Quando a mente rodopia e lá vamos nós!

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Com uma Lua Nova no Sábado e uma energia particularmente depurativa esta semana, somos chamados para largar tudo aquilo que já não está em sintonia connosco. Especificamente esta semana podemos sentir-nos sobrecarregados, em stress, com estímulos variados, como se houvesse muito para fazer, muitos caminhos a seguir, mas há algo dentro de nós que nos impede de avançar. E, nesse impasse, podemos sentir muita frustração e perguntamos a nós próprios se não estaremos a adiar aquilo que é suposto fazer, podemos dizer “lá estou eu outra vez com a preguiça/com as minhas dúvidas/com a minha insegurança, etc etc…”, quando na verdade é suposto estar nesta espécie de confusão de energias. A nossa mente não consegue discernir um caminho claro quando existem tantos estímulos à volta e, por isso, lança-nos num certo rodopio em que nos julgamos a nós próprios como se fosse algo criado por nós e sob o nosso controlo. Há períodos energéticos a nível global que nós não conseguimos controlar directamente e que nos afectam muito. Podemos, claro, controlar a nossa abordagem e o que fazer perante esta situação, mas quando perdemos a perspectiva de que esta confusão pertence a um colectivo em tumulto e não advém apenas do nosso interior, corremos o risco de sermos demasiado críticos para connosco.

A mensagem esta semana é: aquieta a tua mente, age menos e recebe mais. É que as energias estão demasiado oscilantes para conseguirmos ter uma ideia clara do caminho a seguir, mas é uma grande oportunidade para entrarmos em contacto com as nossas emoções mais difíceis e realmente pedir para as depurar. Mas, pedir é parte da solução, pois temos de nos permitir sentir o que estamos a atravessar. Sem julgamentos, sem pensamentos de “lá estou eu outra vez”, sem pressa… É neste sentir das emoções presentes que é possível aos nossos guias e Seres de Amor Incondicional aceder às partes de nós que estiveram até agora ocultas ou parcialmente afastadas da nossa Consciência. Quando estamos em comunhão com a nossa ansiedade, frustração e insegurança e pedimos em Consciência “ajudem-me”, o Presente encerra o potencial de depurar aquilo que não está já em sintonia com as nossas resoluções internas, com o propósito da nossa Alma.

Muitas vezes, uma ansiedade intensa é sinal de que estamos a fugir de nós próprios e com esta energia que nos pede para estarmos presentes em nós, podemos mesmo sentir que estamos cheios de pressa sem saber bem para onde estamos a ir. O melhor mesmo em situações destas é sentarmo-nos em silêncio, colocar uma música suave, invocar a nossa Alma e os Seres de Amor Incondicional, concentrarmo-nos nas nossas emoções e quando as sentirmos bem presentes, pedirmos para ser removido e purificado tudo aquilo de que já não precisamos. Podemos pedir também que sejam curadas as partes de nós que ficaram ainda connosco, mas que beneficiarão de uma sintonização com a energia de vibração elevada. O Arcanjo Jeremiel e o Arcanjo Haniel estão particularmente envolvidos esta semana com este trabalho, por isso inclua-os também na sua “lista de invocações” 😉

Muita Luz para todos e Serenidade,

Sofia

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Temos direito a sentir

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A Energia é como a água. Fonte de vida, com potencial infinito de nos beneficiar, porém também vulnerável a contaminações. Estas contaminações afectam todas as partes de nós, a emocional, a mental, a energética. Temos tendência para querer encontrar o motivo específico para justificar o nosso mal-estar, quando por vezes, os motivos são vários, as origens profundas e os seus efeitos mais extensos do que imaginamos. A nossa mente contenta-se com explicações simples, com causa e efeito concretos, fáceis de compreender. É importante para a nossa mente poder dar uma explicação específica a algo, para podermos arrumar também o nosso mal-estar numa categoria. Contudo, esta nossa compulsão interna de querer arrumar as nossas sensações em prateleiras bem etiquetadas impede-nos de chegar à verdade, prende-nos num ciclo de padrões que se repetem ao longo do tempo, intensificando-se porque insistimos em atribuir o que sentimos a causas externas ou a características da nossa personalidade.

“Estou de mau-humor, porque o gato me acordou a meio da noite. Não tenho paz, porque o meu patrão me faz a vida negra. Estou ansioso, porque é assim que eu sou. Estou frustrado, não gosto deste trabalho, mas já tenho esta idade, perdi o “comboio da oportunidade”.”
E quando temos sensações de mal-estar para as quais não temos explicação imediata, a mente viaja incansavelmente até encontrar uma causa que, mesmo não sendo totalmente razoável, serve para arrumarmos o assunto. Se tivermos de usar uma analogia, é como se se encontrasse num quarto escuro, em que não vê um palmo à frente do nariz, e tacteia à sua volta até encontrar um objecto que se aproxime de uma explicação plausível para o seu mal-estar. Contudo, se alguém ligasse o interruptor desse quarto e você se visse no meio de uma divisão desarrumada, cheia de pó, com pilhas e pilhas de objectos inúteis até ao tecto, com tanta quinquilharia que nem sequer conseguiria dar um passo que fosse sem chocar contra alguma coisa, talvez pusesse a possibilidade de que o seu mal-estar não se devesse apenas a “uma” coisa que aconteceu naquele dia particular ou em semanas anteriores. Talvez o mal-estar se devesse a estar num local interno desconfortável, desarrumado e agreste. Num ambiente interno dissonante, mesmo que mude uma coisa ou outra do lugar, continuará a não estar equilibrado. A Energia está lá, mas está contaminada e, por se encontrar no seu centro, também o seu Ser é contaminado.

