítulos, que envolve outras pessoas e muitas conversas, tudo à volta do mesmo tópico, com conotação negativa. Pense na forma como se sente depois de participar nestes dramas. Sente-se revigorado, com paixão renovada pela vida e cheio de confiança? Ou sente-se constrangido, com uma sensação de “peso”, uma actividade mental intensa e o corpo ansioso, quase eléctrico?
Dramas são energia mal direccionada, ocorrem quando temos grandes quantidades de energia interna que não estão a ser utilizadas de forma positiva e que têm de ser escoadas por algum lado, criando a necessidade de nos focarmos nestes “projectos” que requerem toda a nossa atenção mental e emocional, usando energia dissonante, pesada e altamente crítica. Pense bem no que está a plantar na sua vida ao focar-se nestes dramas, pessoais ou alheios, com que pessoas se está a rodear no dia-a-dia e decida se é este o contributo que quer fazer para si e para o mundo.

Não há realmente limites para o que poderá conseguir criar na sua vida se decidir equilibrar esta energia mal direccionada e usá-la para implementar mudanças positivas no seu corpo, na sua mente, na sua casa e em todas as suas actividades em vez de a utilizar para plantar ou reforçar energias dissonantes. É realmente extraordinário ser livre para poder fazer escolhas em consciência, por muito difíceis que estas possam parecer. Pode decidir agora mudar a sua vibração e a vibração da sua vida, começando a afastar as nuvens negras e atrair as situações, os ambientes e as pessoas que realmente terão um contributo positivo para si!

Seja livre, escolha em Consciência 😉

Muita Luz,

Sofia M.

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Leitura semanal de 04 a 10 de Abril, 2016

04.04

Esta semana poderão ocorrer encontros, sinais, situações criados pela sincronicidade da nossa Alma com a Fonte de Amor Incondicional para nos guiar na direcção do nosso Propósito mais elevado. É bom estar atento, mas não se preocupe demasiado sobre se está a perceber correctamente as mensagens ou se está a detectar os sinais certos, pois estes ocorrem quando não estamos a procurar, pois é quando nos encontramos mais abertos e receptivos, sem a interferência da mente. E, mesmo que não se aperceba destes sinais, poderá acreditar que está a ser guiado. Ainda esta semana, tive uma senhora que me escreveu para pedir esclarecimentos sobre uma leitura de cartas que havíamos feito na semana anterior, pois continha pontos profundos que ela ficara a ponderar durante este tempo. Uma das suas preocupações era precisamente não estar a conseguir compreender os sinais que tinham sido anunciados nessa leitura que iriam acontecer no futuro próximo. Nesta mensagem de esclarecimento, a energia de Amor Incondicional aproveitou para acrescentar alguns pontos importantes que ela estava preparada para ouvir naquele momento e, no final dessa mensagem foi-lhe dito que um dos sinais que ela recebera fora precisamente escrever-me a pedir esse esclarecimento, só que ela não se apercebera disto. Acontece muitas vezes connosco, os pensamentos e impulsos recorrentes são muitas vezes sinais, mas como estamos à espera de ver sinais exteriores, não nos apercebemos destes sinais mais subtis interiores, contudo mesmo não os reconhecendo, se agirmos, estamos a seguir a sua orientação.

A energia desta semana impele-nos a largar situações do passado, incluindo traumas, padrões mentais/emocionais, situações e pessoas que não contribuem positivamente para a nossa vida. Se estes não puderem ser largados de imediato, não se apoquente. O primeiro passo é sempre reconhecer o que já não queremos, e dar um passo de cada vez em direcção ao nosso verdadeiro Eu. Nesta viagem, e de forma natural, largaremos tudo aquilo que não serve para a nossa expansão. Esta viagem é representada pela segunda carta onde a mulher está a emergir das águas, afastando-se das ondas revoltas que personificam o seu passado. Se reparar com atenção, as suas roupas ainda se fundem com a água, dizendo-nos que este é um processo gradual, que poderá ainda carregar consigo estas energias, mas que o movimento em frente é poderoso e não poderá ser travado, se mantiver a persistência.

A terceira carta remete-nos para a orientação e ajuda dada pelo Amor Incondicional. Este poderá conter as suas crenças pessoais e, desde que estes seres sejam feitos de Amor, ou mesmo se aceitar ajuda apenas do seu Eu Superior, é benéfico respirar fundo e aceitar esta ajuda e orientação. Os passos e acções estarão sempre sob o seu controlo, faz parte do seu livre-arbítrio. Use-o sem medo nem culpa. O Mestre da sua vida é você e nada neste Universo poderá mudar isso. É preciso que esteja ciente do seu Poder e aceitar usá-lo sem medo.

