Procurar a nossa Beleza Interior

O caminho espiritual é um caminho que comporta muita diversidade. O farol que nos orienta é o mesmo, mas há várias maneiras de lá chegar e nós, da nossa própria forma única, trilhamos esse caminho singular que não é comparável ao de mais ninguém.

Temos tendência, como seres humanos, a procurar semelhanças ou um “manual de instruções” nas pessoas que achamos estarem já mais lá à frente no caminho do que nós, Procurar orientação e apoio nestas pessoas é uma vantagem e algo que todos nós, num momento ou noutro, precisamos de fazer, porém deixa de ser benéfico quando procuramos fazer uma colagem da experiência espiritual do outro em nós próprios. Esta colagem leva a muitas frustrações e confusões, porque se resultou com o outro, porque não resulta connosco? A resposta é simples, mas muitas vezes difícil de aceitar (ou de compreender).

Não é por falta de capacidade ou disciplina, é simplesmente porque o outro não somos nós. É interessante observar como apesar de fazermos parte do Todo e a Alma ser Una com o Divino, a própria experiência da dualidade que faz parte da vida humana também provoca um desdobramento nas experiências do caminho espiritual. Se as nossas intenções forem puras, a procura do Divino é a mesma para todos nós, é a procura da União. Porém, a própria experiência humana da separação (ou dualidade) faz com que os caminhos também sejam eles separados em termos de experiências, compreensões, circunstâncias, etc. Uma pessoa que tome a decisão de passar o resto da vida num mosteiro está no mesmo caminho espiritual e procura do Divino como a pessoa que decide ficar na cidade, ter um emprego e procurar o mesmo Divino. Uma experiência não é superior à outra.

Apesar de ser difícil para a nossa Mente compreender, porque ela gosta de fazer comparações e juízos de valor, é possível (e desejável) alcançarmos o nosso melhor potencial já a partir de hoje, esteja em que ponto do caminho estejamos. Na verdade, para o Divino pouco importa a etapa em que nos encontramos, desde que nos encontremos numa etapa qualquer, ou seja, não há pressa de chegar ao Passo L se ainda estamos no Passo B. Ambos os passos são igualmente importantes, só a nossa Mente é que “gosta” de se atormentar pensando que está atrasada ou que perdeu o comboio. Se pudermos relaxar no ponto em que nos encontramos, podemos ter plena confiança de que estamos a ser guiados no nosso caminho espiritual único, que não é igual ao de mais ninguém. Por exemplo, ir para um mosteiro não é para toda a gente e ainda bem, porque senão a estrutura do Mundo actual ficaria em escombros. Porém, para algumas pessoas a sua própria Alma chama-as para deixarem tudo para trás e ir para um país longínquo e lá ficar num estudo vitalício das práticas espirituais. No entanto, esta situação não é um requisito para estarmos no caminho espiritual com os dois pés, para muitos de nós a experiência do quotidiano em família e num contexto urbano é exactamente aquilo de que precisamos para avançar no nosso próprio estudo espiritual, e que comporta também possíveis mudanças no futuro, pois nada fica igual para sempre.

Assim, quando nos sentimos frustrados connosco como se o que estamos a viver actualmente não fosse o suficiente ou achamos que devíamos estar noutro sítio qualquer, uma perspectiva mais equilibrada seria tentarmos aceitar o que vivemos actualmente e procurar orientação divina para eventuais acções futuras. Se essa orientação não chegar sob a forma de acção directa (ou se as circunstâncias se mantiverem iguais), então é porque é suposto vivermos essas circunstâncias mais um tempo, de forma a fazermos as compreensões necessárias e avançar no nosso crescimento interno. Por vezes, o sítio mais doloroso para estar é onde devemos permanecer de forma a encontrarmos a verdadeira Força interna (que esteve oculta tanto tempo e que nos levou à situação que vivemos agora), para que essa Força nos dê o impulso necessário para motivar a mudança de forma mais pacífica e harmoniosa possível.

Aceitar as nossas circunstâncias e continuando a trabalhar na direcção do Divino irá gerar frutos, aliás, gera frutos todos os dias, apesar de alguns serem demasiado subtis para os reconhecermos. Não é preciso ter pressa nem acreditar que estamos atrasados ou que a culpa é nossa porque fizemos tudo aquilo que vimos os outros fazer e ainda não resultou connosco. O caminho espiritual é o caminho também da auto-descoberta e essa intimidade connosco próprios é um processo individual, que pode beneficiar de orientação externa, mas que em último caso desabrochará na sua própria Flor única no universo inteiro.

Nós que tanto procuramos a Beleza da Vida, ignoramos muitas vezes a Beleza que reside em nós. O caminho espiritual traz-nos de volta a essa realidade, a essa Verdade: que somos Únicos na nossa Beleza individual e que compomos uma enorme manta cintilante de Luzes que é o Divino. Todos iguais na nossa Busca, mas muito diferentes na concretização do Caminho.

Muito Amor e Luz,

Sofia

Trabalho em conjunto com os Anjos, Seres Divinos e a Fonte. A geografia não impede, é tudo feito à distância❤️ :

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Ir no Fluxo para ganhar Paz

Uma das maiores dificuldades que sentimos enquanto Seres Humanos é perceber o que devemos fazer em cada momento. Vivemos em permanente ansiedade de decidirmos mal ou cometermos erros ou ainda que os outros nos vejam como incapazes, burros ou incompetentes.

Não queremos voltar a passar pela experiência que passámos em criança, por vezes frequentemente, em que os adultos nos faziam sentir inferiores, porque não tínhamos capacidade de compreender algo que para eles parecia muito lógico. É preciso começar a perceber as feridas da criança que carregamos dentro de nós e também salpicar uns pózinhos mágicos de Sabedoria que a nossa Experiência de Vida nos trouxe.

Sentirmos Paz cá dentro vem da aceitação e compreensão do que é a condição humana, aceitarmos isso em nós e também nos outros. Passar por experiências e consequências faz parte da condição humana. Isto liberta-nos do stress de “termos que” tomar a decisão “certa”. Ao invés de pensarmos no que é certo ou errado, começamos a focar-nos em perceber uma situação no seu Todo. Por exemplo, em vez de andarmos obcecados com querermos saber se devemos ir para a esquerda ou para a direita, começar a sentir e aceitar que se aquela experiência existe para nós neste momento então é porque existe um potencial de aprendizagem. O potencial de aprendizagem não é tomar a escolha “certa”. O potencial é aprendermos a conhecermos Quem Somos realmente naquele momento, é o potencial da Expansão da Consciência. Em vez de ficarmos obcecados com se devemos ir para a esquerda ou a direita, respiramos fundo e permitimo-nos sentir o que é que a esquerda ou a direita significam para nós.

Em todos os momentos, estamos a tomar decisões, mesmo quando decidimos não fazer nada essa é também uma decisão. A maioria das pessoas age por impulsividade e vive depois amedrontada por não querer voltar a agir segundo a impulsividade. Em vez de vivermos com medo de nós próprios, seria mais útil “estudar” essa impulsividade dentro de nós. De que forma a sentimos? Com que força vem, em que momento começamos a senti-la e porque é que nos parece mais confortável agir “de repente” em vez de respirar fundo e ponderar mais um pouco? Não suportamos, nem por um momento, sentirmos que não sabemos a resposta imediatamente? Muitas vezes, agimos por impulso porque isso é mais fácil para nós (pelo menos, num primeiro instante). Depois, vem o drama criado pela decisão tomada e que geralmente dura e dura e dura, e a mente remói, remói e remói…

Aprendermos a conhecer-nos melhor em vez de andarmos sempre a fugir daquilo que vive em nós, esse é o caminho espiritual. Através desta auto-reflexão em que se trava também a impulsividade da fuga, começamos a contactar mais directamente com a nossa intuição. Essa intuição que só vem de um sítio de silêncio e quietude. Se nos perguntamos “será isto intuição?”, então, não temos consciência (ainda!) do que são impulsos da mente e o que são intuições da Alma. Significa que devemos continuar a fazer trabalho interior, esse trabalho de auto-aprendizagem, essa observação das sensações internas. Porquê? Porque é esse lado Observador, ou seja Aquele que observa as sensações internas sem agir ou julgar, esse Observador é o que se denomina de Presença, é a Presença da nossa Alma. Através desses momentos de quietude e mera observação, essa Presença de Luz começa a transmutar a natureza energética (vibracional) da sensação que estamos a observar… sem que tenhamos de fazer mais nada. Não é mágico?

