Os Cristais são meus companheiros e aliados em praticamente todos os trabalhos energéticos e espirituais que faço. Só não os uso abertamente em situações públicas, porque suspeito que espalhar cristais na rua em círculo poderia atrair olhares preocupados🤣
Fora isso, estão sempre presentes, incluindo em meditações e até quando preciso de descontrair depois de um dia difícil. Tenho pena que se tenha complicado tanto o trabalho com os cristais. Criou-se toda uma estrutura de regras e rituais à volta dos usos e efeitos dos cristais e muitas pessoas afastam-se por se sentirem inseguras e confusas. Não há mal nenhum em ser minucioso e estudar o mais possível acerca dos cristais, inclusive usá-los de formas específicas, se é isso que faz sentido para alguém, porém não é requisito essencial para trabalhar com cristais.
Penso que tudo no Universo está ligado por uma Sabedoria Divina que tudo toca.
Esta Sabedoria sente-se em graus diferentes consoante o ‘corpo’ que habita, por exemplo, a energia de um animal é muito diferente da de uma planta, e esta é diferente da de um cristal. Porém, a Sabedoria Divina está lá em todos, e se nos alinharmos, através da intenção, com um Cristal, a ligação estabelece-se e a Inteligência Divina que compõe o cristal conversará com a Sabedoria que reside em nós, sem a nossa mente ter de saber que usos e benefícios tem aquele cristal em particular.😊
Recomendo e incentivo todas as pessoas sensíveis, que fazem meditação ou outras práticas espirituais a deitarem as regras pela janela fora, porque quando as intenções são puras e do coração, tudo se encaixa e funciona em plena harmonia. Os vossos cristais saberão exactamente o que é preciso fazer, porque fazem parte da rede de Sabedoria Divina que liga toda a Terra e o Cosmos.
Não se deixem prender pelas inseguranças, é tão simples quanto colocarem cristais ao vosso lado e/ou nas mãos, onde quiserem, e pedirem ajuda para que a vossa prática espiritual seja bem-sucedida. Quando têm dificuldades numa meditação, peçam para serem ajudados a enraizar e a alinhar com a Alta Vibração do Amor. Para quem trabalha com os Anjos ou, pelo menos, com o Anjo da Guarda, podem pedir-Lhes que sintonizem e utilizem a energia dos cristais para vos ajudar a potenciar os vossos pedidos e para ganharem Paz e Serenidade.
A simplicidade no caminho espiritual é chave para não nos deixarmos enrolar pelas confusões e complicações da mente. Os rituais podem ajudar a aprofundar o estado de presença, mas se dependemos deles para a nossa prática, então ficamos apegados e prisioneiros. Não é essa a intenção da Liberdade na Espiritualidade. Aprender a trabalhar com a energia é algo que se faz dia a dia, e quanto menos complicado for, mais liberdade teremos e a Evolução dá-se de forma mais fluida.
Por isso, tirem os vossos cristais das prateleiras ou gavetas, dêem-lhes um belo banho de Sol ou Lua e tornem-nos os vossos companheiros e aliados no caminho espiritual!😄❤
Muita Luz,
Sofia
Trabalho em conjunto com Seres Divinos, Anjos e a Fonte. A geografia não impede, é tudo feito à distância❤️ :
A maioria de nós vive no passado. Um passado onde a visão daquilo que é importante na vida passava por valores, metas e objectivos que fizeram sentido às nossas jovens Mentes e nos foram incutidos pela sociedade em geral. Quem lê este blogue está, de forma voluntária ou “forçada” (lol!), no caminho espiritual.
A Consciência da Alma é algo que tem sido acordado na Terra nas últimas décadas de uma forma mais frequente e intensa, o que faz com que muitos de nós tenham sido forçados a atravessar um enorme contraste entre os valores/visões em que fomos educados e aquilo que a Alma nos vem trazer: aprendizagens espirituais que pouco (ou nada) têm a ver com aquilo que aprendemos em crianças e jovens. Esta batalha não se trava da noite para o dia. Na verdade, é algo que dura anos. Anos a desconstruir tudo aquilo que foi construído e que não faz parte do nosso caminho aqui. O que pode fazer sentido para a nossa mente humana pode não fazer parte do plano para a nossa vida.
