Oh não, estou emocional!

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Um dia de tempestade

Todos nós temos aqueles dias. Aqueles dias em que é uma luta interna conseguirmos sentir-nos confiantes, quando de repente as dúvidas que temos se revelam como grandes bocas abertas cheias de dentes afiados, prontas a devorar-nos. Tentamos lembrarmo-nos do que fizemos dias antes para sentirmos que estávamos no caminho certo, quando hoje as opções estendem-se até ao infinito e nenhuma parece ser a certa.

Faz parte da experiência humana passarmos por estes dias. Sem querer entrar em grandes dissertações metafísicas acerca das razões por detrás desta descida aos infernos fumegantes, quero no entanto afirmar que nem tudo aquilo que sentimos provém da nossa vida ou do nosso interior por si só. Nós somos Seres ligados a tudo e a Humanidade mantém uma ligação colectiva entre si. É por isso que se fala tantas vezes no poder dos pensamentos. Estes não nos influenciam apenas a nós, mas estendem-se como pequenas ondas que vão mudar a energia do ambiente e da consciência colectiva, tendo efeitos que vão muito para além da nossa imaginação. E, para além de sermos Seres sensíveis que recebemos milhares de estímulos por parte desta Consciência colectiva, ainda somos influenciados pela conjuntura energética criada pela própria Terra que, por sua vez, é influenciada pelo ambiente do Cosmos. E é impossível escapar a esta realidade, mas tendo consciência dela podemos libertar-nos da frustração e, mais importante do que tudo, podemos parar de nos recriminarmos pelo nosso estado emocional e psicológico. Repare que recriminação não é o mesmo que responsabilidade. Enchermo-nos de culpa e crítica por achar que somos fracos e sem capacidade para mudar a nossa vida não nos leva a lado nenhum. Ser responsável é saber que não somos vítimas e que temos o potencial divino de dar os passos necessários em direcção à nossa Alma, mas é também dar-nos a nós próprios o direito de ter momentos de cansaço, de desânimo ou de isolamento. Não é sucumbir a esses momentos, é deixá-los fazer a travessia que têm a fazer, aprender com as sensações e libertá-las, sem culpas nem recriminações, sempre com a convicção de que estamos a evoluir e que também esta tempestade terá o seu término.

Um dia de sol

Um dia de sol

Há uma ideia generalizada que nos é incutida desde pequenos, que nos diz que temos de ser de uma determinada forma. Temos de ser líderes, temos de ser fortes, temos de ser guerreiros. E, não é que não seja verdade, mas não engloba todo o Ser complexo que é o Ser humano. Ser humano é também passar por emoções de dúvidas, ansiedade e nervosismo, aprendendo a lidar com essas emoções sem, por um lado, nos criticarmos nem, por outro lado, as ignorar cravando o olhar no futuro por não querer enfrentar essas emoções.

Há alturas mais penosas do que outras. Algumas alturas são mais pesadas por questões circunstanciais que ocorrem exteriores a nós (aparentemente) e outras derivam do nosso interior sem que pareça haver motivos externos para tal. Não há realmente diferença entre uma situação e outra. Apesar de ser mais fácil para os outros “aceitar” que você se sente mal por causa de circunstâncias, não é menos válido você sentir-se em baixo por nenhum motivo aparente. Não se recrimine por não estar no seu melhor, por se sentir fragilizado, triste ou com medo e não o conseguir justificar nem a si próprio nem aos outros. O Ser humano encontra-se colectivamente numa batalha há Eras para não construir tantas conclusões acerca do outro baseado em aparências. Se a outra pessoa está em sofrimento, de que vale eu achar (e pior, dizer) que os problemas dela são facilmente resolvíveis? São-no para quem está de fora, mas com certeza que todos nós temos problemas internos, facilmente resolvíveis por pessoas externas, mas que por sermos nós a passar por eles, estes são verdadeiros desafios olímpicos. Por isso, fica a sugestão para começar a olhar para os outros sem os criticar acerca dos seus problemas “simples” nem se recriminar a si próprio por causa dos seus. É muito libertador quando nos vemos uns aos outros no mesmo barco e que, apesar das circunstâncias e personalidades diferentes, todos partilhamos a mesma experiência aqui. E, não sei qual é a sua opinião, mas quanto a mim, prefiro ser alguém que olha para o outro com compaixão e trabalha para elevar o seu ânimo em momentos difíceis, do que aquele que olha o outro de cima para baixo e aponta o dedo.

Dê a si próprio espaço para ter os momentos que precisa de ter. A mestria interna obtém-se verdadeiramente atravessando tudo aquilo que somos, e isto inclui sofrimentos, dores e dúvidas. Andar a saltar por cima destes desafios sem lidar com eles só os vai aumentar de tamanho até um dia ser impossível para si saltar ou contorná-los.

A emocionalidade faz parte de todas os homens e mulheres deste planeta, que se inter-influenciam constantemente, num fluxo interminável de momentos felizes e desafiantes que os conduz à Evolução. Esta pode ser feita com Consciência e ser uma espiral ascendente ou ser feita sem Consciência conduzindo à estagnação ou, mesmo, a uma espiral descendente. Escolha o olhar com compaixão para si e para os outros, sinta-se livre porque o é realmente, e liberte a culpa que só o prende dentro de si. Assuma o seu papel de Mestre neste planeta e diga a alto e bom som que tem o direito a uma emocionalidade responsável, sem ter de o justificar a ninguém.

Seja livre, seja genuíno e rodeie-se de energia positiva 😉

A Matilde sabe bem o que a ajuda a atravessar os momentos mais difíceis.

A Matilde sabe bem o que a ajuda a atravessar os momentos mais difíceis.

Muita Luz,

Sofia M.