Ir no Fluxo para ganhar Paz não é mais do que aprender a viver no Presente, em nós, porque dessa forma estamos sempre em constante transmutação e quando a Intuição surge, ela vem de um sítio de quietude que nós próprios iremos identificar e discernir como é diferente dos meros impulsos da Mente.

As sensações que vivem em nós possuem diferentes vibrações consoante também as suas origens, o nosso trabalho enquanto Seres Humanos em constante evolução não é ficarmos obcecados com se uma decisão é certa ou errada e a arrancar os cabelos quando nos sentimos inseguros; o nosso trabalho é observar a situação presente e ganhar experiência nessa observação, através da auto-reflexão e da descoberta das sensações e as suas origens. Isto é o que fazemos quando estamos em meditação, onde baixamos o ruído da mente para conseguirmos abrir mais espaço interno em nós. E, quando estamos perante decisões, essa abordagem de quietude, aceitação e descoberta é a que gerará os melhores frutos. Não é preciso estar sentado a meditar para praticar a Presença no Presente. Podemos fazê-lo em qualquer momento e em qualquer contexto (muito útil também para travar impulsos de reactividade e agressividade).

Quando ganhamos experiência nestas observações e transmutamos a energia em nós, uma e outra vez, começamos a sentir (a percepcionar) melhor o Fluxo da Vida. Se sentimos que devemos ficar quietos, já não entramos em ansiedade porque temos ainda uma série de tarefas a cumprir e, quando sentimos que devemos agir, mesmo com rapidez, não ficaremos nervosos a pensar se seremos capazes ou não. Ir no Fluxo é, no fundo, consequência do trabalho interno de observação e contínua Evolução.

Desta forma, ganhamos e mantemos a tão desejada Paz, mesmo nos momentos mais difíceis e confusos para a Mente. Deixamos de fazer parte da tripulação para passarmos a ser o capitão do nosso próprio navio!

Muita Luz,

Sofia

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Onde está o nosso Valor?

A verdadeira satisfação não vem da concretização de objectivos, como se riscássemos tarefas de listas criadas por nós próprios. Se formos pessoas orientadas para a manifestação, poderemos sentir algum contentamento imediato quando alcançamos uma meta, mas cedo descobrimos que é de pouca dura.

Se nos tornarmos dependentes da produtividade para nos sentirmos contentes connosco próprios, estaremos a convidar mais sofrimento para nós. Sempre que tentamos encontrar o nosso Valor através da concretização externa, descemos mais um degrau na nossa prisão.

Se não for produtivo, se não alcançar as metas que criou para si… não continuará a ser uma pessoa com Valor?

O que é realmente importante? Aquilo que criámos externamente e é perecível por natureza, ou aquilo que restará se essas criações externas forem removidas pela Vida?

O nível a que nos apegamos àquilo que pode desaparecer a qualquer momento é o nível de sofrimento que carregamos todos os dias aos ombros, porque o Medo de perder o que achamos ser vital para nós é aquilo que nos prende a uma vida sem cor nem movimento.

A verdadeira satisfação não vem das imensas listas que conseguimos concretizar ao fim do mês, mas sim de viver de acordo com o Fluxo da Alma. O ‘problema’ é que o Fluxo da Alma é directamente contrário ao Fluxo da Mente. São opostos.

A Mente procura a consistência e a integração a todo o custo e faz-nos sentir ansiosos se não cumprirmos horários, obrigações e responsabilidades, dentro de estruturas rígidas ou padrões repetitivos. A Alma convida à Liberdade e à Flexibilidade.

No caminho espiritual, esta é uma das lições mais difíceis de aprender e depois integrar no quotidiano precisamente porque vai contra aquilo que nos foi incutido desde crianças. Mas, é uma das aprendizagens mais importantes a fazer.

Se realmente procuramos a Alegria, a Paz e a Satisfação dentro de nós independentemente das atitudes dos outros ou das circunstâncias de Vida, então temos de procurar respostas junto da nossa Alma, porque só Ela nos pode orientar num caminho de Fluxo Livre, que no fundo é o caminho do Desapego. O caminho da Liberdade interna, onde a Energia Divina flui através das nossas células e se projecta para todas as áreas da nossa Vida.

Muita Luz❤❤❤,

Sofia

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Tratamento: https://de-volta-ao-essencial.com/tratamento-energetico/

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Leitura de cartas: https://de-volta-ao-essencial.com/leitura-de-cartas/

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De volta! :)

Olá a todos! 💖

Depois deste longo interregno nas comunicações online (site e redes sociais), volto com energia redobrada e bastantes degraus subidos debaixo do braço (que imagem, lol!)! Neste intervalo, dediquei-me à minha evolução interna e energética, atendendo as pessoas que comigo fazem tratamentos e limpezas. Tem sido um privilégio acompanhar-vos nos vossos processos pessoais que, com persistência e coração aberto, apesar das dores e resistências, vos têm levado a novas alturas e a abrir portas para a vossa Alma entrar cada vez mais nas vossas Consciências e Vida.

Chegou a altura de regressar à “vida online”, continuar com o serviço ao Divino agora também noutras capacidades, pois chegar às pessoas através da comunicação é um dos propósitos que trago. Sou facilitadora de informações, palavras, energia, sempre na capacidade de “auxiliar” e não de “líder”, pois o único verdadeiro líder nas vossas vidas são vós próprios 😉

Fico muito feliz por voltar depois deste intervalo! 🙂 Assim sendo, podem esperar novas comunicações num futuro próximo, aqui no blogue e também no Facebook! Entretanto, abri um novo serviço de leitura de cartas, que podem aceder aqui: Leitura de Cartas. Passar mensagens do Divino é um dos meus propósitos e, ao nível pessoal, quem estiver interessado/a na sua própria evolução e pretender saber e seguir as sugestões dos Guias, este serviço é para vós 🙂 Os restantes serviços dos Tratamentos e das Limpezas continuam activos para quem quer aprofundar as suas aprendizagens, evoluir, sarar de mãos dadas com a sua Alma e um profundo compromisso para consigo próprios e o Divino.

Um grande beijinho a todos e muita muita Luz,

Sofia

A Vida mostra-nos, mas Ver depende de nós!

Uma das mais relevantes lições que os Anjos me têm passado prende-se com o Foco e a Percepção. Às vezes, mostram-me como se os nossos Anjos da Guarda nos abanassem a solução à frente dos olhos e nós olhássemos sempre para o lado oposto. Porquê? Porque não gostamos da solução que nos apresentam!🤣

Há vários anos que tiro cartas, faço canalizações e cheguei a trabalhar lendo cartas e passando as mensagens dos Anjos para as pessoas. Hoje em dia, faço-o raramente e de forma esporádica, abrindo de vez em quando um período em que aceito pedidos de leituras e fecho-o passado pouco tempo. O que vou dizer a seguir não é crítica, é apenas uma constatação com a esperança de que o/a leitor/a retire para si algum entendimento acerca daquilo que pode estar a impedi-lo/a de avançar.