Não quero com isto lançá-lo numa espiral frenética, onde põe em causa tudo na sua vida, e fica ainda mais ansioso com a sua situação actual. Paradoxalmente, quero com isto dizer-lhe para relaxar. Sim, pode parecer estranho depois da descrição acima, mas na verdade, o que é importante neste momento é parar. Parar de procurar justificações para a forma como se sente. Parar de se ver a si próprio como um armário de arrumações, onde tudo tem de estar perfeitamente explicado e etiquetado. Porque quando procuramos justificações para a forma como nos sentimos, não estamos à procura dos verdadeiros motivos, estamos sim à procura de uma explicação rápida. Algo que nos diga que temos permissão para nos sentirmos mal. Se encontrarmos uma razão para o nosso estado de espírito, então, perante nós próprios e também os outros podemos respirar de alívio, pois temos uma explicação para a forma como nos sentimos. Não é que sejamos fracos, vítimas ou com pouca força de vontade, é porque o dia nasceu cinzento, os nossos colegas nos aborreceram, o autocarro veio atrasado, temos uma doença… Esta última afirmação está na base desta nossa compulsão interna de procurar a causa mais rápida possível para as nossas sensações. No fundo, esta procura tem como força motriz o medo. O medo de acharmos/acharem que somos fracos, cobardes, medrosos, queixinhas. Não damos a nós próprios permissão para nos sentirmos como nos estamos a sentir. Achamos que há pessoas que estão piores do que nós, por isso não temos o direito de deixar correr aquelas lágrimas, de partir aqueles pratos, de nos enrolarmos debaixo dos lençóis. E esta forma de viver acorrentada é deveras insuportável.

Enquanto andamos este tempo todo a arrumar todas as nossas causas bem arrumadinhas nas várias prateleiras, bem etiquetadas e organizadas, o verdadeiro tornado vai-se desenvolvendo no nosso interior, ganhando cada vez mais força, sem nos apercebermos.

Se for uma pessoa naturalmente alegre e que, de vez em quando, se aborrece porque algo aconteceu, mas rapidamente volta ao seu estado alegre natural, dou-lhe os meus parabéns. Mas, se por outro lado, se aperceber que o seu estado natural se tornou maioritariamente soturno, apreensivo do futuro, ansioso ou agressivo, com pontuais pintalgadas de momentos de semi-contentamento, então sugiro-lhe que pare de tentar encontrar justificações externas e admita para si próprio que não é feliz. Este admitir não é uma atitude de fraqueza, é uma atitude de força, porque é uma atitude honesta. É um accionar do interruptor e olhar para a divisão onde se encontra, em toda a sua fealdade… mas também em todo o seu potencial.

Soluções diferentes funcionam para pessoas diferentes, mas o primeiro passo na recuperação da nossa saúde interna é admitir o ponto em que nos encontramos. O segundo passo é não nos recriminarmos pelo ponto onde nos encontramos. O terceiro passo é aceitar em pleno esse ponto e acreditar que temos a força para evoluir.

Energia é como a água. Se bebessse água castanha contaminada, não levaria muito tempo até ir parar ao hospital. Acontece o mesmo com a energia. Se continuamos a respirar a energia contaminada da nossa divisão interna agreste, mais tarde ou mais cedo, sentiremos as consequências. Não quero dizer-lhe o que deve fazer, mas seria hipócrita da minha parte falar em espiritualidade e energia sem referir aquilo em que acredito. E acredito que não estamos sozinhos. Acredito e porque passo por isso todos os dias, que a energia que nos circunda não parte apenas de nós, fazemos parte de uma energia colectiva, esta energia influencia-nos directamente e é por isso que considero tão importante pedirmos ajuda a Seres que nos podem ajudar nesse sentido. Para alguns de vós pode parecer “bruxaria” ou “treta”, mas para mim é tão simples e normal como andar ou ir às compras. Existe quer acreditemos ou não.

E, se neste momento, se sentir perdido e sem saber que direcção tomar, sugiro que não chame nenhum Ser pelo nome, pois a nossa energia interna dissonante poderá criar alguma confusão. Seja o mais vago possível, sendo ao mesmo tempo específico nos valores que lhe são mais importantes. Uma das invocações que gosto mais é “Seres de Amor Incondicional Cósmicos e da Terra, que ajudam a Humanidade a evoluir positivamente, combatendo toda a negatividade, em pleno respeito pelo livre-arbítrio e soberania da Humanidade”. Esta “soberania” não tem a ver com sermos a raça superior da Terra, tem a ver com a nossa soberania interna, refere-se ao nosso poder pessoal, onde temos o direito de dizer “não” e “sim” sem nos passarem por cima.

Cada um está a passar por momentos pessoais únicos e cada um, independentemente das suas circunstâncias, tem o direito às suas emoções, pensamentos e sensações. E, cada um tem o potencial de ultrapassar os seus desafios internos, por muito difíceis que possam parecer. Não desista!