O momento é nosso!

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O momento é tudo o que temos, porque está dentro de nós. É puro, intocado e verdadeiro. Naquele milésimo de segundo em que ocorre, nada o trava e nada o contamina. Quando o conseguimos sentir em toda a sua plenitude, tudo é tão simples e fácil. Quando estamos verdadeiramente presentes no momento, voltamos ao estado puro das crianças, onde tudo é possível e a alegria vem naturalmente.

As preocupações, os hábitos mentais, a nossa própria personalidade, todos eles interferem com a pureza desse momento. Estão programados para argumentar contra a plenitude sentida, contra as possibilidades infinitas, pois o objectivo é manter-nos no mesmo sítio, convencidos de que as paredes que temos em volta são indestrutíveis e inabaláveis. Acreditamos na mentira, porque é com ela que temos vivido a maioria das nossas vidas. Olhamos em volta, e a maioria das pessoas que vemos aprisionam a sua existência nessa mentira. Alguns conseguem usar esta mentira e construir prisões lindas, outras muito funcionais e ainda outras muito inteligentes. Mas uma mentira, por muito bem-sucedida que seja, nunca poderá trazer-nos a verdadeira Paz. A plenitude interior que impregna cada poro, que nos alimenta o fogo interno e a certeza interior de que estamos a viver com toda a força da Alma.

Nem todos estão preparados para viver fora dessa mentira, muitos não estão sequer preparados para ouvir que é mentira, enquanto outros poderão discordar e afirmar que é essa a realidade que vivemos, sendo assim a verdade. Compreendo, consideram que é subjectivo. Consideram que tudo é subjectivo e tudo é visto através da nossa lente interior, composta pelos nossos desejos, educações, cultura e valores, e que serão completamente diferentes de pessoa para pessoa. Mas é aquele momento espontâneo, aquela emoção que nos apossa o corpo e que, antes de a mente reconhecer o que se está a passar, nos diz com uma intensidade avassaladora que há mais do que o que estamos a viver, há muito mais do que o que estamos a ver. E a diferença que achámos que existia entre nós e o outro desaparece. Afinal, somos únicos, mas todos partilhamos esta experiência humana. E, nesse sentido, as Almas buscam o mesmo.

E, esse momento puro pode ser rapidamente engolido pelo mar revolto que é a nossa tridimensionalidade, mas já nada poderá ser como era dantes. Agora, como uma tela em branco salpicada com cor, não há como negar que, por mais camadas monocromáticas de tinta que acumulemos por cima, aquelas gotas coloridas estão lá por baixo, e nós sabemos cá dentro que tudo mudou. E, faz parte da nossa liberdade escolhermos ignorar e continuar a viver dentro destas paredes, ou aceitar que aquilo que construímos não passam de castelos de areia, que tentamos manter intactos contra todas as intempéries, que necessitam de toda a nossa atenção e energia, pois são frágeis e desintegram-se à mais pequena brisa e nos aprisionam num rol incessante de stress e medo da derrocada, porque no fundo sabemos que não passam de corpos sem vida, sem paixão, sem substância.

O nosso peito físico não é suposto sentir-se apertado, contraído e acossado de pontadas de ansiedade. Não viemos a este mundo para morrer uma morte lenta, ensinados a baixar a cabeça e a aceitar o que está estabelecido, porque é tudo o que conhecemos. Viemos para aqui para expandir a nossa consciência, para caminhar a nossa Evolução através da experiência. E, temos toda a Força da Alma connosco, toda a sabedoria acumulada, todos os pontos de ligação com os nossos antepassados.

A necessidade de satisfação imediata é o principal sintoma de uma vida sem vida. O consumo excessivo e eufórico representa uma necessidade desvirtuada de realização pessoal. O vazio interior de uma existência desprovida de propósito, num isolamento acompanhado de multidões, é o que plantamos quando vivemos em busca do material bebendo da sua fonte seca e acreditando que um dia transbordará de água pura. É insano e é mentira que é suposto vivermos assim. Somos mestres. Nascemos mestres e fomos ensinados que somos seguidores. Pior ainda, fomos ensinados que somos escravos, que é suposto pagarmos com a nossa pele pelo “privilégio” de sobreviver aqui e ainda agradecer por isso. É suposto sermos felizes com a nossa condição de prisioneiros. E, vingamo-nos nas roupas que compramos, excedemo-nos na comida que consumimos, enrolados permanentemente numa comparação incessante em relação aos outros que consideramos estarem melhores que nós, alimentando a sensação de injustiça, ou os que estão piores que nós, para nos criticarmos por não valorizarmos aquilo que temos.

É possível mudar. É possível romper as barreiras da educação, da sociedade e das crenças que construímos dentro de nós. Não iremos mudar quem somos, iremos mudar a ideia de quem somos. Porque a pessoa que vê ao espelho todos os dias, que tem as suas características físicas, os seus trejeitos únicos, tem no seu interior a energia pura de uma Alma. E é possível deitar fora as camadas acumuladas para poder sentir essa energia. Não é a realidade exterior que determina a nossa realidade interior, é o contrário. A energia da Alma é a energia da Criação. É ela que cria a nossa realidade, mas faz parte da nossa liberdade escolher dar-lhe ouvidos, colocá-la a ela no pódio, dar-lhe a ela o comando das nossas acções.