Uma das grandes ânsias que nós, seres humanos no caminho espiritual, temos prende-se com a necessidade de querer saber quais os passos certos a tomar. Atravessámos montes e vales, chegámos à conclusão de que a nossa vida não está de acordo com a nossa verdadeira natureza e, na busca dessa verdadeira natureza, queremos que a nossa Vida se modifique para se alinhar com a nossa Verdade. A ânsia é real e existe uma aparente determinação em procurar avançar e evoluir, porém não é de todo verdade. De facto, o que queremos é a solução que melhor se encaixe na nossa realidade actual e que seja, ainda por cima, muito confortável para nós. A ideia de nos esforçarmos para sairmos da concha em que estamos, tão quente e familiar, é-nos detestável. Afinal de contas, já nos sentimos tão sofridos, já caminhámos tanto, queremos agora que a Vida se estenda perante nós como uma passarela vermelha.

Na nossa Mente, achamos que damos uma margem extensa ao Divino para fazer “o que quiser”, pensamos que somos capazes de aguentar sair da nossa casa, mudar de profissão, até de país, portanto achamos que estamos a ser muito razoáveis e abertos no que diz respeito às mudanças que poderão ocorrer… o problema ocorre quando nada disto é o que Divino pretende para nós. A Energia Divina foca-se naquilo que é real, não naquilo que é fantasia, porque isso é o reino da Mente. A Mente gosta de acreditar que sabe o que é que precisa e nem quer ouvir falar em soluções que não se encaixem nos parâmetros que desenhou. Se calhar, há pessoas que estão a ler estas palavras e começam a sentir-se enervadas, porque sentem que já fizeram muito, já pediram muito e, na verdade, pouco ou nada mudou… A questão aqui é que mudou, sim. Mas, mudou de tal forma que todas as coisas que nos impedem de evoluir foram colocadas em DESTAQUE pela própria Vida e é por isso que estamos tão frustrados e nos sentimos encalhados.

Porque, para nós, é aceitável que a Vida venha e nos mude de casa ou de país, mas talvez já não fiquemos tão satisfeitos se nos estiver constantemente a meter certas pessoas à frente que carregam os nossos botões e nos fazem arder por dentro de irritação. E pedimos ajuda, e voltamos a pedir, e volta e meia lá vem outra pessoa/situação para nos aborrecer. A Vida está a mostrar… mas, nós não queremos ver. Porque é terrivelmente doloroso aceitar que a razão pela qual não avançamos tem a ver directamente com a nossa postura interna, com as nossas emoções e conduta comportamental. Tudo começa em nós, já sabemos isso, mas quando a Vida vem e, em vez de mudar as nossas circunstâncias, insiste em nos confrontar com o nosso interior, ficamos muito zangados e aborrecidos. Esquecemo-nos, nesta alturas, que tudo começa nós, mas a Vida não esquece, a Energia Divina não esquece e, enquanto não nos rendermos e começarmos realmente a ver os padrões nos nossos relacionamentos connosco e com os outros, iremos continuar a passar pelas mesmas experiências uma e outra vez.

Referi há pouco a minha experiência com leituras de cartas, porque é muito relevante para este artigo. E referi também que a intenção não é de crítica, mas sim de observação para que talvez o/a leitor/a possa reflectir honestamente sobre esta temática. Imensas pessoas querem fazer leituras. Querem receber mensagens dos Seres Divinos, porque se sentem perdidas e desejam ardentemente que lhes digam quais os passos a tomar para criarem outra vida para si. Pedem uma leitura, pedem duas, pedem três, se preciso for. Já fiz leituras para imensas pessoas ao longo dos anos… sabe quantas pessoas realmente encararam a oportunidade de receberem mensagens Divinas como uma dádiva e seguiram as orientações? Posso contar pelos dedos de uma mão… Centenas de pessoas, algumas com mais do que uma leitura feita no espaço de meses e anos. Mas, conto pelos dedos de uma mão aquelas que realmente levaram os conselhos a peito e os aplicaram na sua Vida. Por isso, sim, a ânsia é real, mas a abertura para a mudança é muito pequenina na maioria das pessoas.

E, isso é triste. Triste porque sei como os Anjos se esforçam e como se as pessoas se permitissem largar as expectativas do que acham que a solução é, e seguissem as orientações, por mais simples que parecessem, a sua Vida começaria a mudar efectivamente e os padrões iriam ser alterados para não se repetirem uma e outra vez. Escrevo este artigo não como crítica, escrevo-o na esperança que alguém que o esteja a ler tenha um momento de paragem e seja honesto/a consigo próprio/a, largue o padrão das queixas, reconheça o seu Poder interior e compreenda que tudo começa em Si. Se amanhã a sua vida o levasse para outro país ou outro planeta, tudo aquilo que tem dentro de si, emocional e mentalmente, padrões comportamentais, formas de sentir limitadoras, tudo isso viajaria consigo, não iria magicamente desaparecer.

Por isso, quando a Vida lhe mostra, uma e outra vez, os desafios que tem de enfrentar e que tem de encarar de frente, confrontar-se com as suas próprias emoções/pensamentos/comportamentos, depende de si se escolhe Ver ou se continua a iludir-se olhando para outro lado, achando que a solução está noutro sítio que não dentro de si. Se calhar, outros terapeutas alternativos/psíquicos/etc. teriam uma abordagem sobre este tema mais suave e acomodativa, mas acredite, caro/a leitor/a, que não estarão a fazer-lhe nenhum favor. Só irão validar as suas próprias ilusões de que o externo é a grande solução para o seu labirinto actual. Há anos que trabalho com a Energia Divina, centenas de leituras, interagindo apenas com os Seres Divinos de alta vibração (nas leituras não contacto com espíritos, entidades ou outros seres de energia dúbia, que há vários), e nunca, em nenhum momento, a mensagem ou as orientações se focaram no exterior, nas circunstâncias ou nas pessoas que faziam parte de quem pediu a leitura. Foram sempre direccionadas para a Força interior, para as compreensões espirituais acerca da situação problemática, tudo na direcção da evolução da própria pessoa, de uma forma holística, para que ele/ela alcançasse a verdadeira cura e bem-estar a todos os níveis.

Tudo começa dentro. O exterior altera-se de acordo com o interior, não o contrário. E sim, temos de sair da nossa zona de conforto. Dizer “não me apetece” só nos irá manter no mesmo círculo, anos a fio. Os nossos Anjos amam-nos incondicionalmente, tal como Deus/Fonte, mas tal como escrevi num artigo anterior, a Vida é Nossa. As decisões são nossas, o nosso Foco somos nós que o decidimos. Se continuarmos a acreditar que não somos capazes, que nos falta algo, que tem de vir alguém, seja ele/ela celestial seja romântico para agarrar em nós e nos levar ao colo, porque achamos que somos inúteis… iremos continuar no mesmo sítio, porque os pés são nossos, se não formos nós a movê-los, quem o poderá fazer por nós? A decisão é nossa, a Vida só nos mostra o que devemos curar e de que forma evoluir, mas nós temos de ter a Coragem de Ver o que ela nos está a querer mostrar.
Com Coragem, caminhando lado a lado com a nossa Equipa Divina, Estamos cá para isso! ❤️

Muito Amor e Luz,

Sofia

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Em cada momento, decidimos!

Decisões pequenas, decisões grandes, achamos que umas são mais importantes que outras, mas serão realmente?