Por exemplo, eu pessoalmente posso achar imensa piada a actividades em grupo e adoraria fazer do meu quotidiano uma eterna festa em que conciliaria a minha natural tendência para o negócio comercial e o interesse do público. Se possível, algo no sector das jóias, da Arte ou do artesanato. A educação que recebi da escola e da maioria dos adultos à minha volta casaria perfeitamente com o natural desejo da minha Mente de ter sucesso financeiro e da capacidade de socializar harmoniosamente com pessoas de diferentes culturas, estratos sociais e experiências, e sei que não teria quaisquer dificuldades em atingir estes objectivos… porém, a minha Alma tem outros planos. E, assim, a energia Divina sabotou todas as tentativas que iniciei ao longo dos anos. E, de cada vez que permiti que a minha Mente me influenciasse neste sentido (muitas vezes, inconscientemente), algo na minha vida corria muito mal e travava todos os meus esforços. Curiosamente, era sempre algo externo, porque a teimosia resiliente que vive dentro de mim nunca me deixava desistir. Podia partir uma perna, mas continuava a caminhar. Era necessário a minha equipa divina gerar um canhão metafórico para lançar ataques fatais aos castelos que eu andava a construir toda contente, caso contrário, nada me travaria. Hoje, olho para trás e rio-me só a imaginar os meus Guias a puxar os seus cabelos alados por me verem desviar-me do caminho da minha Alma, uma e outra vez, e lá iam Eles a correr para tirar os canhões do sótão.
Porque é que falo nisto? Porque compreendo muito bem as pessoas que têm vivido num terrível conflito dentro das suas próprias vidas porque aquilo que lhes é tão natural, ou seja, desejos e visões das suas Mentes para a sua vida, têm sofrido sabotagem atrás de sabotagem, e nada tem a ver com serem incapazes de ser bem-sucedidas… é somente porque a sua Alma tem outros planos.
Vivemos num momento espiritual da Terra muito importante. Tão importante que as metas da Mente, que noutra altura poderiam ter tido oportunidade para se manifestarem, não lhes é permitida essa manifestação. E é isso que torna tudo tão difícil. Nascer humano nesta tridimensionalidade faz com que a experiência de vida aqui seja muito desafiante, porque o cérebro humano é mais rígido do que um mamute congelado num icebergue do Ártico. Primeiro que descongele e permita ser transformado… lá vão 10 anos pela janela!
É por isso que com as pessoas que fazem Tratamentos, Limpezas ou Leituras comigo, insisto na importância de tornar a Espiritualidade o centro da vida. Não é por uma questão do que é “certo” ou “errado”, mas sim porque o centro do sofrimento está na nossa insistência em seguir os desejos da Mente e não procurar o Divino em nós. Porém, não há nada de errado em desviarmo-nos do caminho e voltar a ele. Faz parte da aprendizagem aqui.
Procurar aprofundar a nossa Espiritualidade não significa viver uma vida de renúncia em relação àquilo de que gostamos ou que são os nossos interesses. Na verdade, os Guias das pessoas insistem muito na necessidade de fomentar a Alegria nas nossas Vidas, não levarmos as coisas tão a sério. Recentemente, uma pessoa que faz consultas comigo teve uma mensagem dos Guias que disseram “Relaxa, come um gelado de vez em quando!”, referindo-se à enorme ansiedade que esta pessoa sentia no processo de criar melhores hábitos alimentares para si. Ficamos às vezes tão focados em atingir os nossos objectivos de uma forma “correcta e absoluta” que criamos uma atmosfera de rigidez e ansiedade num processo em que o foco deveria estar no Amor e Compaixão por nós próprios. E, todos fazemos isto, porque, como disse antes, é desafiante viver aqui através de um cérebro que é extremamente sugestionável e vulnerável a vícios, desejos e obsessões.