A sua vida é sua. Foi-lhe dada a si e mais ninguém. Não interessa o que a sua vida foi até aqui, você tem o poder e o direito de escolher aquilo que quer que a sua vida seja a partir daqui. Pode sentir que é duro e difícil escolher mudar, mas questione-se: são o sofrimento e o medo emoções estranhas para si? Não. Então, diga a si próprio que mesmo que seja verdade que a sua escolha lhe poderá trazer sofrimento, ao menos acontece porque optou pelo caminho que o trará de volta a casa, de volta ao seu verdadeiro propósito, de volta à sua Alma. E nesse caminho, poderá colher dor, mas colherá muito mais Paz, Alegria e Sucesso. E é essa a diferença entre construir castelos de areia e caminhar nuo de mão dada com a Alma, é que a sincronicidade que buscamos com a fonte pura de Amor é o que nos traz a abundância de recursos, de alimento e de satisfação duradouros.

Respire fundo, sinta quem é neste momento, em todo o seu equilíbrio e desequilíbrio e lembre-se que, independentemente das circunstâncias da sua vida ou do seu passado, você tem o Poder para tomar as decisões. E, quando as tomar, não está sozinho. Peça ajuda neste caminho e não ficará desamparado.

Muita Luz,

Sofia M.

Esperança: alimento dos corajosos ou instrumento dos cobardes?

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Nos últimos anos, ou nas últimas décadas, várias vezes me chegam aos ouvidos afirmações de pessoas que acreditam firmemente que a esperança é algo fútil, passivo e digno de cobardes. Os seus argumentos prendem-se com o facto de a esperança ser um sentimento passivo, pois não requer acção. É algo alimentado por pessoas resignadas para justificar a sua inacção, pois é confortável olhar para um sonho, acalentando a esperança de o concretizar, mas é precisamente esse processo de sonhar que as impede de tomar as acções necessárias para ir ao seu encontro. Não são pessoas proactivas.

A meu ver, há aqui vários conceitos que se misturam uns com os outros e acabam por nos confundir. Nenhum sentimento que incite à expansão e que nos arranque das amarras que temos, ajudando-nos a visualizar uma existência mais plena, pode ser negativo. Nenhum sentimento positivo conduz à inacção ou à resignação. O sentimento que causa resignação é o Medo e a insegurança, nada mais. Aquilo que penso que confunde muitas pessoas e que seja talvez o ponto de origem desta crença de que a esperança é algo fútil, é acreditar que é este sentimento que cria essa resignação, quando na verdade, é apenas o seu oposto. Em nós, existe a dualidade, e Amor tem no seu oposto o Medo, tal como a Luz tem a Escuridão. Assim, também a esperança coexiste com a resignação, sendo extremos opostos que habitam em nós em constante luta. A única fonte que desequilibra esta balança é a própria pessoa, que decide que acção tomar ou não tomar e que caminho seguir. Há pessoas resignadas que vêem a sua vida como condenada e pessoas resignadas que vêem a sua vida com potencial de mudar. Ambos os grupos não tomam acção, são passivos e mantêm-se no mesmo local sem evoluir, mas eu argumentaria que o segundo tem muito mais oportunidade para um dia encetar acções e evoluir precisamente porque acalenta a esperança, do que o primeiro que simplesmente desistiu, inclusive de sonhar.

A Esperança é algo muito positivo e é divino, não fútil ou passivo. É algo que nos mantém em contacto com a nossa Alma, mesmo nos momentos em que nos sentimos sem controlo das nossas vidas, ou mesmo perdidos na escuridão. Não é por acaso que se diz que a esperança é a última a morrer. É porque, quando tudo o resto morreu, a única coisa que por vezes nos impele a viver é essa esperança de que um dia poderemos ter uma existência diferente. Não nos deixemos confundir com a propaganda de que só quem realiza mil tarefas por segundo é que está a avançar na vida. Criar movimento não é o mesmo que Evolução. Uma pessoa pode estar sempre em movimento, mas não sair do mesmo sítio, mantendo-se estagnada numa determinada plataforma evolutiva, continuamente em círculos, recusando-se a parar e a contemplar o que tem em seu redor e internamente.

Por outro lado, ter Esperança não é o mesmo que avançar. Avançar depende da nossa vontade de encetar acções concretas na nossa tridimensionalidade. Mas, eu argumentaria que a Esperança é o nosso alimento, é aquilo que nos relembra da nossa Força, é o que nos mostra que independentemente da vida que temos naquele momento, nós temos o potencial para a mudar, pois se podemos imaginar, podemos concretizar. É essa a nossa Força e o nosso Poder, e a Esperança existe para nos empurrar nessa direcção. Ter Esperança não é instrumento dos cobardes, mas sim dos corajosos. Precisamente porque é tremendamente mais difícil continuar a acreditar que a nossa vida e o mundo podem um dia mudar para melhor, quando já levámos muitas cabeçadas e atravessámos muitos desafios, do que quem já desistiu e vive uma existência vazia, desempenhando o seu papel rotineiro desesperançado, esse sim passivo e desprovido de energia transformadora.

Diz-se que a Esperança é fútil e o optimismo não é realista. Mas, eu argumentaria que a Esperança é o motor da mudança e que é o optimismo que cria a realidade, enquanto o contrário é aceitar a derrota e desistir de lutar. É por isso que a Esperança aliada ao pensamento optimista, que é o mesmo que dizer pensamento positivo, e em conjunto com o nosso Poder interno é o que nos leva a tomar as acções transformadoras que impactarão as nossas vidas e as vidas dos outros, criando um efeito repercutente muito para além do que nos apercebemos.

Por isso, mantenha a sua Esperança, mesmo que no momento actual a sua vida pareça muito fechada e sem respostas, pois é essa energia que fará abrir outros caminhos. Contudo, não se aninhe confortavelmente nessa Esperança, acreditando que tudo virá ter consigo sem ser necessário mexer-se. Você está nesta vida para caminhar, e quando portas se abrem ou sente o impulso de avançar, é importante que alie essa Esperança à Acção positiva. Acredite em si próprio e que não está sozinho. Está sempre acompanhado e, quando se sentir inseguro ou sem saber por onde ir, peça para o ajudarem. Peça-o à Fonte de Amor Incondicional, a Deus, ou outra energia com a qual sinta uma ligação profunda.