Seja livre, escolha em Consciência ❤

Muita Luz,

Sofia M.

Faço leituras de cartas individuais: https://sofiamotamarques.wordpress.com/leituras-de-cartas/

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Para se ser livre, é preciso coragem

A verdadeira liberdade é aquela que é vivida sem rede de segurança, sem previsões da mente e sem encaixes. É duro ser livre, é difícil exercer liberdade todos os dias. Parece um paradoxo, porque todos nós buscamos liberdade, de forma consciente rejeitamos ser aprisionados e queremos ser livres. Mas, na verdade, para se ser livre, é preciso coragem, determinação e libertação da opinião externa. É preciso ser Uno connosco, aceitar a imprevisibilidade da Vida e navegar a incerteza. É difícil ser livre, porque exige viver sem ilusões. E é duro, porque quando nascemos sofremos o longo e gradual processo de aprisionamento. É necessário que assim seja para se criar pessoas perfeitamente encaixadas na sociedade em que nascem, é preciso reprimir o desejo de mudança e formatar para aceitar o status quo, é crucial criar uma mentalidade de sacrifício para nos convencer que o sofrimento faz parte da nossa busca de sucesso, porque o sucesso é a nossa grande e final meta.

E é complicado largar estes conceitos e começar a questionar. Porque se questionamos aquilo que aprendemos e que hoje aplicamos no nosso presente, então começamos a questionar a nossa identidade. Tudo aquilo com que nos identificamos, os nossos hábitos, os nossos gostos, os nossos desejos, os nossos comportamentos, os nossos bens, subitamente tudo fica à mercê do nosso questionamento. E custa e é duro olhar para aquilo em que nos tornámos, porque ainda vivemos agarrados ao filtro da culpa e da recriminação. Olhamos para os nossos “defeitos” e a viagem para nos “livrarmos” deles parece-nos tão longa e árdua. Talvez seja melhor aceitar a ilusão e, apesar de ser uma prisão, pode ser uma prisão confortável, bem decorada e familiar. Com certeza que será um caminho mais fácil.

É aqui que entra a sua decisão, é aqui que pode exercer o seu livre-arbítrio. Escolher entre o caminho da liberdade e o caminho do aprisionamento. E, ninguém o recriminará pela decisão que tomar, eu não o farei, porque sei como é difícil. Mas, talvez me permita dizer também que não é tão difícil como está a imaginar, e não é tão árdua como a sua mente o quer fazer acreditar. Ambos os caminhos apresentam os seus desafios, mas enquanto um conduz à expansão, o outro conduz à contracção. Um à Consciência e libertação, o outro ao familiar e à estagnação. Um a Verdade, o outro a Ilusão.

É preciso coragem da nossa parte, é necessário determinação, e uma boa dose de paciência. Contudo, o que ganhamos é imensurável. Deixar de viver arrastado pelas marés que vão e vêm, dominado pelo sabor das suas emoções mais intensas, engolido por sentimentos de tristeza e fatalismo, como se vivesse eternamente num beco sem saída. Abre-se um caminho de energia criativa, um convite de acesso ao mais profundo de si próprio, uma descoberta de que afinal é um Ser infinito, com poder de Criação infinito e uma ligação intensa ao Todo. O filtro de culpa e recriminação é desfeito, as ideias de probabilidade daquilo que a sua vida será caem por terra, a necessidade de segurança acima de tudo é substituída por uma confiança em si e na Fonte.

Por vezes, dizem-me que é duro ser Consciente. Concordo que pode ser às vezes. O que costumo responder quando me dizem isso é: e não é duro sem ser consciente? Mesmo tomando a decisão de não mudar nada, isso fá-lo-á libertar-se do sofrimento? Ou as dores, as mágoas, o peso continuarão em cima dos seus ombros? Questione-se se vale mais a pena sofrer mantendo a venda nos olhos, sem tomar as rédeas da sua Vida, ou se vale a pena correr o risco de sofrer, mas por uma causa de liberdade, uma libertação de si próprio das correntes que o aprisionam neste momento e que o levará à verdadeira Alegria, Gratidão e Amor próprio e pelos outros.

Eu tomei a minha decisão há muito tempo e todos os dias enfrento as minhas correntes, cortando-as uma a uma para manifestar plenamente quem Sou, com vista à minha Liberdade, e é maravilhoso. É um olhar novo a cada dia, é uma profunda conexão à minha verdadeira essência, e sei que o farei a vida toda. Porque não existem metas nem finalidades, existe a viagem e esta pode ser preenchida de riso, alegria e consciência. Vale muito, muito a pena. E não é preciso pensar se tem coragem, é só preciso dar um passo de cada vez e essa coragem vem gradualmente. E não é verdade que os que decidem viver a vida de forma consciente, vivem agarrados aos seus problemas numa obsessão para os resolver, longe disso. O que se passa é que os meus problemas deixam de ser “problemas” para serem partes de mim, das quais estou consciente, e sei que evoluem um pouco todos os dias, não me recrimino por eles, sinto-me sim responsável, uma responsabilidade com presença, sem peso nem pressas. Não ando à volta dos meus problemas, vivo em mim e através de mim, e mesmo nos momentos mais difíceis, eu sei que encontrarei a resposta, bastando manter a determinação e a paciência (sim, esta é uma das qualidades que mais se exerce no caminho da espiritualidade. Neste momento, devo ter bíceps de paciência digno de Hércules) 😉 Mas, tudo isto se pode resumir ao seguinte: faça chuva ou faça sol, amo-me profunda e incondicionalmente. Não é um bom incentivo a procurar a sua liberdade? É que é nesta busca que encontrará finalmente o Amor que tanto procura.