Por isso, não é criando sentinelas e guardas prisionais dentro de nós para combater e controlar as partes mais rebeldes que criaremos Paz cá dentro. A verdadeira Evolução acontece quando o Foco da nossa Espiritualidade está no desenvolvimento da nossa Consciência. Consciência de nós, dos nossos impulsos e de saber o porquê das nossas decisões. O que é de facto importante não é a acção em si, mas o que a motiva. Por exemplo: se escolho mudar os meus hábitos alimentares, faço-o porque é isso que as pessoas devem fazer (ou o que o meu nutricionista me disse)? Ou tomo essa decisão porque é um acto de Amor por mim próprio e, no processo de tornar a Espiritualidade o meu centro, essa decisão faz sentido? Faz sentido mudar os meus hábitos alimentares para me sentir bem e saudável, tal como faz sentido comer um gelado de vez em quando, porque é algo que me dá prazer e faz parte da experiência dos sentidos aqui. Ambos são actos de Amor próprio, porque ambos contribuem para uma Vida de bem-estar e Liberdade. É tudo uma questão de momentos. Momentos de puro prazer e momentos de nutrição consciente. Momentos de libertação e momentos de foco. Expiração e Inspiração.
Porque viver apenas de prazeres descontrolados ou viver apenas de regras rígidas ascetistas são dois extremos do mesmo problema. Nenhum deles nos dará a resposta que procuramos. E viver a Espiritualidade aqui, no fundo, é também a aprendizagem do Caminho do Meio, ou seja, procurar o equilíbrio e nesse processo não nos deixarmos desmotivar quando caímos num extremo ou noutro.
A vida aqui torna-se difícil, porque as nossas Almas cá dentro têm sido grandes motivadoras para a nossa Evolução e esse progresso não pode ser feito sem transformar o nosso Ego. Tirar o Ego, os seus desejos e metas, do volante do carro é a grande batalha em que muitos de nós se encontram neste momento.
Assim, olhar para a nossa Vida achando que as sabotagens são apenas derivadas de incapacidades nossas é uma forma muito redutora de olhar para a realidade. A verdade é que quando algo não está alinhado com a nossa Alma, a energia Divina virá destruí-la mais tarde ou mais cedo. Não é por nossa “culpa” ou “incapacidade”, é porque a Terra está num momento crucial de evolução, onde há muita destruição e tumulto, e há muito em jogo. Nós que estamos vivos nesta altura viemos para cá com grandes potenciais. Enquanto humanos condicionados pela nossa educação e vivências, podemos ter as nossas opiniões mentais muito bem formadas e podemos estar muito convencidos da nossa sapiência, mas insistirmos em manter estas crenças inalteradas só nos trará mais sofrimento, pois o que é suposto agarrar o volante é a nossa Alma e ela carrega a Sabedoria do Divino… quer isso esteja alinhado com as nossas vontades pessoais, quer não 😉
Cada um está no momento certo da sua Vida para aprender sobre o Amor, por si e pelos outros. A Aprendizagem de que Somos Todos Um, de que o Amor é o Caminho, é o verdadeiro Evereste que cada Ser Humano tem de escalar. Não é uma tarefa fácil para nenhum de nós, mas a nossa Alma sabe do que somos capazes e nunca desistirá de nos empurrar nessa direcção! Não são actos de sabotagem gratuitos, servem sim para lançar Luz sobre as nossas Vidas e expandir o Olhar da nossa Consciência. É para trazer esta Luz que nascemos quando nascemos e estamos vivos aqui e agora. Vamos aceitar esta realidade ou vamos combatê-la? É esse o Poder do livre-arbítrio de cada um 😉
Muita Luz,
Sofia
Trabalho em conjunto com Seres Divinos, Anjos e a Fonte. A geografia não impede, é tudo feito à distância❤️ :
Uma das maiores dificuldades que sentimos enquanto Seres Humanos é perceber o que devemos fazer em cada momento. Vivemos em permanente ansiedade de decidirmos mal ou cometermos erros ou ainda que os outros nos vejam como incapazes, burros ou incompetentes.
Não queremos voltar a passar pela experiência que passámos em criança, por vezes frequentemente, em que os adultos nos faziam sentir inferiores, porque não tínhamos capacidade de compreender algo que para eles parecia muito lógico. É preciso começar a perceber as feridas da criança que carregamos dentro de nós e também salpicar uns pózinhos mágicos de Sabedoria que a nossa Experiência de Vida nos trouxe.