Tenha Esperança e Confiança. O mundo precisa de si.

Muita Luz,

Sofia M.

Os outros também somos nós

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É comum ouvir críticas sobre a forma como as pessoas em geral se relacionam. São atribuídos adjectivos como “calculistas”, “manipuladores”, “superficiais”, “oportunistas”, “arrogantes”, etc. No entanto, quando tecemos estas críticas em relação ao Outro geral, esquecemo-nos que também nós fazemos parte dessa equação. Por mais que sintamos ter todo o amor e amizade do mundo para dar e que são os outros que não nos permitem abrir e ter relações profundas, a verdade é que está na nossa mão e não na dos outros fazermos essa abertura. Na verdade, se for completamente honesto consigo próprio, poderá comprovar como o medo da verdadeira intimidade está profundamente enraízado na grande maioria de nós. É mais confortável apontar o dedo para um exterior agreste, do que observar os nossos próprios mecanismos de defesa que nos mantêm fechados na familiar prisão da ilusão. Mesmo que fosse verdade que encontramos mais pessoas defensivas e manipuladoras do que pessoas honestas e altruístas, não deixemos que a forma como essas pessoas encontraram de se relacionar connosco e com o mundo determine a forma como nós decidimos relacionarmo-nos com elas e o mundo.

Estamos muito habituados a reagir e não a agir. Quantas vezes, um colega, amigo ou familiar nos confronta com algo de mau-humor e nós reagimos prontamente a esse confronto? Consoante a sua personalidade, poderá dizer a esse colega/amigo/familiar “algumas verdades”, porque é uma pessoa naturalmente extrovertida e frontal, ou encolher-se e sentir-se mal consigo próprio respondendo algo quase imperceptível ou ficando em silêncio, porque é introvertido e inseguro. Tanto uma atitude como a outra são reacções. No momento do confronto, deixamo-nos levar pela energia do outro e, consoante a nossa personalidade, reagimos em conformidade. Contudo, nesse momento não nos apercebemos como estamos a largar mão do nosso poder pessoal. Poderá até parecer que a pessoa que responde na mesma moeda é a que lida melhor com a situação, mas isso é apenas porque crescemos e vivemos numa cultura que valoriza a competitividade e a capacidade de “responder à altura”.

A questão básica na situação descrita acima é que alguém toma a decisão de ter uma atitude bélica e a outra pessoa responde utilizando a mesma energia de combate. Quem imprimiu o tom da discussão em primeiro lugar? E depois, quem decidiu entrar em ressonância com esse tom e aumentar ainda mais a chama da discussão? E, quanto mais nos deixamos embrenhar nestas interacções dissonantes e quanto mais largamos o nosso poder, mais cínicos nos tornamos e vamos aprofundando a crença de um mundo mesquinho e agressor e que nos obriga a uma defesa sem limites.

Agir é diferente de reagir, porque é feito com intenção. Agir já pressupôs ponderação da nossa parte e uma decisão sobre a forma como interagimos com o mundo, muito antes de uma situação específica ocorrer. Dou um exemplo: decido a dada altura que não deixarei que o humor dos outros influencie o meu. Quando, num determinado momento, sou confrontado com as acções enervadas de outra pessoa, eu lembro-me da minha resolução e, nesse momento, tomo uma acção consciente de acordo com os meus valores e princípios, independentemente da opinião/energia do exterior.

É fácil? Não. É sempre mais fácil entrar na onda do que contrariá-la. Mas que tipo de frutos colherá para si e para a sua vida? Quem, em todos os momentos, está presente consigo? Você mesmo. A decisão de ser cínico ou arriscar agir a partir de um lugar de Amor e Compaixão está na sua mão apenas. É ilusória a ideia de que as circunstâncias exteriores são o que determinam o nosso interior. Enquanto acreditar que não consegue agir como gostaria, porque o fulano “x” ou “y” não o permite, está a depositar nas mãos do outro o seu próprio poder.

Como em tudo, não é preciso preocupar-se em mudar da noite para o dia. Por vezes, basta começar a questionar as nossas próprias intenções e reconhecer as mentiras que dizemos a nós próprios todos os dias, para começar a dar passos em frente. É inegável que é mais difícil sermos o melhor de nós em ambientes complicados do que em ambientes agradáveis, mas pense que naquela situação pode escolher ser vítima ou ser mestre de si mesmo. E, se mesmo assim, a cabeça retaliar com comentários como “mas o outro é que tem culpa, porque fez isto e aquilo” ou “ele/ela obrigou-me a tomar aquela atitude”, pense que a única pessoa que tomou a decisão da sua acção/reacção foi você mesmo e mais ninguém.

A comunicação é vital, mas nós vivemos numa sociedade que nos ensina mais a queimar pontes do que a construí-las. E, no meio dessa destruição, ainda sentimos que temos a razão do nosso lado… mas se tentar ver esta questão de um ponto mais elevado de consciência, verá duas pessoas, você e o outro, ambos com as pontes de comunicação em escombros e ambos com a certeza de ter a razão do seu lado, plenamente justificando essa destruição. Que evolução pode acontecer numa situação destas? Nenhuma. Cada um fica convencido da validade das suas atitudes e ambos se afastam sem que nada de positivo tenha sido construído.