Seja livre, escolha em Consciência 😉

Muita Luz,

Sofia M.

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Nenhum de nós sabe quanto tempo tem, nem o tempo das pessoas que amamos

É um dado adquirido que todos nós temos o nosso tempo aqui, quer acredite que este esteja pré-determinado ou vá mudando consoante as escolhas que fazemos. De qualquer forma, ninguém sabe quanto tempo tem. E o mesmo se passa em relação às pessoas que mais amamos aqui. A nossa mortalidade pode ser fonte de ansiedade ou pode ser uma oportunidade para fortalecer relações e compreender a importância da verdadeira aproximação e intimidade.

A pressa vivida no quotidiano, as nossas vidas estruturadas compostas por manhãs, tardes e noites, onde os nossos horários estão determinados por um conjunto de factores, incluindo obrigações, necessidades e desejos, dão-nos a ilusão de que os dias se passam uns a seguir aos outros. E, queixamo-nos porque num dia nos dói a ponta do pé e noutro dia refilamos contra o trânsito, e passamos horas a desabafar sobre aquela atitude que um colega nosso irritado teve connosco. E, de repente, estamos cheios internamente dos nossos horários, dos nossos futuros imaginados, respirando uma realidade que se repete todos os dias e, se não pararmos por um momento, a nossa mente fica plenamente convencida de que estes dias se desenrolarão até ao infinito, como se a mortalidade fosse um sonho do qual toda a gente sabe, mas sobre o qual raramente se fala e do qual temos pouco entendimento.

Por muito que tenhamos a sensação de que os nossos dias avançam uns pegados aos outros, ocasionalmente alterados por um período de férias ou um fim-de-semana mais empolgante, a verdade é que tanto nós como as pessoas que nos rodeiam vivem tão cheias de vida como de mortalidade. E, podemos escolher olhar para esta questão com ansiedade e medo, continuando a viver como se a morte estivesse sempre a muitos anos de distância, ou podemos aproveitar para realmente olhar para a nossa condição humana e talvez questionar as nossas prioridades.

As pessoas que nos rodeiam hoje, algumas delas poderão não estar cá amanhã, e a pessoa que você é para elas, poderá também um dia desaparecer de repente. Estas palavras não têm a intenção de alarmar nem de colocar uma nuvem negra por cima da sua cabeça, servem sim para o relembrar de que ter Consciência da Vida é ter Consciência da Morte. E, quando aceitamos esta realidade dentro de nós, começamos a valorizar os momentos que passamos com os outros, aprendemos a estar gratos pelo tempo que temos agora para viver a nossa vida e é como uma chamada de atenção para olharmos para o nosso estado actual e pensar: que prioridades tenho dentro de mim? Toda a gente diz que uma das grandes prioridades são as pessoas que ama na sua vida, mas se olhar de facto para o seu dia-a-dia, tem estado realmente presente com essas pessoas? Ou a sua presença limita-se apenas a estar no mesmo espaço geográfico do que elas? Estar presente implica uma vontade intrínseca de fortalecer as relações com os outros, construir intimidade não acontece só porque sim, é resultado do contacto entre Almas que partilham um ou vários momentos juntas.

Eu que estou a escrever e você que está a ler, nós um dia não estaremos aqui, mas levaremos connosco as nossas experiências, deixando nesta Terra a nossa energia e as memórias que partilhámos com aqueles que ainda ficarem aqui depois de nós. Não levamos nada mais, os nossos horários deixam de existir, as obrigações tão importantes hoje tornam-se inúteis, os deveres que colocámos acima das nossas relações já não fazem sentido e as prioridades materiais subitamente perdem relevância. Tudo o que levamos e deixamos para trás são experiências, são momentos, são partilhas. Então, o que é realmente importante no final de tudo? Quando se encontra perante uma decisão entre tratar daquele monte de roupa suja e passar umas horas de qualidade com quem mais ama, o que escolhe? Baseia a sua escolha no pensamento de que terá tempo no futuro para estar com eles? E, se alguém nesse momento lhe revelasse que esse futuro não existiria, o que faria então? Provavelmente, aquele monte de roupa suja perdia toda a importância. Então, convido-o a sair do “piloto automático” e olhar para o seu momento presente, o seu dia presente e compreender profundamente a impermanência das circunstâncias, a impermanência da presença das pessoas, a impermanência da Vida e agir com gratidão por aquilo que o rodeia, mostrando o seu Amor.

Amor em cada momento presente é o que cultiva uma vida rica, cheia e plena. E é também o que nos ajuda a aceitar que tudo tem um Fim, mas que esse fim não tem de ser visto com terror, pode ser visto como uma oportunidade para estar grato e poder expressar o seu Amor enquanto aqui estiver com quem ainda cá está 😉 E, consoante as suas crenças, esse Fim pode ser apenas um passo na viagem eterna da Alma e nesse sentido, a Morte é apenas outra etapa. Contudo, o Ser Humano que você é nesta vida, bem como os Seres Humanos que o rodeiam agora, são únicos. A Alma é eterna, mas a vida que está a viver agora é única, não acontecerá novamente. Por isso, valorize as pessoas na sua vida, os encontros inesperados, os amigos que vão e vêm, a família que aumenta ou diminui. Poderá não saber quanto tempo tem, mas pode decidir como passar esse tempo em cada momento.