Sentirmos Paz cá dentro vem da aceitação e compreensão do que é a condição humana, aceitarmos isso em nós e também nos outros. Passar por experiências e consequências faz parte da condição humana. Isto liberta-nos do stress de “termos que” tomar a decisão “certa”. Ao invés de pensarmos no que é certo ou errado, começamos a focar-nos em perceber uma situação no seu Todo. Por exemplo, em vez de andarmos obcecados com querermos saber se devemos ir para a esquerda ou para a direita, começar a sentir e aceitar que se aquela experiência existe para nós neste momento então é porque existe um potencial de aprendizagem. O potencial de aprendizagem não é tomar a escolha “certa”. O potencial é aprendermos a conhecermos Quem Somos realmente naquele momento, é o potencial da Expansão da Consciência. Em vez de ficarmos obcecados com se devemos ir para a esquerda ou a direita, respiramos fundo e permitimo-nos sentir o que é que a esquerda ou a direita significam para nós.
Em todos os momentos, estamos a tomar decisões, mesmo quando decidimos não fazer nada essa é também uma decisão. A maioria das pessoas age por impulsividade e vive depois amedrontada por não querer voltar a agir segundo a impulsividade. Em vez de vivermos com medo de nós próprios, seria mais útil “estudar” essa impulsividade dentro de nós. De que forma a sentimos? Com que força vem, em que momento começamos a senti-la e porque é que nos parece mais confortável agir “de repente” em vez de respirar fundo e ponderar mais um pouco? Não suportamos, nem por um momento, sentirmos que não sabemos a resposta imediatamente? Muitas vezes, agimos por impulso porque isso é mais fácil para nós (pelo menos, num primeiro instante). Depois, vem o drama criado pela decisão tomada e que geralmente dura e dura e dura, e a mente remói, remói e remói…
Aprendermos a conhecer-nos melhor em vez de andarmos sempre a fugir daquilo que vive em nós, esse é o caminho espiritual. Através desta auto-reflexão em que se trava também a impulsividade da fuga, começamos a contactar mais directamente com a nossa intuição. Essa intuição que só vem de um sítio de silêncio e quietude. Se nos perguntamos “será isto intuição?”, então, não temos consciência (ainda!) do que são impulsos da mente e o que são intuições da Alma. Significa que devemos continuar a fazer trabalho interior, esse trabalho de auto-aprendizagem, essa observação das sensações internas. Porquê? Porque é esse lado Observador, ou seja Aquele que observa as sensações internas sem agir ou julgar, esse Observador é o que se denomina de Presença, é a Presença da nossa Alma. Através desses momentos de quietude e mera observação, essa Presença de Luz começa a transmutar a natureza energética (vibracional) da sensação que estamos a observar… sem que tenhamos de fazer mais nada. Não é mágico?
Ir no Fluxo para ganhar Paz não é mais do que aprender a viver no Presente, em nós, porque dessa forma estamos sempre em constante transmutação e quando a Intuição surge, ela vem de um sítio de quietude que nós próprios iremos identificar e discernir como é diferente dos meros impulsos da Mente.
As sensações que vivem em nós possuem diferentes vibrações consoante também as suas origens, o nosso trabalho enquanto Seres Humanos em constante evolução não é ficarmos obcecados com se uma decisão é certa ou errada e a arrancar os cabelos quando nos sentimos inseguros; o nosso trabalho é observar a situação presente e ganhar experiência nessa observação, através da auto-reflexão e da descoberta das sensações e as suas origens. Isto é o que fazemos quando estamos em meditação, onde baixamos o ruído da mente para conseguirmos abrir mais espaço interno em nós. E, quando estamos perante decisões, essa abordagem de quietude, aceitação e descoberta é a que gerará os melhores frutos. Não é preciso estar sentado a meditar para praticar a Presença no Presente. Podemos fazê-lo em qualquer momento e em qualquer contexto (muito útil também para travar impulsos de reactividade e agressividade).
Quando ganhamos experiência nestas observações e transmutamos a energia em nós, uma e outra vez, começamos a sentir (a percepcionar) melhor o Fluxo da Vida. Se sentimos que devemos ficar quietos, já não entramos em ansiedade porque temos ainda uma série de tarefas a cumprir e, quando sentimos que devemos agir, mesmo com rapidez, não ficaremos nervosos a pensar se seremos capazes ou não. Ir no Fluxo é, no fundo, consequência do trabalho interno de observação e contínua Evolução.