Abrir o seu coração nada tem a ver com permissividade ou ser saco de boxe. Ter a coragem de viver de coração aberto e ser vulnerável vem de um lugar de Força e nunca de fraqueza. Vem de um lugar de mestria em que abrimos o coração aos outros, precisamente porque conseguimos reconhecer como as suas atitudes bélicas são defesa para as suas próprias feridas, e não nos sentimos minimamente ameaçados pelas suas atitudes. Não quer dizer que nunca mais se sentirá triste ou ferido por palavras do outro, mas é nesse contacto com as nossas próprias mágoas que encontramos as respostas para o nosso estado interior.

Quando alguém tem uma atitude que me enfurece, a primeira coisa que tento compreender é porque é que me estou a sentir daquela forma. Mesmo que parta do princípio que a intenção do outro tenha sido magoar-me, porque é que dou tanta relevância às suas palavras ao ponto de permitir que me firam daquela forma? E se não teve intenção de me magoar e fê-lo por inconsciência ou ignorância, porque hei-de estar a sofrer por algo que alguém fez sem se aperceber? Este questionamento tem como objectivo encontrar as verdadeiras raízes para as nossas emoções. É que a Mente adora satisfazer-se com o óbvio: o outro foi mau, logo é essa a razão para eu me sentir mal. Só que há muito mais a passar-se nos bastidores que nos faz sentir emoções desagradáveis e é quando começamos a fazer a viagem de redescoberta de nós próprios que ficamos muito surpreendidos com aquilo que encontramos. É que o outro pode ter tido intenções pouco positivas, mas algo em nós decidiu aceitar essa negatividade e usá-la contra nós próprios. Esse “algo” nada tem a ver com o outro nem com as suas intenções ou presença nas nossas vidas, mas sim tudo a ver connosco e com a nossa realidade interior.

Como analogia, é como se alguém nos tivesse atirado uma bola e nós a tivéssemos agarrado automaticamente. Podemos alegar que é lógico agarrarmos uma bola que nos é atirada directamente, mas a verdade permanece: podíamos ter decidido deixar a bola cair no chão.

“Largar a bola” não significa calar-se ou afastar-se (se bem que se sentir ser a melhor atitude, siga a sua intuição), mas sim significa não aceitar utilizar a energia gerada pelo outro e partir do lugar da nossa Verdade interior. Esta Verdade interior é a fonte da nossa Paz, Confiança e Compaixão e podemos usá-la para atravessar situações complicadas e construir algo de positivo. Isto sim é Evolução. E o melhor de tudo, é que quando usa esta energia de vibração elevada, vai influenciar tudo ao seu redor. E, em vez de ser a energia bélica a disseminar-se e determinar a qualidade da energia circundante, esta é transmutada pela energia de Luz gerada por si e impregnará tudo à sua volta. Pode ser profundamente transformador para si e para as pessoas a assistir. Não é por acaso que se diz tantas vezes que as pessoas lideram através do exemplo. Porque palavras bonitas em tempo de Paz toda a gente consegue proferir, mas são as nossas acções em tempos de conflito que reflectem a nossa Verdade interior e que têm mais impacto em nós, nos outros e no mundo.

Para o ajudar a começar a entrar em contacto com a sua Verdade e destapar as várias camadas emocionais e psicológicas que foi acumulando, fica aqui a sugestão de afirmação que poderá usar quando quiser e sempre que quiser. Mais uma vez, estas afirmações nada têm a ver com religião ou crenças específicas, pois a fonte de Amor Incondicional é a mesma, escolha a designação com a qual se sentir mais confortável e esteja à vontade para invocar outro nome/designação:

“Universo/Eu Superior/Deus/Deusa/Anjos e Arcanjos de Amor Incondicional/Mestres Ascensos de Amor Incondicional/Fonte de Amor Incondicional/Jesus/Forças da Terra e Cósmicas de Amor Incondicional…

Peço a vossa ajuda com as minhas emoções e pensamentos. Peço que me ajudem a estar em contacto permanente com a minha Verdade interior e com o meu Eu Superior para que possa receber a energia e as mensagens certas na altura certa. Protejam-me para que não seja minimamente influenciado por energias dissonantes, incluindo energias mentais e emocionais e/ou intencionais de outros. Ajudem-me a manter-me centrado em situações de conflito e a saber usar as minhas palavras e acções para disseminar Amor e transmutar as energias circundantes para que a sua vibração aumente até ao máximo. Afastem do meu caminho todas as pessoas e situações que me sejam prejudiciais e tragam até mim as pessoas, as circunstâncias e as situações perfeitas para os meus propósitos mais elevados. Agradeço a vossa ajuda e presença na minha vida e confio que tudo está a ser cuidado para o Bem de todos.”

Lembre-se, semeie aquilo que deseja colher mais tarde 🙂

Muita Luz,

Sofia

Quando a mente está hiperactiva… meditação activa!

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Hoje em dia, parece que a resposta para todos os nossos problemas é a meditação. Está com stress? A Meditação fazia-lhe bem… A ansiedade não o larga? A Meditação é a melhor solução… Está com dúvidas se deve apanhar o comboio ou o autocarro amanhã? A Meditação dá-lhe a resposta certa… Para virtualmente qualquer desafio que esteja a ter na sua vida neste momento, é possível criar um slogan para si sobre as vantagens da meditação. No entanto, você continua a torcer o nariz e a única coisa que tenho a dizer sobre isso é… compreendo-o perfeitamente.

Olhamos à volta e a meditação parece estar na ordem do dia. Tem tantos benefícios e parece tão simples, que quase roça a magia. Então, porque é que não andamos todos a praticá-la? Talvez porque a publicidade que a meditação tem tido ao longo dos anos é vastamente mais prometedora e mágica do que depois na prática se comprova ser. Na prática, guardar 15 minutos para se sentar e se concentrar na sua respiração imediatamente a seguir àquela reunião em que todos argumentavam e ninguém se entendia, cedo se tornam 15 minutos de batalha contra uma mente hiperactiva, cuja nova obsessão é insistir em acalmar-se e encher-se de frustração por não o conseguir. E, subitamente, a ideia que tanto nos atraiu da pessoa sentada em plena serenidade, onde todos os problemas se diluem e ficam lá fora, enquanto se maravilha numa comunhão estreita com a sua Alma, parece um sonho tão longínquo como sermos contactados pela Nasa para uma viagem surpresa à Lua.