A cada momento, estamos a tomar decisões, mesmo quando decidimos não agir, essa é uma decisão também. Todos os pequenos momentos do dia em que escolhemos proferir determinadas palavras ou ter uma certa atitude vão levar-nos aos momentos das tais grandes decisões. As decisões que necessitam de muita reflexão, incluem muitos Medos e muita confusão sobre o caminho a tomar. Achamos que essas são as decisões que determinam o rumo da nossa Vida, quando na verdade são as mais pequenas que são as mais relevantes.

Aqueles momentos em que, em vez de escolhermos o Amor, escolhemos descarregar as nossas frustrações. As decisões que tomamos ao dizer palavras que sabemos que irão ferir aqueles que, noutros dias, dissemos amar e apoiar. A constante desarmonia de um dia estarmos luminosos e com o coração aberto e, no dia seguinte, sermos um Árctico que tudo congela e esmaga. Acharmos que se continuarmos a fazer as mesmas coisas que sempre fizemos, um dia a nossa Vida será diferente…

Tudo começa dentro e tudo começa com as mais pequenas coisas. Uma sensação que gera um pensamento, que depois alimentamos e que gera todo um estado de espírito e, sem sabermos como, já estamos dominados pelo nosso lado Sombra. É debaixo de grande pressão que os diamantes surgem e é assim connosco também, porque só quando estamos perante a intensidade das nossas emoções mais baixas é que poderemos ter mais Consciência da escolha.

Escolhemos entre o Medo, a necessidade de descarregar, a fúria, a raiva, a necessidade de ter razão e validação ou escolhemos ir mais fundo e compreender que essas emoções e esses estados de espírito só nos levarão ao mesmo sítio donde temos feito tanto esforço para sair? Quando estamos no caminho espiritual, ou seja, quando temos Consciência de que somos mais do que este corpo, esta mente e estas emoções, é natural que o Medo surja com toda a sua força quando começamos a integrar mais Luz nas nossas Vidas. É como um holofote que nos mostra onde estão os locais desarrumados e sujos, que antes não víamos com tanta clareza. E é difícil. Mas, é também uma oportunidade de escolhermos de forma diferente daquela que permitiu a acumulação dessa desarrumação e sujidade.

É preciso ter conversas profundas connosco mesmos, largar aquela vontade de que todos vejam como temos razão, a necessidade de justiça, porque, na verdade, trata-se apenas da necessidade de validação externa. Doutro modo, porque quereríamos que os outros reconhecessem que temos razão? As opiniões deles são assim tão importantes? Neste caso, estamos à procura de validação externa e não de justiça verdadeira, porque a justiça vem de sabermos que damos o nosso melhor, somos honestos, temos integridade, e não precisamos que ninguém nos diga que nos vê dessa forma. Só importa realmente a opinião que temos acerca de nós próprios e se essa opinião não é das melhores, então é altura de trabalharmos para mudar essa opinião e não a opinião dos outros, que realmente não controlamos.

Só temos influência sobre nós e poderemos eventualmente ter sobre os outros quando agimos a partir de uma Energia mais elevada, porque é essa Energia que, invisível, irá tocar as pessoas à nossa volta. Porém, se agirmos a partir da mente, essa é a energia que será gerada, por muito eloquentes/verdadeiros/sinceros que achemos estar a ser. Quando a opinião que os outros têm sobre nós nos deixa devastados, então é porque nós próprios temos pouca Consciência de Quem Somos.

Se todos somos a Alma a viver uma experiência humana, algumas pessoas têm mais ou menos Consciência disso e quanto menos têm, mais impulsivas se tornam, porque estão mais dominadas pela parte humana, com todos os seus instintos primários. Se realmente temos interiorizada a Consciência da Alma, então quando alguém expressa uma opinião de nós que é negativa ou que achamos não estar correcta, iremos sentir Compaixão, porque essa pessoa não só não consegue ver quem nós realmente somos, como escolhe ter uma acção tóxica contra nós. Essa pessoa está num local muito escuro da sua viagem. E… é esta pessoa que precisamos desesperadamente que nos dê razão e nos veja como realmente somos?🤔

Caro/a leitor/a, eu sei que irá fazer como achar certo, mas essa necessidade que sente de que o/a validem e que as opiniões dos outros sejam positivas em relação a si só irá trazer-lhe dissabores e tristeza, e ainda por cima não estará a dar atenção à opinião que realmente importa: a SUA. O que é que acha sobre si, sobre a sua conduta, sobre a pessoa que é? E, se vê que essa opinião não é das melhores… então, quem é que realmente está a querer convencer quando precisa que os outros lhe dêem razão? Está a querer convencer os outros da sua integridade/bondade/altruísmo… ou é a si próprio que está a tentar convencer?

Largar o controlo é o mais difícil, mas é também o que nos liberta. Compreender e aceitar que o controlo dos outros não está nas nossas mãos. E, melhor do que isso, as opiniões dos outros não têm nada a ver connosco. São formadas a partir das suas próprias Inconsciências, dos seus Medos, filtros e experiências e pouco têm a ver com a Verdade de Quem nós Somos. Por isso, largar o controlo é aceitar que os outros irão ter as suas opiniões, quer fiquemos sentados quer façamos o pino. 😂

Nós, em contrapartida, quando decidimos largar esse controlo, podemos começar finalmente a dar atenção e foco à nossa própria Vida interna, a construir o nosso jardim, a embelezar o nosso interior. A tomar decisões e acções que mudem o rumo actual em que nos encontramos. É um processo gradual, onde todos os dias temos de nos lembrar de largar esse controlo e, à medida que o tempo vai passando, o nosso Foco muda e, de repente, o que os outros acham ou dizem, deixa de ter importância.

Mas, é preciso ter coragem para: largar o controlo, pedir ajuda à nossa Equipa Divina, e trabalhar para mudar a opinião negativa que temos acerca de nós ou de aspectos de nós. Somos profundamente amados por aqueles que não têm lado Sombra e que têm plena Consciência Divina: os Anjos, os Seres Divinos, a nossa Alma, Deus/Fonte. E, se nos abrirmos ao Amor Divino dentro de nós, e de nós para nós, essa Energia trará para as nossas Vidas outros Seres Humanos que estão no caminho da Consciência e que trabalham para compreender e agir segundo a linguagem do Amor.

A escolha reside em nós, sempre. ❤️

Muita Luz,
Sofia

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Que a Vida trabalhe para nós, não contra nós!

Uma das maiores queixas que ouço de pessoas que estão no caminho espiritual é: porque é que a Vida está contra mim? Projectos que falham, relacionamentos que desmoronam, familiares que “carregam nos nossos botões”, eventos que perturbam e causam medo (ou mesmo pânico), permanente confusão acerca das decisões a tomar…

Lembro-me há uns anos atrás quando fui a um concerto fantástico da Deva Premal, o companheiro dela (tanto profissional como romântico), o Miten, estava a dedilhar as cordas da sua viola e, num inglês provocador, contou uma história engraçada sobre ele e o filho e, a dada altura, disse “e como nós sabemos, o caminho espiritual é super fácil…”, e toda a gente naquela audiência rebentou a rir (eu incluída)🤣.

Sejamos francos, o caminho espiritual não é nada fácil. No fundo, é um caminho que nos leva constantemente à “luta” entre o lado humano, tridimensional, e o lado espiritual, multidimensional. Este contraste entre as duas forças, no fundo, a nossa Dualidade, é muito difícil de navegar no dia-a-dia. Porém, é mais difícil quando nos tornamos muito resistentes a ela.