Desta forma, ganhamos e mantemos a tão desejada Paz, mesmo nos momentos mais difíceis e confusos para a Mente. Deixamos de fazer parte da tripulação para passarmos a ser o capitão do nosso próprio navio!
Muita Luz,
Sofia
No meu site, encontra ferramentas que ajudam à Libertação e Evolução (a geografia não impede, é tudo feito à distância):
É um título curioso para um artigo espiritual, não lhe parece? Pois, corre o sério “risco” de se tornar o meu novo mote e, quem sabe, talvez também o seu, caro/a leitor/a!😉 Hoje, na praia, assisti a uma situação muito engraçada e que acabou por se transformar numa lição espiritual por causa das mensagens que recebi nesse momento.
Uma família, como tantas outras, estava na praia com duas crianças, uma maiorzinha e outra que devia ter os seus 3 anitos de idade. A dada altura, o menino de três anos correu a toda a velocidade para a areia molhada com uma pá na mão. Retirou um bocado de areia com a pá e começou a fazer o trajecto de volta para a toalha, que ficava ainda a uma distância considerável. Primeiramente, começou a correr com muito vigor e pressa, mas depois percebeu que a areia começava a cair da pá, então ajustou o passo e, à medida que avançava naquele bambolear característico dos 3 anos, olhava atentamente para a areia na pá coordenando os movimentos para que a areia não caísse. Levou ainda bastante tempo até conseguir chegar à toalha, onde, todo satisfeito, depositou a areia dentro do balde que ali tinha. Depois, voltou a correr para a areia molhada com a pá na mão. Achei aquela cena uma delícia, porque era observável todas as aprendizagens que o menino estava a fazer acerca das leis da Natureza que o forçavam a fazer ajustes e aprender a coordenar o corpo e o foco.
Nestas deambulações, a Energia entrou pela minha mente e, por um breve instante, senti como os Anjos, os nossos Guias, tantas vezes nos observam nestes movimentos em que tomamos o caminho mais longo, árduo e complicado, em vez de pararmos, meditarmos e, finalmente, percebermos que… afinal, bastava pegar no balde, levá-lo até à areia molhada e, aí, usar a pá para o encher. Depois, poderíamos levar o balde já cheio para onde quiséssemos.
Esse instante em que a Energia me mostrou como o Ser humano funciona muitas vezes fez-me reflectir sobre todas as acções que já tomei em projectos que, inicialmente me pareciam inspirados divinamente e que, ao longo do caminho, se tornavam tão complicados e, muitas vezes, interferiam com o meu bem-estar. Claro que o menino de 3 anos está a fazer exactamente aquilo que é suposto e próprio da sua idade, é por isso que é tão delicioso observar as crianças na sua inocência. Porém, quando crescemos e continuamos a alimentar este padrão, ou seja, vivemos com pouca Consciência do que nos move ou da intenção por detrás das nossas acções, acabamos por complicar muito as nossas vidas.
Os Anjos não tecem qualquer julgamento, apenas nos querem orientar para caminhos que nos podem trazer mais facilidade e tranquilidade. Nós temos livre-arbítrio, por isso podemos complicar ou simplificar a nossa vida o quanto quisermos, sem sermos julgados pelo Divino por causa disso. A questão é que criamos muito sofrimento para nós. Em vez de pegarmos no balde, passamos muito tempo, investimos muito esforço e energia a ir buscar a areia molhada e trazê-la, sem a deixarmos cair, para o seu sítio devido. É por isso que insistem tanto connosco sobre a importância de pararmos, de criarmos espaço no nosso dia-a-dia para o silêncio.
Repare, caro/a leitor/a, a culpa não é sua. Não é você que escolhe deliberadamente complicar a sua vida, mas enquanto não se focar em expandir a sua Consciência, continuará a fazê-lo sem ter noção do esforço e do tremendo cansaço que está a criar para si próprio. No artigo anterior (A Vida mostra-nos, mas Ver depende de nós), falei sobre como tantas vezes escolhemos focar-nos noutras coisas, mesmo quando os Anjos/a nossa Alma/Deus/Fonte nos enviam mensagens muito directas sobre os próximos passos a dar. Porque é que fazemos isto? Porque vivemos tão mergulhados nos problemas, focamo-nos tanto naquilo que nos preocupa mais, que perdemos o Olhar abrangente que nos permitiria deixar de olhar tão fixamente para a pá e perceber que podemos ir buscar o balde.