Esta semana promete ser poderosa em termos energéticos, com potencial para caminharmos de forma clara em direcção ao nosso verdadeiro Eu. Esta caminhada pode parecer caótica de início, com muitas dúvidas, mas é apenas porque estamos a olhar directamente para a nossa desarrumação interna. Se se imaginar a si próprio a entrar numa divisão cheia de móveis empilhados, revistas e livros espalhados, com roupas sujas atiradas por todo o lado, cortinas rasgadas, e sujidade, com certeza que a sua primeira reacção seria parar, deixar cair o queixo, olhar em volta chocado e a pensar como é que poderá limpar e arrumar o cenário à sua frente. A nível energético passa-se o mesmo. Por isso, não se preocupe se estiver neste momento de choque inicial, pois ele é o primeiro passo de reconhecimento daquilo que você tem de começar a limpar e a arrumar. Não tenha pressa nem se recrimine. Sinta sim a responsabilidade que tem em relação a si próprio, e sinta a sua própria Força. Una-se ao seu Eu Superior e depois comece passo a passo, mesmo que estes lhe pareçam pequenos ou mesmo que não saiba bem o que está a fazer.

Seja livre, escolha em Consciência, e tenha uma semana cheia de Amor 😉

Muita Luz,

Sofia M.

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Baralhos usados:

1ª e 2ª cartas: “Magical mermaids and dolphins oracle cards” por Doreen Virtue

3ª carta: “Messages From Your Angels Oracle Card” por Doreen Virtue

Leitura semanal de 28 de Março a 03 de Abril, 2016

28.03

Esta semana encerra em si uma aprendizagem muito importante: a nossa decisão acerca da atitude que tomamos face às tristezas e inseguranças.

Todos nós passamos por momentos difíceis internos, alturas em que a tristeza nos invade e parece trazer à luz do dia dores do passado, e há o risco de nos deixarmos escorregar e acreditar que os fardos que carregamos connosco só vão tornar-se mais pesados. Mas, a mensagem desta semana é: independentemente das emoções interiores, nós temos o Poder de escolher no que acreditar.

É importante esta semana retirar tempo para si, nem que sejam 5 ou 10 minutos por dia, e estar apenas consigo lembrando-se da mensagem desta leitura. É importante permitir a si mesmo sentir o que tem a sentir, mas fica a sugestão de imprimir à sua mente e ao seu coração de que a Vida é um constante fluir de energia, que as dores que sente hoje poderão ser transformadas em Força e Paz. Há tanto a aprender com a experiência das emoções e uma das grandes aprendizagens é não sucumbir a esse lago emocional, mas sim conseguir senti-lo, aceitá-lo e elevar o nosso olhar para vermos mais longe.
Uma vez que a carta do meio fala de Abundância Infinita, esta semana as dores indicadas pela primeira carta parecem estar relacionadas com sensações de escassez, seja esta escassez financeira, afectiva ou outra. As nossas emoções, aliadas a traumas passados, podem fazer-nos acreditar que a escassez existe, e que, de alguma forma, não merecemos ou não conseguimos receber Abundância. Achamos que seremos felizes quando finalmente conseguirmos atingir aquele objectivo, ter aquela casa, vencer aquele medo. Entretanto, não podemos deixar de nos sentir em baixo, descontentes e desanimados, pois à nossa volta só vemos motivos para tal. Mas, é essa a grande armadilha. Acreditar em algo é o que cria a nossa realidade. Se acreditar que só poderá ser feliz quando conseguir riscar aquele objectivo da sua lista, então está a afirmar que será feliz no futuro e não no presente. Só que o presente é tudo o que temos, o futuro é semeado e construído no presente, ainda não aconteceu. Se continuar a plantar energia no futuro e não no presente, é como se tivesse um campo fértil debaixo dos seus pés e insistir em lançar sementes para a miragem de terreno à sua frente. Essas sementes não crescerão, pois o campo é ilusório, existe apenas na sua mente.

A terceira carta reforça a mensagem da segunda. O três de varas do Tarot de Marselha indica que muito já foi alcançado, muito já foi caminhado, mas que ainda há caminho a percorrer. A mensagem que vem neste momento é lembrarmo-nos de que a vida não é uma corrida de velocidade, é uma maratona. Quando chegamos a um ponto, é tempo de partir em direcção ao próximo. Se insistir em correr sem respirar, parar para beber água, contemplar o horizonte, reganhar forças, vai andar constantemente cansado e à beira do esgotamento.