Seja livre, escolha em Consciência 🙂

Muita Luz,

Sofia M.

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Aquilo que não realizamos não tem de ser fonte de crítica

Quero convidá-lo por um momento a pensar seriamente no que é “crítica”. Fala-se muito em críticas construtivas, que são consideradas positivas em oposição às destrutivas, consideradas negativas. Contudo, se olharmos com mais atenção, crítica não é mais do que apontar o dedo a algo que achamos não estar bem. Esse apontar de dedo pode ser feito de forma amigável ou de forma agressiva, mas não deixa de ser um dedo apontado directamente a uma vulnerabilidade pessoal ou do outro. Somos ensinados que a crítica é boa, que havendo auto-crítica é uma forma de nos vigiarmos para saber o que devemos mudar em relação a nós próprios. Gostaria de o convidar a olhar para esta questão por outra perspectiva.

A crítica é formulada a partir de um ponto de vista de um Eu Interior que observa algo, que pode ser um comportamento, opinião, etc, e conclui que esse algo é negativo e tem de ser mudado. Frequentemente, a crítica traz consigo uma lição de moral, que é transmitida supostamente para trazer a solução àquele problema detectado. Num mundo ideal, sem projecções mentais ou intenções subconscientes, criticar o outro ou nós próprios poderia ser uma excelente ferramenta de análise de comportamentos e padrões mentais/emocionais com vista a melhorias, mas na prática não é assim. Na prática, a crítica traz consigo uma energia abrasiva, que chega a roçar a arrogância, e pressupõe sempre que o que foi feito ou não feito deve ser alvo de condenação. Crítica e condenação estão, muitas vezes, de mão dada. Poderá afirmar que não é essa a sua intenção, e é compreensível, mas tente observar que reacção provoca nos outros e em si próprio quando usa a energia da crítica. Tente sentir por dentro a energia que está a criar ao criticar alguém ou a si próprio. E, se reparar como há indícios de condenação por detrás dessa crítica, poderá começar a pensar que talvez não seja a melhor via para alcançar os seus objectivos mais elevados. É que “agarradas” à energia da condenação, vêm outras energias do género “eu sei mais do que tu” ou “sou sempre o mesmo, nunca aprendo”, etc. E, quando usamos a crítica de forma repetida, esta torna-se um padrão. E, de repente, sem nos apercebermos temos um guarda prisional constantemente a dar-nos a sua “opinião” sobre tudo aquilo que não realizamos e devíamos estar a realizar, que não somos capazes porque não temos capacidade para mais, não somos suficientemente bons nisto ou naquilo, etc. Ou um autêntico polícia em relação aos outros, sempre de olho atento para detectar a mais pequena “infracção” e pronto a usar o apito.

Consciência não é o mesmo que crítica, pois Consciência tem em si a energia da Sabedoria, que nos transmite tranquilidade e confiança. Ao cometermos um erro ou um deslize, a Consciência anota o ocorrido, agradece a sua capacidade de reconhecimento do que ocorreu, observa o ocorrido em busca de aprendizagem e cria confiança para no futuro esse erro ou deslize não ocorrer, mantendo no entanto o sentido de evolução que nos diz que, mesmo que esse erro ou deslize ocorra novamente, que aprenderemos com ele e daremos mais um passo na nossa evolução. Ao passo que a crítica nos mantém a rodar em círculos, focados constantemente naquilo que temos de mudar e não conseguimos, num rol infinito de problemas, a Consciência liberta-nos desse padrão aprisionado e lembra-nos que somos responsáveis por nós, temos toda a capacidade de transformar as nossas vidas e que, com compaixão e tranquilidade, tudo é possível.

Estes não são conceitos simples, mas sempre que se sentir mal consigo ou fizer outros sentirem-se mal com aquilo que não se realizou ou com erros cometidos, está a usar uma energia negativa circular que o manterá no mesmo sítio com a sensação ilusória de movimento. Reforço negativo não é a força motriz mais eficaz, mas sim um encorajamento positivo quando acreditamos que somos capazes de mudar o que quisermos em nós. E, quando percebemos o verdadeiro Poder da Consciência, e largamos o padrão da crítica, largamos também a necessidade de criticar o outro, pois vemos como essa energia só vai gerar negatividade.

É importante desenvolver a nossa Consciência, aceitando as “falhas” em nós, sentindo responsabilidade pela nossa própria evolução, mas sem qualquer tipo de auto-crítica ou auto-condenação. Para semear alegria na sua vida, valorize as boas qualidades que tem e plante compaixão em relação àquilo que gostaria de melhorar em si. Estamos todos aqui para fazer aprendizagens, porque razão temos de nos condenar pelas aprendizagens que ainda não alcançámos?

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Muita Luz,

Sofia M.

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Dramas podem ser autênticas tempestades!