É uma metáfora, claro, mas é muito relevante para nós, adultos. Ao ficarmos tão obcecados, com visão de túnel, convencidíssimos de que sabemos quais as soluções exactas para os nossos problemas, mantemo-nos no terreno da Mente e não permitimos que a Energia Divina nos guie. O que é irónico é que nós pedimos tanto que nos ajudem a simplificar a nossa Vida, porque nos sentimos assosserbados, e depois quando vemos sinais que nos indicam para implementar acções simples no nosso dia-a-dia, descartamos por achar que são simples demais e que não nos trarão as tais soluções de que precisamos.
Falo muito sobre a aceitação do Presente, porque esse é sempre, a meu ver, o primeiro passo. Por muito que nos pareça injusto ou impossível, o que nos começa a trazer alguma Paz é aceitar (e começar a acreditar) de que estamos exactamente onde é suposto estarmos. E eu sei, porque já passei situações muito difíceis, como é quase insuportável começar a fazer esta aceitação do Presente, até parece que estamos a tentar engolir pedregulhos de tão custoso que é. 🤨
É preciso nesses momentos alimentar um Olhar mais expandido sobre a nossa Vida, o nosso Presente. A Vida é dinâmica, o que é verdade hoje, não o será amanhã. Porém, se continuarmos a alimentar os mesmos padrões que nos trouxeram até aqui, as circunstâncias podem mudar, mas os desafios manter-se-ão e, mais tarde ou mais cedo, voltaremos a passar pelos mesmos sofrimentos que nos acossavam há anos atrás. Assim, ficar muito zangado/a, irritado/a, triste, com o Presente actual só nos mantém o Olhar na tal pá metafórica e, subitamente, o caminho irá parecer-nos demasiado longo, árduo e esforçoso, de tal forma, que nem nos apetecerá começar.
Os Anjos, a nossa Equipa Divina, estão aqui para nos ajudar a trilhar o caminho, mas também a guiar-nos para rotas que nos podem ser mais fáceis e simples. O trabalho que temos é primeiro aceitar o ponto onde estamos, porque só assim poderemos largar a bagagem da contrariedade que tanto nos pesa, respirar fundo, pedir ajuda e ficar depois atento/a aos pequenos e simples passos sugeridos por Eles. E, cada pessoa recebe as mensagens de formas diferentes e sempre ajustadas à sua personalidade/estado emocional actual, por isso de cada vez que ficar muito confuso/a sobre se uma mensagem é divina ou não, tente observá-la e faça as seguintes perguntas: é uma ideia de execução simples? É uma sugestão de acção que posso tomar já hoje ou, o mais tardar, amanhã? Esta acção sugerida visa o meu bem-estar, promove o meu silêncio interno, ou só irá contribuir para a minha ansiedade e sensação de pressão?
E, quando fazemos estas observações, até podemos chegar à conclusão de que afinal a ideia original era muito simples, só que a Mente interviu e levantou inúmeras questões “extra” que de repente nos parecem muito importantes. Por exemplo, vamos imaginar que temos uma ideia inspirada divinamente de começarmos a caminhar todos os dias. É uma ideia simples: simplesmente sair e caminhar. Porém, quando a Mente intervém, começa a criar outros problemas:
“E quanto tempo devo caminhar? Dizem que 10.000 passos por dia é o que se devia fazer… mas, isso, em média, demora cerca de 1h30m, como é que vou arranjar tempo para caminhar 1h30m? Mas também menos do que isso, nem vale a pena sair. Lá estou eu a criar desculpas, eu devia era andar os 10.000 passos e deixar-me de preguiças, tenho de conseguir arranjar tempo no meu dia, dê lá por onde der. Mas, esta semana já vai ser difícil, já me comprometi a várias coisas, as pessoas contam comigo e quando estiver despachado/a, já é muito tarde, está escuro lá fora, é perigoso e acabo por me deitar demasiado tarde. Então, talvez pense esta semana sobre a melhor estratégia e para a semana que vem já terei equipamento melhor, se calhar uma roupa/calçado mais adequado, organizarei melhor a minha vida, e blá blá…”
Até fiquei cansada só de escrever este pequeno excerto, mas é para demonstrar como complicamos coisas simples. Quem disse que era suposto caminhar 10.000 passos por dia? Quem dá importância ao equipamento “certo”? Nós! Pegámos em informações ditas por outros e colámos a nós como metas a atingir. Não existe qualquer meta, na verdade. Quando sentimos cá dentro que é suposto fazer caminhadas todos os dias ou que é suposto comer um pouco mais de fruta, temos de ficar atentos para observar se a Mente não começa a intervir colocando entraves. E, se colocar, podemos escolher não ouvir! E, se realmente tivermos muitas dúvidas sobre se serão entraves ou indicações importantes a considerar, então podemos olhar para cada uma delas e perguntar se realmente está a simplificar a nossa vida ou se está a complicar uma acção que deveria ser simples!