As energias desta semana a nível global, e que nos afectam directamente, evocarão momentos dolorosos e poderá haver tendência para manter um olhar negativo sobre nós, o mundo e o futuro. A mensagem é muito veemente: não se permita sucumbir a esta negatividade. Lembre-se, você é Mestre da sua vida, tem o Poder interno divino da Criação, é esta energia que cria a sua realidade. O passado já ocorreu, e probabilidades são apenas potenciais futuros, mas que ainda não se realizaram, por isso se escolher hoje mesmo, agora mesmo, que quer uma vida diferente para si, uma vida plena, uma vida interna rica, pacífica e feliz, diga a si próprio que isso é possível. É possível hoje, agora,ter esperança e acreditar que é merecedor de Amor. Nós, humanos, temos em nós o potencial da Criação ou da Destruição. Você pode escolher que energia quer usar, pois ambas habitam dentro de si, em todos os momentos.

Por fim, é interessante referir que temos dois “3” nesta leitura, o Três de Ar (1ª carta) e o Três de varas (3ª carta), este número fala de oportunidades mágicas, é um número fortemente energético que possui um grande potencial, mas este potencial deve ser escolhido por nós. É revelador que tenhamos dois números “3” na mesma leitura em que um carrega uma energia pesada, com risco de cair na desesperança, e o outro fale de resistência interior, com o potencial de expansão e aprendizagem. É porque ambas as energias vão habitar esta semana, e é você que decidirá em qual delas vai acreditar. É essa a sua Liberdade e também o seu Poder.

Faço leituras individuais, pode aceder a todas as informações aqui: https://sofiamotamarques.wordpress.com/leituras-de-cartas/

Muita Luz a todos e… Força!! 😉

Sofia M.

Cartas presentes nesta leitura:

Three of Air (Três de Ar) – Baralho Angel Tarot Cards de Doreen Virtue e Radleigh Valentine

Infinite Abundance (Abundância Infinita) – Baralho Life Purpose Oracle Cards de Doreen Virtue

Três de Varas – Tarot de Marselha (tarot tradicional)

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Leitura semanal de 21 a 27 de Março, 2016

20.03

A mensagem para esta semana é: paciência, paciência, paciência 😉

Da esquerda para a direita, temos: Dez de espadas, A Temperança e o Dependurado.
Sendo uma leitura em que saem dois Arcanos maiores (2ª e 3ª cartas), é indicativo de que esta semana poderá ser verdadeiramente transformadora.

Não é de surpreender, uma vez que teremos uma Lua cheia, um eclipse lunar e ainda a energia intensa da Páscoa. Esta última não está necessariamente associada à religião, mas não deixa de exercer influência sobre todos nós.

A primeira carta fala-nos de finais de ciclo, de libertação e de deixar o velho para trás. Partes de um caminho que temos percorrido chegam agora ao fim e, se não criar resistência, esta libertação poderá ser ainda mais facilitada, pois lembre-se que, por muito assustadora que uma mudança possa ser, se a olharmos com uma perspectiva positiva, cheia de possibilidades e novas aventuras, a dor interior não nos dominará nem o nosso sofrimento será intensificado. Uma vez que é do naipe de espadas indica igualmente que poderá haver alguma interferência da mente, enchendo-nos de preocupações ou ansiedades irracionais, com uma tendência para pensar no pior. Não sucumba a estas energias, elas não têm fundamento na realidade. Respire fundo e lembre-se da 2ª carta, A Temperança, que nos lembra como o Equilíbrio em tudo é importante. Nós somos feitos de dualidade, e é quando essa dualidade está em equilíbrio é que é possível sentirmos Paz e Confiança mesmo nas fases de maior movimento à nossa volta. Repare nas taças que o anjo tem nas mãos, a vermelha que simboliza a paixão, a emocionalidade, e a azul que representa o prático e o mental, os líquidos de ambos fundem-se num só para que ambas as energias existam em pé de igualdade e impregnadas mutuamente com a energia uma da outra. Indicam-me também que a protecção por parte dos Seres de Amor Incondicional está sempre à sua disposição e poderá inclusive reconhecer alguns sinais esta semana que o lembrarão disso. Poderá ter um vislumbre de algo, como palavras num cartaz que lhe chamam a atenção, por exemplo, ou um pensamento relâmpago que parece vir “do nada” e que o lembrará da importância de se proteger de um potencial ambiente energético mais pesado, basta para isso pedir o auxílio das energias com as quais sentir mais ligação. Anjos, Deus, Jesus, Eu Superior, Fonte de Amor Incondicional, etc.