A verdade é que a meditação tem tido muitos textos escritos sobre ela, muitos métodos apresentados e muitas sugestões às quais pode aceder na Internet. Nada do que vou dizer neste artigo é propriamente revolucionário, no entanto, poderá ser surpreendente para si. Isto porque na grande maioria dos websites e revistas offline e online de Bem-estar, a meditação é praticamente apresentada da mesma forma. E estes métodos podem resultar com algumas pessoas, mas não para todas. E, mais importante ainda, pode resultar para alguns momentos em que algumas pessoas se encontram, mas não para todos. Confuso? Basta pensar em si próprio. O seu estado mental durante uma semana de trabalho intenso não será a mesma de quando está de férias, por exemplo. É por isso que mesmo as pessoas que num determinado momento conseguiram utilizar os métodos mais conhecidos de meditação a seu favor, passam depois alturas em que a prática parece uma tarefa de proporções titânicas. E é por isso que tantas pessoas já experimentaram praticar meditação e desistiram, porque saíram da experiência mais ansiosos e frustrados do que quando começaram.

A Meditação não tem de ser um bicho de sete cabeças, aliás, um dos seus objectivos é silenciar a cabeça, por isso é suposto ser um bicho sem cabeça alguma mesmo 😉 Na verdade, é muito simples: viver o momento no momento. O princípio por detrás de se concentrar na sua respiração é que enquanto observa as inspirações e expirações, a sua mente é obrigada a parar e a fazer essa observação. Quando a mente se distrai (e vai mesmo acontecer, por isso não se deixe engolir pela frustração, já que é inevitável), não é suposto batalharmos com ela, mas sim voltar a observar a respiração como se nada fosse. À medida que pratica, começa a criar espaços dentro da sua mente em que o silêncio fica cada vez mais presente, permitindo que consiga estar no momento sem ser distraído com este ou aquele pensamento. Esta é a base. E os métodos “passivos” desta base, como o da respiração que descrevi anteriormente, são os mais publicitados, mas não são os únicos. Diria até que nem sequer são os melhores para algumas pessoas e alguns estados mentais/emocionais. Posso dar alguns exemplos de casos em que não recomendaria estes métodos “passivos”: pessoas que se sentem ansiosas com frequência, pessoas hiperactivas, pessoas que sentem estar num estado constante de enervação (e que se irritam/sentem-se frustradas com facilidade), pessoas com depressão profunda ou a atravessar um momento especialmente emocional, pessoas sensíveis com tendência a episódios psíquicos (geralmente episódios negativos, que aumentam ainda mais a ansiedade e a insegurança) e para todos aqueles em que o mero pensamento de acender uma vela, meter música suave e sentar-se em completo silêncio é pior do que passar por cima de um tapete cravejado de alfinetes.

A Meditação é uma ferramenta espectacular, e o melhor de tudo… é gratuita se a fizer sozinho no seu próprio tempo. E posso dizer-lhe que sim, é mesmo a resposta para os nossos desafios. Não digo que lhe revelará o número do Euromilhões, mas só o facto de poder começar a largar a ansiedade, as sensações que lhe provocam mal-estar e o impedem de viver a sua vida em plenitude, começando a construir relações saudáveis com os outros e também consigo mesmo, só isso já começará a mudar a sua vida interior e, consequentemente, a exterior. Ainda não está convencido? Então, deixe-me falar-lhe de meditação “activa”.

A diferença entre meditação “passiva” e meditação “activa” é que enquanto na primeira o seu corpo se encontra totalmente imóvel, na segunda o seu corpo é convidado a participar na prática da meditação. Existem várias formas e, na minha opinião, o limite está apenas na sua imaginação. A única coisa a ter presente é… estar presente. Ou seja, a ideia é manter-se focado no que está a fazer naquele momento sem dar ouvidos aos pensamentos. A sua mente viajará pelas preocupações, responsabilidades e afazeres, principalmente numa etapa inicial da sua prática, e isso é perfeitamente natural. Nesses momentos, concentre-se no que está a fazer com o corpo e não entretenha os pensamentos, não tente encontrar soluções para os problemas que a sua mente está a referir e não acredite também em pensamentos desencorajadores. Sei o que é ter mil pensamentos destes por segundo, e é por isso que posso dizer-lhe que insistindo nestas práticas, estes pensamentos começam a surgir cada vez menos e com menor intensidade até um dia já não o afetarem por completo.

O método de meditação activa que gosto mais é dançar. Pois… um método complicadíssimo, não é? 😉 Quando dança, está a entrar em contacto com a sua Alma e através do movimento do corpo é mais fácil começar a viver no momento. Não significa que cada vez que tenha dançado no passado, que tenha meditado também. Como em qualquer actividade, também podemos dançar completamente distraídos de nós, absortos nos nossos pensamentos e embrenhados em activas discussões dentro da nossa cabeça. Mas, se juntar à dança a intenção de meditação, então pode começar a criar magia. A única intenção a ter é a que já referi antes: estar presente. Dançar ao som da música, mexendo o corpo e observando as suas reacções internas, sem entrar no jogo da mente entretendo pensamentos. À medida que ouve as notas da música e dança ao seu ritmo, observe as emoções que começa a sentir, o que pensa sobre si próprio e o mundo naquele momento. Tomar conhecimento do seu estado mental pode ter impacto sobre si mesmo, pode ser assustador ou até surpreendente. Independentemente do que experienciar, lembre-se do seu objectivo: o seu equilíbrio. Se se aperceber de desequilíbrio, está na sua mão caminhar em direção ao equilíbrio. Não ouça a sentimentos de culpa, medo ou desilusão. Nesse momento, agradeça a si próprio o gesto de auto-amor que está a manifestar.