A não ser em casos muito extremos, os Anjos geralmente fazem sugestões que primam pela sua simplicidade e facilidade de implementação. Se sente que deve começar a comer mais bananas, não comece a planear como poderá fazer e comer uma gigante salada de frutas todos os dias, coma uma ou duas bananas, só! 🤣Tal como caminhar 10 min ou 5 min todos os dias tem um valor infinitamente maior do que baralhar a sua vida toda para poder andar 1h30m e só conseguir fazê-lo duas vezes por mês…
Os Anjos sabem como nos sentimos pressionados e cansados, por isso as sugestões de mudança serão sempre simples e promotoras de maior tranquilidade, silêncio e conexão com o Divino, onde nos sentimos aconchegados, inspirados e com mais vitalidade. Eles ajudam-nos a lembrar que o Poder reside em nós e, se mudarmos um pouco a perspectiva, iremos Ver que podemos ir buscar o balde e, sem pressa nem esforço, enchê-lo com areia antes de nos movermos novamente para o próximo passo. 😉
Muita Luz,
Sofia
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Decisões pequenas, decisões grandes, achamos que umas são mais importantes que outras, mas serão realmente?
A cada momento, estamos a tomar decisões, mesmo quando decidimos não agir, essa é uma decisão também. Todos os pequenos momentos do dia em que escolhemos proferir determinadas palavras ou ter uma certa atitude vão levar-nos aos momentos das tais grandes decisões. As decisões que necessitam de muita reflexão, incluem muitos Medos e muita confusão sobre o caminho a tomar. Achamos que essas são as decisões que determinam o rumo da nossa Vida, quando na verdade são as mais pequenas que são as mais relevantes.
Aqueles momentos em que, em vez de escolhermos o Amor, escolhemos descarregar as nossas frustrações. As decisões que tomamos ao dizer palavras que sabemos que irão ferir aqueles que, noutros dias, dissemos amar e apoiar. A constante desarmonia de um dia estarmos luminosos e com o coração aberto e, no dia seguinte, sermos um Árctico que tudo congela e esmaga. Acharmos que se continuarmos a fazer as mesmas coisas que sempre fizemos, um dia a nossa Vida será diferente…
Tudo começa dentro e tudo começa com as mais pequenas coisas. Uma sensação que gera um pensamento, que depois alimentamos e que gera todo um estado de espírito e, sem sabermos como, já estamos dominados pelo nosso lado Sombra. É debaixo de grande pressão que os diamantes surgem e é assim connosco também, porque só quando estamos perante a intensidade das nossas emoções mais baixas é que poderemos ter mais Consciência da escolha.
Escolhemos entre o Medo, a necessidade de descarregar, a fúria, a raiva, a necessidade de ter razão e validação ou escolhemos ir mais fundo e compreender que essas emoções e esses estados de espírito só nos levarão ao mesmo sítio donde temos feito tanto esforço para sair? Quando estamos no caminho espiritual, ou seja, quando temos Consciência de que somos mais do que este corpo, esta mente e estas emoções, é natural que o Medo surja com toda a sua força quando começamos a integrar mais Luz nas nossas Vidas. É como um holofote que nos mostra onde estão os locais desarrumados e sujos, que antes não víamos com tanta clareza. E é difícil. Mas, é também uma oportunidade de escolhermos de forma diferente daquela que permitiu a acumulação dessa desarrumação e sujidade.