A terceira carta reforça a ideia de paciência, que está também implícita na carta da Temperança. O Dependurado encerra um potencial incrível para evolução interna, mas esta faz-se aceitando as circunstâncias que vive no momento, mesmo que estas pareçam que se movem demasiado lentamente ou mesmo nada, a energia desta carta é como um Acordar interno que nos vira de cabeça para baixo, incitando-nos a mudar de perspectiva no olhar que temos sobre a vida. Mas, esta é uma energia de silêncio e de quietude e não de acção forçada. Agir impulsivamente não será talvez o mais indicado para esta semana, por isso se sentir o impulso de fazer algo intenso, respire fundo e, se possível, permita que esse impulso marine um bocado, dando tempo a si próprio para verificar se internamente está seguro dessa acção, ou se tem dúvidas sérias. Esta semana, sugere-se que opte pela quietude interna, pela procura de equilíbrio, pelo silêncio que permite observar as nuances de movimento dentro de nós e fora de nós.

Lembre-se, é uma semana que pode levar a epifanias e grandes avanços, e perante receios, ansiedades ou impulsividade, repita para si próprio: paciência, paciência, paciência, e peça aos seus “amigos” energéticos que o orientem, o confortem e o ajudem a confiar no ritmo e no timing divinos, pois tudo ocorrerá no tempo certo na altura certa, sem ser preciso forçar os acontecimentos 😉

Muita Luz,

Sofia M.

O momento é nosso!

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O momento é tudo o que temos, porque está dentro de nós. É puro, intocado e verdadeiro. Naquele milésimo de segundo em que ocorre, nada o trava e nada o contamina. Quando o conseguimos sentir em toda a sua plenitude, tudo é tão simples e fácil. Quando estamos verdadeiramente presentes no momento, voltamos ao estado puro das crianças, onde tudo é possível e a alegria vem naturalmente.

As preocupações, os hábitos mentais, a nossa própria personalidade, todos eles interferem com a pureza desse momento. Estão programados para argumentar contra a plenitude sentida, contra as possibilidades infinitas, pois o objectivo é manter-nos no mesmo sítio, convencidos de que as paredes que temos em volta são indestrutíveis e inabaláveis. Acreditamos na mentira, porque é com ela que temos vivido a maioria das nossas vidas. Olhamos em volta, e a maioria das pessoas que vemos aprisionam a sua existência nessa mentira. Alguns conseguem usar esta mentira e construir prisões lindas, outras muito funcionais e ainda outras muito inteligentes. Mas uma mentira, por muito bem-sucedida que seja, nunca poderá trazer-nos a verdadeira Paz. A plenitude interior que impregna cada poro, que nos alimenta o fogo interno e a certeza interior de que estamos a viver com toda a força da Alma.

Nem todos estão preparados para viver fora dessa mentira, muitos não estão sequer preparados para ouvir que é mentira, enquanto outros poderão discordar e afirmar que é essa a realidade que vivemos, sendo assim a verdade. Compreendo, consideram que é subjectivo. Consideram que tudo é subjectivo e tudo é visto através da nossa lente interior, composta pelos nossos desejos, educações, cultura e valores, e que serão completamente diferentes de pessoa para pessoa. Mas é aquele momento espontâneo, aquela emoção que nos apossa o corpo e que, antes de a mente reconhecer o que se está a passar, nos diz com uma intensidade avassaladora que há mais do que o que estamos a viver, há muito mais do que o que estamos a ver. E a diferença que achámos que existia entre nós e o outro desaparece. Afinal, somos únicos, mas todos partilhamos esta experiência humana. E, nesse sentido, as Almas buscam o mesmo.

E, esse momento puro pode ser rapidamente engolido pelo mar revolto que é a nossa tridimensionalidade, mas já nada poderá ser como era dantes. Agora, como uma tela em branco salpicada com cor, não há como negar que, por mais camadas monocromáticas de tinta que acumulemos por cima, aquelas gotas coloridas estão lá por baixo, e nós sabemos cá dentro que tudo mudou. E, faz parte da nossa liberdade escolhermos ignorar e continuar a viver dentro destas paredes, ou aceitar que aquilo que construímos não passam de castelos de areia, que tentamos manter intactos contra todas as intempéries, que necessitam de toda a nossa atenção e energia, pois são frágeis e desintegram-se à mais pequena brisa e nos aprisionam num rol incessante de stress e medo da derrocada, porque no fundo sabemos que não passam de corpos sem vida, sem paixão, sem substância.