Dramas não são o mesmo que problemas ou desafios. Dramas carregam consigo uma energia de vibração muito baixa, com uma tendência circular que não encontra realmente solução, porque o começo e o fim de um drama não se prendem com a questão central nem as circunstâncias, mas sim com quem criou o drama e com quem participa no mesmo. Por esta razão, vemos com frequência como algumas pessoas “saltam” de drama em drama, pois assim que resolvem um têm necessidade de criar outro, pois este é um comportamento que necessita de altos teores de energia para se alimentar, como um padrão interno que se auto-alimenta, no fundo, como um vício.

Quer você se veja a criar dramas ou mesmo a participar neles com alguma frequência, é importante parar e perguntar-se porque é para si tão crucial envolver-se num problema ou desafio transformado numa história épica, de vários capítulos, que envolve outras pessoas e muitas conversas, tudo à volta do mesmo tópico, com conotação negativa. Pense na forma como se sente depois de participar nestes dramas. Sente-se revigorado, com paixão renovada pela vida e cheio de confiança? Ou sente-se constrangido, com uma sensação de “peso”, uma actividade mental intensa e o corpo ansioso, quase eléctrico?
Dramas são energia mal direccionada, ocorrem quando temos grandes quantidades de energia interna que não estão a ser utilizadas de forma positiva e que têm de ser escoadas por algum lado, criando a necessidade de nos focarmos nestes “projectos” que requerem toda a nossa atenção mental e emocional, usando energia dissonante, pesada e altamente crítica. Pense bem no que está a plantar na sua vida ao focar-se nestes dramas, pessoais ou alheios, com que pessoas se está a rodear no dia-a-dia e decida se é este o contributo que quer fazer para si e para o mundo.

Não há realmente limites para o que poderá conseguir criar na sua vida se decidir equilibrar esta energia mal direccionada e usá-la para implementar mudanças positivas no seu corpo, na sua mente, na sua casa e em todas as suas actividades em vez de a utilizar para plantar ou reforçar energias dissonantes. É realmente extraordinário ser livre para poder fazer escolhas em consciência, por muito difíceis que estas possam parecer. Pode decidir agora mudar a sua vibração e a vibração da sua vida, começando a afastar as nuvens negras e atrair as situações, os ambientes e as pessoas que realmente terão um contributo positivo para si!

Seja livre, escolha em Consciência 😉

Muita Luz,

Sofia M.

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Uma criança precisa de orientação, não de repressão nem de laxismo

É um tema complexo, alvo de muitas teorias, que se vão refutando e substituindo por outras à medida que o tempo vai passando, consoante a cultura e as tendências mentais. Poderá discordar fortemente do ponto de vista que vou desenvolver nesta publicação, e aceito-o sem reservas, pois todos partimos de circunstâncias diferentes, educações diferentes e até culturas diferentes. Contudo, gostaria de o convidar a olhar para este texto como fonte de partilha, cuja intenção é dar-lhe possivelmente outra perspectiva, sobre a qual poderá ponderar e decidir em que pontos concorda e em quais discorda. Não há necessidade de discutir negativamente, mas sim de partilhar entre todos as nossas perspectivas, para que possamos evoluir em conjunto.

Considerar as crianças pequenos adultos coloca para mim um problema. O “adulto” é, de si, um conjunto de factores de amadurecimento biológico, padrões mentais enraízados, bem como hábitos emocionais persistentes, com uma panóplia complexa de intenções comportamentais. Uma criança, por definição, não partilha desta forma de ver e sentir o mundo, e ainda se encontra muito próxima da Alma, do ponto de vista energético. Assim, encontramos mais crianças sensíveis às energias dos ambientes e dos outros do que crianças que não o são (ou aparentemente, não o são). Ao tratar uma criança como pequeno adulto, estamos a conferir-lhe atributos de adulto que esta criança ainda não tem, o que pode criar uma relação deturpada. Quantas vezes ouvimos adultos dizer irritados que uma criança é manipuladora ou dissimulada? O problema que tenho relativamente a estas afirmações é que o adulto olha para a criança como tendo os mesmos atributos da “adultice”, e que a manipulação ou dissimulação presentes em comportamentos de adultos são as mesmas presentes nas crianças. Nada podia estar mais longe. As crianças precisam de testar limites, precisam de apalpar o terreno circundante, faz parte da sua evolução natural. Um adulto, quando usa manipulação ou dissimulação, tem uma intenção negativa de obter o que deseja prejudicando o outro, tendo uma clara desconsideração pelos seus sentimentos. A criança não tem este pensamento. Ela vê o que quer e experimenta várias tácticas para o obter. E se aprende que chorar e fazer birras lhe darão aquilo que quer, é o que fará. O problema é quando os adultos se irritam com este comportamento e se ofendem como se a criança os estivesse deliberadamente a desrespeitar ou a espezinhar os seus sentimentos. A criança aprende através da experimentação, ao nos irritarmos com estas tentativas estamos a exercer repressão, em vez de orientação. Estamos a ensinar que perante o desejo de obter algo que nos é recusado, a forma de lidar com essa frustração é reprimi-la em vez de ensinarmos a criança a navegá-la quando não é possível satisfazer o desejo primordial. O que me leva ao ponto seguinte.