Estes desafios apresentados no caminho espiritual podem trazer muito desgaste, se não tivermos algum cuidado. E, o maior desgaste de todos acontece quando nos convencemos (sentimos e dizemos a nós próprios) que a Vida nos é madrasta e que parece trabalhar contra nós. É a maior queixa que ouço e compreendo porquê.

De facto, somos confrontados com desafios difíceis e que, muitas vezes, remexem as nossas feridas, trazem ao de cima traumas e fazem-nos sentir toda a intensidade emocional que fechámos cá dentro. Lidar com isso e com tudo o resto a que temos de dar atenção pode tornar-se avassalador, se perdermos a perspectiva do que se passa. Se, ao longo do tempo, resistirmos muito a estes desafios, querendo constantemente fugir da realidade presente, o desgaste será enorme para o nosso corpo, a nossa mente e o nosso coração. A Vida não trabalha contra nós, na verdade, trabalha para nós, mas como todos nós sabemos… o que importa realmente não é a Verdade, mas sim a nossa percepção da Verdade… Ou seja, um determinado evento pessoal ou colectivo pode ser fantástico, mas se nós o percepcionarmos como sendo prejudicial, então esta percepção é aquela que vence na nossa mente.

Já todos ouvimos falar no conceito de “benção escondida”, que representa um evento que aparentemente é negativo, mas que irá gerar uma cadeia de reacções que, no final, irá servir para o nosso Bem. No fundo, a Vida é uma Benção escondida. Toda ela. E isto é um conceito extremamente difícil de aceitar, porque para muitos de nós, os desafios que temos confrontado desde que nascemos são muitos, variados e, muitas vezes, incompreensíveis. Porque é que a Vida é tão complicada para nós? Aí está uma pergunta sem resposta! Faz parte do Mistério do Universo e do Mistério da própria Vida. Eu não sei.

Posso sempre argumentar que é através dos desafios que crescemos, que amadurecemos e que aprendemos a separar os véus da Ilusão de forma a melhor compreender o que é o Amor, a Alegria, a Compaixão, a Paz… Mas, também sei de pessoas cujos desafios foram tão grandes, que não foram capazes de os ultrapassar. E, o que dizer das crianças que são maltratadas, sofrem abusos ou nascem com condições clínicas complicadas? Não sou arrogante para afirmar que sei porque é que a Vida delas lhes trouxe essas circunstâncias e sei (porque os Anjos me dizem) que há pessoas que lêem estes artigos, que nunca comentam, nunca mandam mensagem, são anónimos da cabeça aos pés, mas que passaram muito na Vida e são assaltados por dúvidas tremendas sobre isso. A terrível pergunta do “Porquê?”.

Quero dizer-lhe, caro/a leitor/a, que não tenho resposta para o “Porquê”, mas sei que esta Energia indefinível, imperscrutável, misteriosa, chamada Vida, desde o momento da sua primeira inspiração até ao momento da sua última expiração, é SUA. Inteiramente SUA, e os eventos e circunstâncias que lhe aconteceram não definem o seu Valor, o seu Merecimento, o seu Lugar aqui nesta Terra. Não sei porque existe o Mal neste planeta, mas sei que cada um de nós tem o Poder para escolher. E também escolher não usar os nossos traumas e limitações como justificação para acções prejudiciais para os outros e para nós. É difícil de aplicar, mas no fundo é simples.

Se as dificuldades internas são muito grandes, então procuremos ajuda. Já que outros antes de nós não o fizeram, sejamos NÓS a quebrar o ciclo da violência, da crueldade, da indiferença. Porquê? Porque esta Vida é SUA. E, por muitos males que tenha sofrido, a Vida continua a ser SUA e todas as decisões que toma gerarão mais Luz ou mais Escuridão para si e para os outros. Deus/Fonte irá amá-lo/a sempre, mas se fechar o seu coração, a Luz não consegue entrar. Quando sentimos cá dentro que já basta deste caminho de resistência, de violência, da crença de que a nossa Vida é madrasta, mesmo sem saber como ou para onde ir, podemos deitar os nossos fardos sobre o solo e, numa atitude de receptividade e, no fundo, de rendição, pedimos ajuda. E, a ajuda está lá sempre à espera que nós nos abramos a ela.

Sim, os desafios deste caminho são grandes… mas, já pensou que talvez sejam proporcionais à sua Força? É muito fácil tornarmo-nos duros, insensíveis e até cruéis neste mundo… mas, a sua Força, a sua verdadeira Essência, traduz-se em atravessar os desafios procurando as lições, sempre com o intuito de gerar mais Luz e Amor para si e para os que o rodeiam.

Com base nesta perspectiva, poderá olhar para os desafios passados e presentes da sua Vida como estando a trabalhar para Si e não contra Si. Talvez a Vida não trabalhe para os seus objectivos pessoais, se calhar há projectos terrenos, relacionamentos e ideias que ficam para trás, mas em todo esse caminho, os ensinamentos estão lá encerrados para que aceda a uma Sabedoria muito maior do que a sua Mente humana consegue compreender e que irá, eventualmente, gerar resultados que lhe permitam viver aqui de uma forma mais Presente e Alinhada. É a sua Alma que lhe sussurra constantemente ao ouvido para que largue a resistência e procure a Verdade de Quem é.

Se se permitir abrir a esta Sabedoria, viverá a sua Vida sendo, em simultâneo, Aluno e Mestre. O Mestre que ensina através do exemplo, sem imposições, e o Aluno que está em estudo permanente, com humildade, nesta Escola da Vida.

Muita Luz,
Sofia


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Onde está a Alegria?

Sim, é verdade! Escrevi há pouco tempo sobre este mesmo tema, mas aparentemente é algo de que nos esquecemos com frequência e por isso os Anjos querem relembrar-nos sempre que possível! 😆

Onde está a Alegria? A verdade é que somos pessoas diferentes, com diferentes gostos e ritmos e por isso aquilo que nos despoleta alegria pode ter contornos variados, consoante a personalidade de cada um. Há quem adore ficar enrolado numa manta a ler um entusiasmante romance, e para outros o ideal é terem o cabelo arrepiado durante uma vertiginosa viagem de montanha-russa. Somos todos diferentes.

Porém, a Alegria de que falamos neste artigo é um pouco mais profunda e importante, porque não é uma alegria despoletada pelo exterior, mas sim brota de dentro. Há muitas pessoas que me perguntam sobre a forma como podemos ter mais alegria ou mais tranquilidade na vida e a resposta não é de facto linear. Aliás, daquilo que tenho aprendido, por experiência própria e por observação dos outros, é que esta Alegria interna está intimamente ligada ao grau de evolução da nossa Consciência. Porquê? Porque a Alegria interna é esmagada quando vivemos, dia após dia (e ano após ano) a acreditar que somos apenas este corpo a navegar as estruturas da sociedade, e começa a ser libertada quando começamos a compreender Quem realmente Somos.

Só que (e aqui é que é a “chatice”, caro/a leitor/a), quando começamos a abrir-nos para o Ser Espiritual que somos, a nossa vida, de repente, parece-nos muito pequena. A vida, as pessoas, as conversas, a própria matriz da sociedade, os interesses que antes nos cativavam… parece que as coisas perdem o seu brilho. Isto acontece, porque, de repente, começamos a sentir quem realmente somos: a Alma. E, quando sentimos a Alma, sentimos também o cheirinho do sítio donde viemos, um sítio onde existe apenas Amor, Infinita Sabedoria e Conhecimento. E, de repente, a vida parece-nos minúscula, um infinito labirinto de possibilidades e nenhuma nos agrada.