O nosso peito físico não é suposto sentir-se apertado, contraído e acossado de pontadas de ansiedade. Não viemos a este mundo para morrer uma morte lenta, ensinados a baixar a cabeça e a aceitar o que está estabelecido, porque é tudo o que conhecemos. Viemos para aqui para expandir a nossa consciência, para caminhar a nossa Evolução através da experiência. E, temos toda a Força da Alma connosco, toda a sabedoria acumulada, todos os pontos de ligação com os nossos antepassados.

A necessidade de satisfação imediata é o principal sintoma de uma vida sem vida. O consumo excessivo e eufórico representa uma necessidade desvirtuada de realização pessoal. O vazio interior de uma existência desprovida de propósito, num isolamento acompanhado de multidões, é o que plantamos quando vivemos em busca do material bebendo da sua fonte seca e acreditando que um dia transbordará de água pura. É insano e é mentira que é suposto vivermos assim. Somos mestres. Nascemos mestres e fomos ensinados que somos seguidores. Pior ainda, fomos ensinados que somos escravos, que é suposto pagarmos com a nossa pele pelo “privilégio” de sobreviver aqui e ainda agradecer por isso. É suposto sermos felizes com a nossa condição de prisioneiros. E, vingamo-nos nas roupas que compramos, excedemo-nos na comida que consumimos, enrolados permanentemente numa comparação incessante em relação aos outros que consideramos estarem melhores que nós, alimentando a sensação de injustiça, ou os que estão piores que nós, para nos criticarmos por não valorizarmos aquilo que temos.

É possível mudar. É possível romper as barreiras da educação, da sociedade e das crenças que construímos dentro de nós. Não iremos mudar quem somos, iremos mudar a ideia de quem somos. Porque a pessoa que vê ao espelho todos os dias, que tem as suas características físicas, os seus trejeitos únicos, tem no seu interior a energia pura de uma Alma. E é possível deitar fora as camadas acumuladas para poder sentir essa energia. Não é a realidade exterior que determina a nossa realidade interior, é o contrário. A energia da Alma é a energia da Criação. É ela que cria a nossa realidade, mas faz parte da nossa liberdade escolher dar-lhe ouvidos, colocá-la a ela no pódio, dar-lhe a ela o comando das nossas acções.

A sua vida é sua. Foi-lhe dada a si e mais ninguém. Não interessa o que a sua vida foi até aqui, você tem o poder e o direito de escolher aquilo que quer que a sua vida seja a partir daqui. Pode sentir que é duro e difícil escolher mudar, mas questione-se: são o sofrimento e o medo emoções estranhas para si? Não. Então, diga a si próprio que mesmo que seja verdade que a sua escolha lhe poderá trazer sofrimento, ao menos acontece porque optou pelo caminho que o trará de volta a casa, de volta ao seu verdadeiro propósito, de volta à sua Alma. E nesse caminho, poderá colher dor, mas colherá muito mais Paz, Alegria e Sucesso. E é essa a diferença entre construir castelos de areia e caminhar nuo de mão dada com a Alma, é que a sincronicidade que buscamos com a fonte pura de Amor é o que nos traz a abundância de recursos, de alimento e de satisfação duradouros.

Respire fundo, sinta quem é neste momento, em todo o seu equilíbrio e desequilíbrio e lembre-se que, independentemente das circunstâncias da sua vida ou do seu passado, você tem o Poder para tomar as decisões. E, quando as tomar, não está sozinho. Peça ajuda neste caminho e não ficará desamparado.

Muita Luz,

Sofia M.

Esperança: alimento dos corajosos ou instrumento dos cobardes?

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Nos últimos anos, ou nas últimas décadas, várias vezes me chegam aos ouvidos afirmações de pessoas que acreditam firmemente que a esperança é algo fútil, passivo e digno de cobardes. Os seus argumentos prendem-se com o facto de a esperança ser um sentimento passivo, pois não requer acção. É algo alimentado por pessoas resignadas para justificar a sua inacção, pois é confortável olhar para um sonho, acalentando a esperança de o concretizar, mas é precisamente esse processo de sonhar que as impede de tomar as acções necessárias para ir ao seu encontro. Não são pessoas proactivas.