E não tem de ser uma música calma ou clássica (mas se o quiser fazer, óptimo). Porque não a música “Holiday” dos Scorpions? É boa para quem está a começar (ou para quem quer experimentar meditação activa), pois começa de forma calma, depois mais forte e termina de forma calma novamente, e ainda são cerca de 6 minutos. Pode encontrá-la facilmente no Youtube, e mesmo que tenha uma casa cheia de gente e não consiga um espaço individual, pode ir à casa-de-banho com auscultadores e o seu telefone e dançar durante 3 minutos da música (se não se sentir à vontade para ficar os 6 minutos). Não há regras. Faça o tempo que puder da forma como puder, o importante é dar os passos e não se deter ao primeiro obstáculo.

E sabia que pode ouvir música de harpa que vai para além da clássica ou suave? Visite este canal do Youtube onde pode encontrar música dos Metallica, Iron Maiden, bandas sonoras de filmes como o Senhor dos Anéis e Piratas das Caraíbas ao som de harpas: https://www.youtube.com/user/CamilleandKennerly/videos

É óptimo para quem quer começar a entrar em sons mais suaves, mas ainda precisa de algum ritmo associado. Mais tarde, poderá começar a dançar ao som de outros géneros, como Chopin, por exemplo. Não force, avance ao seu ritmo, e aumente os momentos de silêncio dentro de si para começar a ouvir a sua verdadeira voz a alto e bom som. É em si que tudo começa e acaba. Com uma mente hiperactiva e ensurdecedora, você fica surdo ao seu verdadeiro Eu, mantendo-se sempre num ciclo interminável de preocupações, responsabilidades e uma vida monocromática, pois é neste território que a Mente é rei e rainha.

Aqui ficam outras sugestões de meditação activa, mas lembre-se de ter sempre a intenção de meditar, pois facilmente se pode distrair a pensar na lista do supermercado que ainda tem de fazer. Rapidamente, verá como começa a conseguir desfrutar dos pequenos (e grandes) prazeres da vida e de como está realmente presente para as pessoas que ama, bem como para si próprio:

– Brincar com crianças ou animais;

– Ao andar na rua, tire alguns minutos para se concentrar nos seus pés e no seu movimento, a forma como assenta o calcanhar no chão e empurra o solo, a pressão de um pé vs. a pressão do outro. Observe visualmente este movimento ao mesmo tempo que se concentra nas sensações nas suas solas e também como as vibrações sobem pelas pernas;

– Quando estiver a ver televisão, pouse uma mão sobre o cotovelo oposto, e com as pontas dos dedos indicador e do meio, dê dois “passos” com os dedos para baixo (na direcção do pulso) e um “passo” para trás. Continue até chegar ao pulso e repita três vezes ou mais;

– Numa folha de papel em branco, comece a rabiscar com um lápis. Siga aquilo que sente. Estes rabiscos podem ser longas linhas ao longo do papel, podem ser riscos curtos, podem ser pontinhos, podem ser bolinhas, não interessa. Não é suposto criar uma obra-prima (mas se acontecer, parabéns!), mas sim estar concentrado no que está a fazer. Preencha tantas folhas de papel quantas quiser durante o tempo que puder (e enquanto for aprazível fazê-lo, se ficar aborrecido ou inquieto, mexa o corpo ao som de uma música ritmada e solte a tensão);

– Mantras. Pode parecer estranho, mas a repetição contínua do mesmo mantra é uma prática muito poderosa. Recomendo as versões da Deva Premal, porque não incluem cânticos, os mantras recitados têm apenas uma leve melodia. Um dos meus preferidos é “Om Gam Ganapataye Namaha”, do álbum “Mantras for Precarious Times”, basta seguir a Deva Premal e repetir ao mesmo tempo que ela. É excelente para a mente, pois terá de se concentrar mesmo para conseguir repetir o mantra uma e outra vez. Procure no Youtube este mantra recitado pela Deva Premal. As primeiras vezes podem parecer mais difíceis, mas se persistir, rapidamente vai perceber os imensos benefícios para a sua mente. Este mantra recita-se para remover obstáculos, por isso porque não colocar a intenção de remover os obstáculos mentais à manifestação plena do seu verdadeiro Eu? A sua sessão de meditação activa torna-se assim ainda mais poderosa 🙂 E, passado uns dias, vai dar por si a cantarolar dentro da sua cabeça nas mais diversas situações, porque a mente está a aprender novos hábitos e a repetição é uma das ferramentas mais potentes para criar esses hábitos saudáveis.

Estas são apenas algumas sugestões para lhe darem uma ideia do que pode fazer, mas você mesmo pode criar métodos de meditação activa para o ajudar a começar a silenciar a mente. E, pode ser que daqui a algum tempo, já lhe seja possível (e apetecível) sentar-se em silêncio, acender uma vela, colocar uma música suave e usufruir de um momento só seu, em comunhão plena com a sua Alma sentindo apenas Paz e Amor.

Muita Luz,

Sofia

Enraízar para poder voar mais alto

Voar é bom, é magnífico, é ter um gostinho do que é ser Alma novamente, sem corpo, sem limitações, sem Medo. É regressar a casa.