Então, largamos a ilusão da euforia de outrora quando acreditávamos que era o exterior que nos daria esse sentido para a vida, seja pela progressão na carreira, casar, ter filhos, construir uma família/lar, ter mais dinheiro para diversão e ficamos com… nada. Presos num limbo em que o passado já não faz sentido, mas as possibilidades que temos na vida sabem-nos a pouco, de repente sentimos uma busca interna incessante, voraz e permanentemente insatisfeita com o estado das coisas. Ganhamos também alguma impaciência, porque o timing de manifestação neste reino material é leeeeeento, supeeeer leeeeeento… Começamos a achar que há algo de errado connosco, não devemos andar a fazer o caminho espiritual como é suposto, porque em vez de nos sentirmos melhor… sentimo-nos pior do que antes!

Mas, é neste ponto, caro/a leitor/a, que as coisas se podem tornar interessantes… Se conseguirmos retirar-nos da frustração que sentimos e dissermos à nossa mente para parar de andar em círculos constantemente a perguntar “como é que saio daqui?!”, podemos começar a dar passos em frente na direcção a Nós próprios, à nossa Alma. Até parece que vos ouço, caros/as leitores, a revirar os olhos e a suspirar por lerem novamente a expressão “em direcção a Nós próprios”, porque afinal o que é essa coisa de “Nós próprios”? Essa coisa de “Nós próprios” é a tal meta que devemos ter durante a vida, mas que nunca alcançaremos verdadeiramente. Oh, pronto, agora é que compliquei tudo! Então, se nunca vamos alcançar, para quê dar-nos ao trabalho? Porque é o trabalho que viemos cá fazer. 😉

Este caminho de volta a Nós é o caminho da Espiritualidade, porque é o caminho da Dualidade de um Ser Humano a caminhar em direcção ao Uno, ao Todo. Este caminhar, gradual e por vezes tortuoso, é uma Escola de aprendizagem em que vamos subindo de nível sem nunca realmente alcançar o topo. No momento da nossa morte, recebemos o canudo de “final de curso” pelo nível que alcançámos, mas mesmo que vivêssemos 600 anos e apesar de termos podido subir muito mais de nível do que quem viveu 80, nunca iríamos chegar ao tecto. Há sempre potencial para mais, para maior expansão.

Então, se já “sabemos” que nunca iremos alcançar essa tal “meta”, porque é que sentimos esta tremenda impaciência? Porque é a nossa mente, o nosso corpo, a reagir quando começa a lembrar-se de quem realmente É do outro lado. As nossas células, à medida que se abrem à Energia Divina, acordam e lembram-se dessa realidade para a qual andávamos adormecidos. Então, é como se se lembrassem de que são autênticos Hércules com capacidades divinas infinitas, mas presos dentro de um corpo da Olivia Palito que tem de cozinhar, lavar a roupa e limpar ranho dos narizes dos filhos. É como se fosse um choque de realidades, do qual nem sempre estamos conscientes, mas que ocorre em todos os momentos.

É preciso parar, respirar e compreender o processo que se passa connosco cá dentro de modo a não entrarmos numa verdadeira depressão por tudo aquilo que não conseguimos fazer neste reino material, quando queremos. O primeiro passo é a Aceitação. Acreditem, eu sei como é difícil, mas o primeiro passo é a Aceitação. E, a Alegria verdadeira está de mãos dadas com a Aceitação. Sabe porquê, caro/a leitor/a? Porque é importante lembrar-nos a cada momento que escolhemos vir para cá. Apesar de sabermos como este mundo é difícil, como a experiência humana é tantas vezes dolorosa, confusa e incompreensível, escolhemos vir para cá, porque a nossa Alma sabe que o seu papel aqui é de extrema importância.

Nem todos temos vocação nem chamamento para nos dedicarmos à luta noutros países ou certas áreas profissionais, mas isso não significa que, à nossa medida e dimensão, não sejamos guerreiros/as a estudar uma das disciplinas mais difíceis do Universo: a experiência humana aqui na Terra. Porque Somos. E, a Alegria que brota de dentro não tem (e não deve realmente) depender do exterior, do status, da conta bancária, quão fácil ou difícil é o nosso dia-a-dia, ela deve brotar desse conhecimento profundo de que somos a Alma, estamos aqui para fazer este estudo profundo sobre a Vida, a Energia, independentemente das exigências da sociedade ou das construções exteriores.

A Alegria de Saber que, apesar de ser muito difícil, tivemos a CORAGEM de vir para aqui, de conhecer certas pessoas, de passar certas experiências e essa CORAGEM continua cá dentro, mesmo quando não a sentimos e duvidamos de nós (o que também é normal numa experiência humana, essa dúvida). A Alegria de reconhecer o que temos, neste momento, na nossa vida, de sentirmos essa gratidão, mesmo quando temos muitos outros aspectos que nos causam dor.

Porque esta experiência humana, essa mescla de vitórias e fracassos, de dores e prazeres, de enganos e epifanias, é a verdadeira Escola e nós somos os Alunos. Por isso, o caminho de volta a Nós é, na verdade, a Escola de Aprendizagem sobre o que é realmente o Amor, a Alegria, a Paz, a Alma, Deus/Fonte. E, à medida que nós, humanos, evoluímos, o tecido energético da Terra evolui connosco. Compreende, caro/a leitor/a, a importância que a sua Vida tem aqui? É que você, com todos os seus altos e baixos, vitórias e fracassos, limites e percepções, no fundo, a sua evolução, é o que determina a própria evolução da Terra, é o que irá determinar o grau de evolução das gerações que virão depois de si, muito depois da sua morte.

Comece a ver a sua Vida, e a sua experiência aqui, como algo muito mais profundo do que aquilo que a sociedade normalmente reconhece como sendo as qualidades do cidadão exemplar. Você é muito mais do que isso e veio cá para transformar a Terra, com o seu contributo, com a sua Aprendizagem nesta Escola! Pense nisso e permita sentir Alegria por ter decidido vir para cá da próxima vez que suspirar porque não lhe apetece lavar a loiça 😉

Muita Luz,
Sofia


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Não Esquecer o Amor

Parece um título óbvio e desnecessário, mas na verdade é muito importante! É daquelas afirmações que não são tradicionais, porque é construída na negativa com o uso do “não” (geralmente, afirmações são frases positivas), mas é algo do qual nos devemos lembrar todos os dias.

Nós, humanos, mesmo os melhor intencionados, temos aquela terrível tendência de compartimentalizar tudo. Numa categoria, colocamos “x”, na outra colocamos “y”. Dividimos a nossa vida da mesma maneira: das tantas às tantas, sou funcionário/empresário; depois, sou motorista e vou buscar os miúdos à escola; sou cozinheiro/a para aplacar as feras famintas da família; sou o/a senhor/a da limpeza que deixa (ou tenta deixar) tudo num brinco; sou atleta quando vou ao ginásio; sou jibóia quando me afundo no sofá e esqueço o mundo; algumas semanas do ano sou livre, porque estou de férias; sou um/a sonhador/a quando imagino cenários em que faço aquilo que gosto, mas que não acredito poder alcançar… e, tantas outras categorias. Esta visão separatista da vida expressa-se até na medicina tradicional, onde tratamos as pessoas “às postas”, por secções como se fôssemos o IKEA.