Orientar uma criança pressupõe que nós próprios façamos a nossa própria viagem interior através das nossas emoções, padrões mentais e energéticos, com vista à nossa evolução. Quantos de nós se vêm aflitos quando se sentem contrariados, porque a onda de frustração interna é tão intensa que se mistura com raiva, desânimo e tristeza e parece quase impossível de controlar? Precisamente, porque não aprendemos a lidar com estas emoções de uma forma saudável. É tempo de começarmos a atravessar estes mares revoltos dentro de nós para que possamos orientar as nossas crianças para serem adultos equilibrados e com saúde emocional.

Por outro lado, contesto a ideia da “Nova Era” de que as crianças são Mestres Iluminados. É certo que são fonte de grande inspiração para os adultos, lembrando-nos de valores que possamos ter esquecido, como o olhar inocente, explorador e confiante. Podem ser fonte de mudança em nós também, quando se comovem com situações e nos lembram como é importante não sermos cínicos ou quando querem experimentar coisas que a nós nem nos passaria pela cabeça. Desafiam-nos e testam os nossos limites, podendo ser também um espelho para nós, vendo a forma como interagimos com eles sendo-nos revelado o ponto evolutivo em que estamos. Tudo isto é verdade, mas é preciso não esquecer que são crianças. É certo que encerram grande Sabedoria, mas esta está incluída num corpo físico em crescimento, cujas funções cerebrais, bem como funções energéticas de Chacras, são ainda básicas. Tal como nós. A nossa Alma é poderosa, infinita e totalmente positiva, mas está a passar uma experiência humana num corpo físico, rodeado de tridimensionalidade e várias influências externas.
Não é por acaso que as crianças não brotam da Terra automaticamente, mas nascem da união entre duas pessoas. É porque há necessidade de serem protegidos e orientados. “Largar” uma criança acreditando que esta encontrará o seu caminho quase sozinha, sem lhe dar acompanhamento ou alguma estrutura, é dizer-lhe que está sozinha no mundo. Nós, adultos, necessitamos uns dos outros para evoluir, o que dizer de uma criança em desenvolvimento?

É um texto longo, porque é um assunto complexo e muito mais há para dizer sobre ele, mas o que me parece mais importante a reter é que utilizar a raiva, a impaciência ou até a frustração para lidar com comportamentos mais desafiantes numa criança não conduzirá aos resultados que você gostaria. E o mesmo se aplica a usar energias de alienação ou desresponsabilidade mascaradas de dar liberdade à criança. Orientar é um equilíbrio difícil, com momentos mais afinados que outros, e é importante também aceitar que cometeremos erros e que teremos dias melhores que outros, mas se estiver presente em si próprio, com Consciência da sua própria evolução e da da criança, com intenção plena de a guiar com paciência através das tempestades e dos tsunamis internos, estará a ter uma influência positiva no crescimento dessa criança.

E, porque “criança” nesta publicação não se refere apenas a crianças do ponto de vista biológico, mas também à nossa criança interior, poderá tirar as suas ilações sobre a forma como também lida com ela, ou seja, consigo próprio. Sementes de Amor, Compaixão, Compreensão, Harmonia e Bondade, principalmente em momentos difíceis, são aquelas que darão o verdadeiro alimento que precisamos para o nosso Equilíbrio e Plenitude.

Seja livre, escolha em Consciência 😉

Muita Luz,

Sofia M.

Página do Facebook: Tesouros Gayatri
Faço leituras de cartas individuais: https://sofiamotamarques.wordpress.com/leituras-de-cartas/

O que faria se soubesse que não poderia fracassar?

Entre os maiores medos que a maioria de nós sente, o medo do fracasso deve ser um dos que ocupa o lugar de destaque na nossa vida (mais ou menos ao lado do medo do sucesso, o que é interessante). Este medo do fracasso tem muito que se lhe diga, porque à partida parece ser uma questão de arriscar dar aquele passo que mudará a nossa vida, como deixar o emprego para procurar outra actividade, ou mudar de país. Geralmente, relacionamos o medo do fracasso com grandes acções, intrépidas decisões que nos colocam face a face com os nossos maiores medos. Mas, na verdade, o medo do fracasso limita-nos no próprio quotidiano. É que podemos associá-lo a grandes acções, mas, na verdade, este grilhão acompanha-nos de forma muito mais presente do que poderíamos imaginar à partida.

Não somos ensinados a lidar com o fracasso. Desde pequenos que lidamos mal com ele, associando ao mesmo emoções de vergonha, auto-crítica e rebaixamento de nós próprios e também dos outros. E, o que é ridículo nesta equação é pensar que o fracasso faz parte da vida, ele vai ocorrer, é inevitável. Então, porquê fazer um estigma tão grande de algo que é inevitável nas nossas vidas? É ridículo e é cruel, porque nos embrulha numa discussão incessante mental e nos limita atirando-nos para uma vida cinzenta e rotineira.
Fracassar não é mais do que uma questão de perspectiva.
De uma forma muito básica, fracassar é não conseguir atingir os nossos objectivos originais. Esta é a perspectiva que nos é incutida desde novos. E, para além disso, é-nos incutido também que quem não atinge os seus objectivos é uma pessoa pouco inteligente, pouco trabalhadora, de fraca vontade e, no fundo, muito abaixo da média, já que aqueles que atingem os seus objectivos são aqueles que consideramos pessoas de sucesso, certo? Então, o contrário é sermos pessoas fracassadas. E ninguém quer ser um fracasso, ninguém quer que a família, os amigos, a sociedade achem que é um fracasso, porque dessa forma pensarão que é uma pessoa pouco inteligente, pouco trabalhadora, de fraca vontade, etc etc… É cruel, é um grilhão e, ainda por cima, não é verdade. Gostaria de o convidar a ter outra perspectiva sobre esta questão e talvez, quem sabe, ganhar outra perspectiva sobre a sua vida.