É preciso ter conversas profundas connosco mesmos, largar aquela vontade de que todos vejam como temos razão, a necessidade de justiça, porque, na verdade, trata-se apenas da necessidade de validação externa. Doutro modo, porque quereríamos que os outros reconhecessem que temos razão? As opiniões deles são assim tão importantes? Neste caso, estamos à procura de validação externa e não de justiça verdadeira, porque a justiça vem de sabermos que damos o nosso melhor, somos honestos, temos integridade, e não precisamos que ninguém nos diga que nos vê dessa forma. Só importa realmente a opinião que temos acerca de nós próprios e se essa opinião não é das melhores, então é altura de trabalharmos para mudar essa opinião e não a opinião dos outros, que realmente não controlamos.
Só temos influência sobre nós e poderemos eventualmente ter sobre os outros quando agimos a partir de uma Energia mais elevada, porque é essa Energia que, invisível, irá tocar as pessoas à nossa volta. Porém, se agirmos a partir da mente, essa é a energia que será gerada, por muito eloquentes/verdadeiros/sinceros que achemos estar a ser. Quando a opinião que os outros têm sobre nós nos deixa devastados, então é porque nós próprios temos pouca Consciência de Quem Somos.
Se todos somos a Alma a viver uma experiência humana, algumas pessoas têm mais ou menos Consciência disso e quanto menos têm, mais impulsivas se tornam, porque estão mais dominadas pela parte humana, com todos os seus instintos primários. Se realmente temos interiorizada a Consciência da Alma, então quando alguém expressa uma opinião de nós que é negativa ou que achamos não estar correcta, iremos sentir Compaixão, porque essa pessoa não só não consegue ver quem nós realmente somos, como escolhe ter uma acção tóxica contra nós. Essa pessoa está num local muito escuro da sua viagem. E… é esta pessoa que precisamos desesperadamente que nos dê razão e nos veja como realmente somos?🤔
Caro/a leitor/a, eu sei que irá fazer como achar certo, mas essa necessidade que sente de que o/a validem e que as opiniões dos outros sejam positivas em relação a si só irá trazer-lhe dissabores e tristeza, e ainda por cima não estará a dar atenção à opinião que realmente importa: a SUA. O que é que acha sobre si, sobre a sua conduta, sobre a pessoa que é? E, se vê que essa opinião não é das melhores… então, quem é que realmente está a querer convencer quando precisa que os outros lhe dêem razão? Está a querer convencer os outros da sua integridade/bondade/altruísmo… ou é a si próprio que está a tentar convencer?
Largar o controlo é o mais difícil, mas é também o que nos liberta. Compreender e aceitar que o controlo dos outros não está nas nossas mãos. E, melhor do que isso, as opiniões dos outros não têm nada a ver connosco. São formadas a partir das suas próprias Inconsciências, dos seus Medos, filtros e experiências e pouco têm a ver com a Verdade de Quem nós Somos. Por isso, largar o controlo é aceitar que os outros irão ter as suas opiniões, quer fiquemos sentados quer façamos o pino. 😂
Nós, em contrapartida, quando decidimos largar esse controlo, podemos começar finalmente a dar atenção e foco à nossa própria Vida interna, a construir o nosso jardim, a embelezar o nosso interior. A tomar decisões e acções que mudem o rumo actual em que nos encontramos. É um processo gradual, onde todos os dias temos de nos lembrar de largar esse controlo e, à medida que o tempo vai passando, o nosso Foco muda e, de repente, o que os outros acham ou dizem, deixa de ter importância.
Mas, é preciso ter coragem para: largar o controlo, pedir ajuda à nossa Equipa Divina, e trabalhar para mudar a opinião negativa que temos acerca de nós ou de aspectos de nós. Somos profundamente amados por aqueles que não têm lado Sombra e que têm plena Consciência Divina: os Anjos, os Seres Divinos, a nossa Alma, Deus/Fonte. E, se nos abrirmos ao Amor Divino dentro de nós, e de nós para nós, essa Energia trará para as nossas Vidas outros Seres Humanos que estão no caminho da Consciência e que trabalham para compreender e agir segundo a linguagem do Amor.
A escolha reside em nós, sempre. ❤️
Muita Luz, Sofia
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