É claro, caro/a leitor/a, que eu sei que se esforça imenso para viver uma Espiritualidade integrada, até porque sabe melhor do que ninguém os custos que colhemos quando vivemos num carrossel infinito sem prestar atenção ao que nos rodeia. O nosso corpo, incluindo a nossa mente, mais tarde ou mais cedo, irá mostrar sinais (mais ou menos violentos) da negligência a que é submetido. E, nesses momentos, torna-se muito difícil continuar a ignorar. Comprometemo-nos então ao caminho espiritual, tomando acções que nos ensinam a tratar o corpo, a mente e o coração de forma diferente e mais estreita. Compreendemos a importância do relaxamento, da redução do stress, da alimentação equilibrada, dos relacionamentos saudáveis, etc… Lemos livros, executamos práticas, implementamos estratégias no nosso dia para conseguir integrar cada vez mais a Espiritualidade. Ao escrever estas palavras, até ouço os Anjos às gargalhadas! Não estão a gozar connosco, acham sim piada à forma como olhamos para nós e a vida.

Eles sabem que nada está separado. Uma parte de nós influenciará sempre o Todo. Se me sinto exausto, de pouco servirá motivar-me e esforçar-me imenso para ir fazer uma sessão de cardio intensa durante 2 horas no ginásio do bairro. Se o corpo está exausto, vou contrariá-lo e puxar por ele ainda mais? Só o faço, porque em vez de aceitar o momento em que estou, ponho-me a pensar que há três dias que não me mexo e ainda comi aquele bolo que não devia ter comido e depois atormento-me com a ideia de aumentar centímetros quando ainda o mês passado me tinha “portado tão bem”… E, há imensos exemplos deste tormento auto-infligido em todas as áreas da nossa vida. A Culpa é o estado de espírito mais constante nas pessoas da actualidade. Culpa por fazer e culpa por não fazer. Este estado de sobrecarga mental, em que sentimos permanentemente que nada do que fazemos é suficiente, cria um stress monumental para nós próprios. E, por muito que consigamos compartimentalizar a nossa vida, é este estado mental fragmentado e exausto que irá permear tudo aquilo que fazemos.

Porque nada está separado, mesmo quando nos convencemos de que está. E é por isso que já assisti (e continuo a assistir) a tantos terapeutas que trabalham afincadamente para desenvolver os seus dons, executando práticas cada vez mais complexas quando no final de tudo, esqueceram o que é mais importante: Não Esquecer o Amor. Vejamos: de que me serve ir ao ginásio todos os dias se de cada vez que me vejo ao espelho só detecto aquilo de que não gosto, aquilo que ainda quero mudar? E, de que me serve querer mudar de vida profissional se continuo a achar que o sucesso só é alcançável com terríveis sacríficios? Se penso que a vida é um grande novelo que só me trará dores e dificuldades, de que me serve mudar de casa/país/vida? Esse estado interno emocional e mental irá seguir-me para qualquer mudança que eu faça, seja ela qual for. Porque nada está separado!

Igualmente, de que me serve sorrir constantemente até os ossos doerem se por dentro a minha mente acha que os outros são todos imbecis/maus/degenerados? Ou se, por outro lado, acredito que eu sou imbecil/mau/degenerado…? Olhemos primeiro para dentro, bem para dentro, caro/a leitor/a, e perceber o estado em que nos encontramos. Lembrar de não esquecer o Amor. O Amor por nós e pelos outros. Existem ferramentas e ensinamentos fantásticos na prática espiritual para nos ajudar a desenvolver os nossos dons, a amadurecer as nossas emoções, a trazer sabedoria para a mente, mas nenhum deles irá gerar resultados sólidos e reais se nos esquecermos do essencial.

Porque, neste caso, todos os caminhos podem não levar-nos a Roma, mas é bom que desemboquem no Amor. Caso contrário, irão encaminhar-nos para o caminho do Medo em que só existem restrições, receios de não sermos suficientes, sacrifícios atrozes, no fundo, um ascetismo ignóbil disfarçado de “caminho espiritual”. Quanto mais difícil, sóbrio, disciplinador for o caminho, melhor. Só que não… Porque um dos maiores ensinamentos que os Anjos me passam é a Sabedoria do Riso e da Leveza. Porque um coração pesado é um coração aprisionado. E, um coração aprisionado vive cheio de terror sobre o que poderá acontecer. No fundo, vive cheio de terror da Vida.

E esta é a maneira de viver de muitos de nós, de tal forma que já nem nos apercebemos disto, porque já estamos muito habituados. Contudo, há uma excelente forma de perceber se vivemos com o coração aprisionado. É pensar quantas vezes, em média, rimos às gargalhadas (daquelas que quase não conseguimos respirar) sem motivo nenhum. Aquele riso fácil, que abana o corpo todo e não quer saber se alguém está a olhar. E, pensemos, por contraste, quantas vezes sentimos um peso no peito e na cabeça que só com muito esforço conseguimos sacudir (e nem na totalidade)…

Nada está separado. O Amor é a Força da Vida. É o Amor que nos traz de volta à presença do momento. E, uma boa forma de implementar essa Energia na nossa vida é ponderar se, na acção que estamos a pensar tomar, estamos a fazê-lo por Amor. Vou ao ginásio, porque é uma obrigação ou vou ao ginásio porque é uma oportunidade de me conectar ao meu corpo e dar-lhe Amor através do movimento? Faço esta refeição para a minha família, porque é minha obrigação ou porque me dá uma alegria imensa dar-lhes Amor através da comida? Estou a fazer este curso, porque acho que assim as pessoas me irão respeitar mais ou faço-o porque quero aprofundar o meu conhecimento e poder contribuir mais e melhor para mim e o mundo? As acções não têm de mudar forçosamente, mas a nossa percepção delas é que cria a diferença!

Não Esquecer o Amor.

E, acrescento ainda para se lembrar também, caro/a leitor/a: o seu Anjo da Guarda está sempre consigo. Porque não começa neste momento por lhe dizer um “olá” em voz alta e fá-lo todos os dias em que acorda de manhã? O seu Anjo da Guarda vive junto a si e está sempre pronto a ajudar, mesmo em momentos em que precisa apenas de um conforto ou de um confidente. Peça para lhe enviar sinais sobre quais os melhores passos a seguir. Não precisa de caminhar sozinho/a, porque nunca foi suposto fazê-lo sozinho/a. Viemos cá como parte de uma Equipa enorme que existe para nos lembrar de que estamos sempre todos ligados! Não existe separação, nem dentro de nós nem fora de nós. A realidade é a União. União no Amor e através do Amor.

Muita Luz,
Sofia


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Viver uma Espiritualidade Sincera

Neste artigo, quero falar-lhe, caro/a leitor/a, de forma franca sobre o caminho espiritual. Não falarei de todos os aspectos, porque isso resultaria numa tese de doutoramento😜, mas há um aspecto que acho ser essencial.

De há uns anos para cá que se tornou comum equiparar o caminho espiritual ao sucesso material, e não me refiro apenas ao dinheiro, refiro-me ao sucesso no reino material. Este sucesso pode variar de pessoa para pessoa, consoante os seus desejos, mas regra geral tem de incluir os seguintes elementos: riqueza financeira, profissão com uma forte componente espiritual que dá um propósito à nossa vida e saúde física fabulosa e permanente (sem vícios ou desejos de chocolate/batatas fritas/outras malandrices). Depois destes aspectos estarem estabelecidos vêm os aspectos secundários, mas não menos importantes: estabilidade (quase) perfeita da parte emocional/mental, relacionamentos saudáveis e equilibrados, um relacionamento romântico com a alma gémea, saber exactamente qual é o nosso propósito divino, felicidade estonteante todos os dias, entre outros.