Aquele que obtém o sucesso é aquele que nunca desistiu, e se nunca desistiu pressupõe-se que fracassou muitas vezes.

O que é realmente importante nesta vida? Será obter as recompensas materiais, aquela casa, aquele carro, aquele status? A vida é apenas um conjunto de objectivos à espera de serem alcançados? Valerá realmente a pena viver uma vida inteira com medo de perseguir aquilo que de facto queremos, porque temos um terror de não conseguir alcançá-lo? Convido-o a retirar importância a esses objectivos, a esses desejos. Eles existem para nos colocar em movimento, para nos aliciar a ir atrás deles, mas isso não quer dizer que o grande objectivo de toda essa viagem fosse chegar ao fim da forma exacta como você imaginou. O objectivo fracassado, a iniciativa que não teve o fim que se desejava, não foi mais do que um pretexto da sua Alma para o fazer passar pelas experiências que precisava para crescer, para evoluir, para expandir a sua Consciência. Poderá alcançar ou não o seu objectivo original, mas não é isso que é importante.
Todos nós já fracassámos em algo, poderá ter sido pequeno ou grande, mas não há qualquer vergonha que deva ser envolvida nesse resultado. Não há qualquer sentimento de culpa ou de auto-crítica que deva existir aqui. A existir algo, seria um grande parabéns pela coragem que teve em dar o passo, em arriscar fracassar. Se conseguiu atingir o seu objectivo original, parabéns, e se fracassou no objectivo original, parabéns também, porque obteve experiências e expansão que nunca teria obtido se não se tivesse movimentado nessa direcção.

Medo do fracasso é como ter medo de respirar. Faz parte da vida, faz parte da nossa experiência humana. Quando nos deixamos engolir por este medo, começamos a colocar tantos limites nas nossas acções que acabamos por nos enfiar numa caixinha muito pequena, cinzenta, monocromática e previsível. Esta atitude só nos trará estagnação, o que conduz à depressão, à fraca auto-estima e à desolação. É normal que assim seja, pois a Alma é sempre expansiva, procura sempre novas experiências e a evolução. Essa caixinha onde você se enfia muitas vezes é minúscula comparada com a grandeza da sua Alma, do seu Poder.

Então, eu volto a perguntar: O que faria se soubesse que não poderia fracassar? Ou, melhor ainda, o que faria se o fracasso não tivesse importância absolutamente nenhuma? Porque, na verdade, o fracasso não tem importância nenhuma. Fracassos são como as estações, vão e vêm, mas a única permanência é você próprio. É você que continua aqui, a respirar todos os dias, a tomar decisões todos os dias, mesmo quando decide não agir. Retire a venda dos seus olhos, veja como as pessoas em geral vivem embrulhadas em fios ilusórios de aprisionamento e que é por causa desta mentalidade que sentem o impulso de criticar e rebaixar aqueles que são “loucos” para ir atrás do que sentem por dentro só porque sim. Não sinta estas opiniões como a Verdade, não deixe que incutam em si emoções de vergonha ou de medo do fracasso, porque você é livre. Livre para ter sucessos e para ter fracassos, livre para rir e chorar, livre para viver toda a vida numa aldeia ou viver a vida a viajar de país em país, livre para ser quem É. Não precisa de se enfiar numa caixinha, nem de ter uma determinada personalidade, nem sequer de imitar aquilo que vê à sua volta.

Você veio para esta vida para Ser quem É. E, se esta existência passar por delinear objectivos, falhar nos mesmos e ganhar muita experiência, muitas lições de vida e um entendimento profundo daquilo que o Ser Humano é em toda a sua grandeza e pequeneza, então veja isso como uma vitória. Porque, para a Alma, Evolução é vitória e não o contrário. O Medo que você sente não vem da Alma, foi algo aprendido e incutido, e é por isso ilusório.

Pense no seu quotidiano e quantas vezes se limita por ter medo de falhar, até nas coisas mais pequenas. Aquela receita que acha demasiado complicada para tentar. Aquela ida ao ginásio, porque acha que toda a gente ficará a olhar para o seu corpo redondinho. Aquela ida ao karaoke em que todos os seus amigos cantam, menos você. Aquela viagem que gostaria de fazer, mas que teria de ir sozinho e isso o assusta. Aquela história que sempre o acompanha, mas que fica paralisado quando pensa em escrevê-la. E tantas outras coisas!

O que faria se soubesse que não poderia fracassar e que o resultado da sua iniciativa não seria importante? Pense, pondere, e vá ao fundo das correntes limitadoras que colocou em si, porque a única pessoa que poderá libertar-se delas, é você.

Seja livre, escolha em Consciência 😉

Muita Luz,

Sofia M.

Página do Facebook: Tesouros Gayatri
Faço leituras de cartas individuais: https://sofiamotamarques.wordpress.com/leituras-de-cartas/