A meu ver, há aqui vários conceitos que se misturam uns com os outros e acabam por nos confundir. Nenhum sentimento que incite à expansão e que nos arranque das amarras que temos, ajudando-nos a visualizar uma existência mais plena, pode ser negativo. Nenhum sentimento positivo conduz à inacção ou à resignação. O sentimento que causa resignação é o Medo e a insegurança, nada mais. Aquilo que penso que confunde muitas pessoas e que seja talvez o ponto de origem desta crença de que a esperança é algo fútil, é acreditar que é este sentimento que cria essa resignação, quando na verdade, é apenas o seu oposto. Em nós, existe a dualidade, e Amor tem no seu oposto o Medo, tal como a Luz tem a Escuridão. Assim, também a esperança coexiste com a resignação, sendo extremos opostos que habitam em nós em constante luta. A única fonte que desequilibra esta balança é a própria pessoa, que decide que acção tomar ou não tomar e que caminho seguir. Há pessoas resignadas que vêem a sua vida como condenada e pessoas resignadas que vêem a sua vida com potencial de mudar. Ambos os grupos não tomam acção, são passivos e mantêm-se no mesmo local sem evoluir, mas eu argumentaria que o segundo tem muito mais oportunidade para um dia encetar acções e evoluir precisamente porque acalenta a esperança, do que o primeiro que simplesmente desistiu, inclusive de sonhar.

A Esperança é algo muito positivo e é divino, não fútil ou passivo. É algo que nos mantém em contacto com a nossa Alma, mesmo nos momentos em que nos sentimos sem controlo das nossas vidas, ou mesmo perdidos na escuridão. Não é por acaso que se diz que a esperança é a última a morrer. É porque, quando tudo o resto morreu, a única coisa que por vezes nos impele a viver é essa esperança de que um dia poderemos ter uma existência diferente. Não nos deixemos confundir com a propaganda de que só quem realiza mil tarefas por segundo é que está a avançar na vida. Criar movimento não é o mesmo que Evolução. Uma pessoa pode estar sempre em movimento, mas não sair do mesmo sítio, mantendo-se estagnada numa determinada plataforma evolutiva, continuamente em círculos, recusando-se a parar e a contemplar o que tem em seu redor e internamente.

Por outro lado, ter Esperança não é o mesmo que avançar. Avançar depende da nossa vontade de encetar acções concretas na nossa tridimensionalidade. Mas, eu argumentaria que a Esperança é o nosso alimento, é aquilo que nos relembra da nossa Força, é o que nos mostra que independentemente da vida que temos naquele momento, nós temos o potencial para a mudar, pois se podemos imaginar, podemos concretizar. É essa a nossa Força e o nosso Poder, e a Esperança existe para nos empurrar nessa direcção. Ter Esperança não é instrumento dos cobardes, mas sim dos corajosos. Precisamente porque é tremendamente mais difícil continuar a acreditar que a nossa vida e o mundo podem um dia mudar para melhor, quando já levámos muitas cabeçadas e atravessámos muitos desafios, do que quem já desistiu e vive uma existência vazia, desempenhando o seu papel rotineiro desesperançado, esse sim passivo e desprovido de energia transformadora.

Diz-se que a Esperança é fútil e o optimismo não é realista. Mas, eu argumentaria que a Esperança é o motor da mudança e que é o optimismo que cria a realidade, enquanto o contrário é aceitar a derrota e desistir de lutar. É por isso que a Esperança aliada ao pensamento optimista, que é o mesmo que dizer pensamento positivo, e em conjunto com o nosso Poder interno é o que nos leva a tomar as acções transformadoras que impactarão as nossas vidas e as vidas dos outros, criando um efeito repercutente muito para além do que nos apercebemos.

Por isso, mantenha a sua Esperança, mesmo que no momento actual a sua vida pareça muito fechada e sem respostas, pois é essa energia que fará abrir outros caminhos. Contudo, não se aninhe confortavelmente nessa Esperança, acreditando que tudo virá ter consigo sem ser necessário mexer-se. Você está nesta vida para caminhar, e quando portas se abrem ou sente o impulso de avançar, é importante que alie essa Esperança à Acção positiva. Acredite em si próprio e que não está sozinho. Está sempre acompanhado e, quando se sentir inseguro ou sem saber por onde ir, peça para o ajudarem. Peça-o à Fonte de Amor Incondicional, a Deus, ou outra energia com a qual sinta uma ligação profunda.

Tenha Esperança e Confiança. O mundo precisa de si.

Muita Luz,

Sofia M.