Todos estes aspectos que compõem a retórica dos livros/gurus/mestres espirituais da actualidade podem parecer pintar um quadro muito bonito e atraente, mas na realidade colocam uma fasquia tão alta e ilusória que acabam por derrotar o seu propósito original. Nós, consumidores desta retórica, vamos colando em nós conceitos espirituais que contêm em si os objectivos que enumerei acima e convencemo-nos de que é por eles que devemos lutar.
E, quando os dias se transformam em anos e nós, consumidores e seguidores, não vemos esses objectivos concretizados nas nossas vidas começamos a “inventar” justificações para tal: ou não somos talhados para o caminho espiritual, porque não compreendemos/percepcionamos o reino sobrenatural ou então convencemo-nos de que não temos as qualidades emocionais/mentais necessárias para atingir esse tal sucesso soberbo de que nos falaram existir. Achamos que temos demasiados vícios/defeitos de personalidade ou demasiados traumas e é por isto que a fórmula fantástica que nos apresentaram não funciona connosco.

Passemos então à parte franca deste artigo. Caro/a leitor/a, respeito a sua soberania de discernir o que é real e não é, e longe de mim querer impôr-lhe a minha visão, mas da minha experiência, devo dizer-lhe que estes objectivos são uma miragem. É uma miragem, porque falam dos aspectos da vida que normalmente atormentam as pessoas e alimentam a ilusão de que o caminho espiritual lhes trará as soluções (quase milagrosas) para eles. Se executarmos técnica “x”, se seguirmos o método “y”, se aplicarmos um conjunto de regras/condutas estruturadas, então as soluções virão. O problema é que estes objectivos, e subsequentes estratégias para os manifestar, são elaborados a partir de um olhar superficial sobre o Ser humano, a Espiritualidade e a Vida.

As preocupações que nos atormentam são superficiais, não por serem fúteis ou inválidas, mas porque só vêem a superfície da situação e não nos permitem ver mais longe dentro de nós. Criam uma associação entre a nossa infelicidade e as circunstâncias que vivemos. Ligamos a nossa infelicidade àquilo que achamos que falta na nossa vida. Não nos sentimos felizes, porque não temos o corpo que desejamos ou o emprego que queremos, o estilo de vida que precisamos, achamos tóxicas as pessoas à nossa volta, etc. Sentimo-nos presos dentro da nossa vida e a retórica espiritual de que iremos encontrar as soluções para estas agonias torna-se muito atraente, eu diria até “viciante”.

Convido-o a reflectir, caro/a leitor/a, sobre a quantidade de vezes por dia que se atormenta com aquilo que falta na sua vida. Pense agora há quanto tempo é que isto acontece. Talvez as circunstâncias tenham mudado ao longo dos anos e as causas das preocupações sejam ligeiramente diferentes, mas na verdade, resume-se tudo ao mesmo: há sempre uma ansiedade latente e permanente sobre os desafios que surgem na sua vida. Estes desafios tornam-se agonias que o/a atormentam a (quase) todas as horas do dia. Não é de admirar que quando entra (e continua) no caminho espiritual seja guiado por essa miragem e, a cada ano que passa, se sinta cada vez mais desolado/a de ainda não ter conseguido alcançar as metas que estabeleceu para si.

A questão aqui é mais simples do que se possa imaginar: o que é necessário é uma mudança de perspectiva. Em vez de focarmos a Espiritualidade em objectivos superficiais, vamos colocá-la na posição onde ela realmente pertence: um mapa para caminharmos de volta a Nós. É disso que se trata. Porque sejamos francos, caro/a leitor/a, o que é que realmente deseja na sua vida? Mais dinheiro? Segurança? Roupas giras para um corpo fantástico? Sentir um propósito de vida? Saúde física? Emoções equilibradas? Aquela pessoa especial? Por mais estranho que possa parecer, não é nada disto que desejamos, porque quando obtemos alguns destes desejos (e pessoas que o fizeram, podem confirmá-lo), mais tarde ou mais cedo, iremos voltar a sentir aquele vazio e ânsia de partir em busca de outra coisa.

Na verdade, se reflectir profundamente, o que todos buscamos resume-se a uma palavra: Paz. Aquela verdadeira Paz que, em menos de 1 segundo, nos permite relaxar o corpo completamente, calar a mente, e viver plenamente o momento presente, sentindo alegria no nosso coração e o gosto de estar vivo, mesmo que tudo caia à nossa volta. É isso que buscamos, é essa Paz. A Paz que nos permite sentir Esperança e Confiança na Sabedoria da Vida. A Paz de quem sabe que é a Alma, que está ligada ao Todo, que é profundamente amada seja qual for a sua história pessoal. Uma Paz que fala connosco através do Silêncio, lembrando-nos a cada momento de Quem Somos e do Potencial que reside em Nós. Uma Paz que nos permite sentir as presenças de Seres Divinos à nossa volta e a profunda Felicidade que isso traz. A Paz que nos faz dar gargalhadas sem motivo nenhum.

Porém, quando a nossa perspectiva é associar essa Paz a circunstâncias externas, quando a Vida nos corre “bem”, estamos “bem”, quando não corre, já estamos mal, iremos viver uma Espiritualidade utilitária. A Espiritualidade vendida actualmente é comercial e utilitária, porque coloca os seus consumidores a fazer a mesma pergunta uma e outra vez: de que forma é que “isto” me pode ajudar a obter o que desejo? E esta forma de viver a Espiritualidade não só é ilusória, como pode tornar-se prejudicial, porque irá sempre meter à frente da nossa cara tudo aquilo que ainda não concretizámos nesta vida, tudo aquilo que desperdiçámos, tudo o que não está “bem”. E o caminho espiritual torna-se um caminho de espinhos em que nos tornaremos tão sérios, tão sóbrios e tão “focados” que nos esqueceremos da simplicidade de um sorriso, de uma brincadeira ou da leveza de respirar sem contracções. É um caminho espiritual que nos aprisiona, porque afunila a nossa visão para objectivos muito específicos e que nos mantém um olhar superficial sobre a Vida e Nós próprios.

Na verdade, o caminho espiritual apresenta-se como uma forma de nos ensinar a manifestar aqui, na Terra e através de um corpo humano, os preceitos da Alma. E trabalhar continuamente a nossa parte humana para integrar esta energia e ensinamentos da Alma é algo que faremos a vida inteira. Quer aceitemos isso, quer não. Como disse anteriormente, respeito a sua soberania para discernir o que é real e não é, mas posso dizer-lhe, com franqueza, que insistir numa Espiritualidade utilitária irá apenas trazer-lhe mais tristeza e vazio, porque está a esforçar-se demasiado para atingir objectivos que não têm qualquer interesse para a Alma.

E, quanto mais caminhar em direcção à sua Alma, mais Ela lhe irá mostrar aquilo que é realmente importante e, se se entregar a esta busca e a esta viagem, irá verificar que a sua Vida se transforma para o/a colocar no sítio exacto onde é mais preciso/a. E, à medida que larga esses objectivos e se foca no caminho de volta a si, irá ver que tomar decisões acerca da sua saúde e do seu estilo de vida se irão revestir de confiança e de sincronia. Porque a transformação faz-se de dentro para fora e não de fora para dentro, tal como o material é moldado a partir da energia interior. Quando o interior se expande, as possibilidades para o exterior expandem também.

É uma mudança de perspectiva. É mudar o paradigma da pergunta “o que posso obter se fizer isto?” para a afirmação “Alma, mostra-me o caminho”. São abordagens completamente diferentes e o caminho espiritual, se tivermos de o resumir numa só palavra é, na sua essência, muito simples, na verdade é só isto: Entrega. Porque se formos sinceros na nossa abordagem, a declaração “Alma, mostra-me o caminho” requererá sempre o mesmo: Entrega. Onde quer que a Vida nos leve.

Entramos no comboio sem saber para onde ele vai e não saltamos pela janela a cada imprevisto 😉

Muita Luz,
Sofia


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