A Espiritualidade dá-nos asas, ou talvez nos relembre que sempre as tivemos. E, quando começamos a dar os primeiros passos nesta viagem, experimentamos momentos de pura Pureza, momentos fugidios de início, depois mais longos, mas sempre com um prazo de validade. E abre-se um mundo que sempre soubemos que deveria existir, um mundo para além do visível e da imaginação, um mundo que nos toca sem percebermos bem como e, por momentos, está tudo bem. Nesses momentos, não estamos sós e temos consciência do diálogo constante que mantemos com a energia, porque nós somos energia, nada está separado e, nesses momentos, podemos sentir essa plenitude e essa comunhão. É magnífico.

Talvez seja por isto que tantas pessoas que têm experiências com a energia de Luz tenham depois tanta dificuldade em voltar. Sim, voltam fisicamente às suas vidas, às suas rotinas, mas o seu coração já não está cá, viaja algures pela magia etérea da atmosfera. É duro quando passamos pela experiência de plenitude e do ilimitado e termos de voltar para uma vida que, de repente, nos parece tão pequena e cinzenta. Sempre soubemos que a nossa vida estava um pouco desequilibrada, internamente conseguíamos sentir essa dor, mas é quando nos abrimos à Fonte, ao Universo, a Deus ou qualquer que seja o nome que queira atribuir, é nesse momento que o espelho de tudo o que a nossa vida é nos olha directamente nos olhos. E, na grande maioria das vezes, não gostamos do que vemos. Podemos chegar até a sentir que nos é insuportável voltar ao ranque-ranque do dia-a-dia. E, de repente, as pessoas que nos rodeiam já não nos parecem as mesmas, não nos cativam como dantes, as conversas aborrecem-nos e até podemos começar a notar padrões negativos, os nossos valores e crenças subitamente já não nos fazem sentido… e ficamos à deriva. Como viver na pele de um passado que ainda não se transformou num futuro? Não podemos viver em nós, mas também não podemos viver fora de nós. Então, criamos esta separação entre o Eu rotineiro, o que cumpre as suas obrigações, honra as responsabilidades, paga as contas, vai para o emprego, limpa a casa e o Eu espiritual, que nos abre as portas para um mundo de infinitas possibilidades, sensações de comunhão intensa com a nossa Alma, um matar saudades com a nossa família universal. Talvez tenhamos noção desta separação, ou talvez não.

Qualquer que seja a nossa história pessoal, todos nós, de uma forma ou doutra, sabemos o que é sofrimento. Mesmo as pessoas que nos parecem superficiais, não podemos de facto saber o seu interior sem lá estar dentro. Conheci mulheres e homens lindos fisicamente, confiantes, com um historial enorme de conquistas amorosas, com empregos fabulosos e que se sentiam os seres mais miseráveis à face da Terra. É difícil lidar com a nossa parte emocional quando ela está ferida e é duro tomar consciência do nosso estado mental. E é assustador pensar no caminho que ainda temos de percorrer e o sofrimento que temos de atravessar se o fizermos. É muito mais reconfortante aninharmo-nos no colo da energia e sermos embalados no seu abraço.

Contudo, vivemos aqui. E estamos aqui por razões importantes. É maravilhoso voar, mas é vital criar raízes. Por mais difícil que seja, nascemos humanos para viver emoções, mesmo quando estas ameaçam engolir-nos. Viver com a ilusão de que estamos a evoluir quando, na verdade, nos rendemos à fuga, é criar ainda mais sofrimento e separação. A magia existe aqui também, a energia de Luz pode impregnar cada aspecto da nossa vida se assim o aceitarmos.
A Espiritualidade não faz parte da nossa vida, ela é a nossa vida. Por muito que a coloquemos numa caixa que só retiramos para fora da prateleira quando estamos sozinhos, a verdade é que ela está sempre connosco, porque somos Seres espirituais e Unos. É por isto que é tão importante nos momentos mais sofridos em que achamos a nossa vida pequena, chata e complicada, chamar a energia pura do Universo para impregnar cada parte de nós para que possamos começar a lembrarmo-nos onde reside o nosso verdadeiro Poder, para o aplicar também aqui em vez de o usar constantemente para voar para outras margens.

Sempre gostei da analogia da árvore, que refere que quanto mais alta a árvore, mais profundas as suas raízes precisam de ser, precisamente para que uma rajada de vento não a derrube com facilidade e a leve para longe. Também nós precisamos dessas raízes, doutra forma a nossa parte humana, as nossas emoções e a nossa mente ficam tão desfragmentadas, que até o mais pequeno problema ou desafio pode despoletar uma reacção emocional intensa. Porque é que acha que há tantas pessoas que se auto-denominam espirituais, que praticam yoga e meditação todos os dias, e depois têm atitudes que nos parecem imaturas e até agressivas? Que as mesmas pessoas que professam a humildade se tornam arrogantes e se acham mestres espirituais que devem dizer aos outros o que devem fazer e como viver as suas vidas? É que ninguém, onde quer que tenha nascido, qualquer que seja o seu QI ou qualquer que seja o seu nível de psiquismo, pode evoluir aqui sem passar pela experiência humana na sua plenitude, e esta experiência passa sempre por viver as emoções e crescer através delas, sempre. Por muito que se esperneie e se ache que se tem um terceiro olho do tamanho do Evereste, se se recusa a olhar para o seu interior, mais tarde ou mais cedo, a máscara da ilusão acaba por se revelar.

Compreendo que é assustador, percebo perfeitamente. É difícil, é desorientador e é de arrancar os cabelos em certas alturas, mas é também libertador. Expande-nos para além dos nossos sonhos mais loucos, faz-nos rir das ideias que temos acerca de nós próprios e preenche-nos com sensações puras e magnânimas… mesmo quando estamos na fila para o autocarro. Não há limitações, não há circunstâncias e não há rituais necessários. Somente nós em plenitude.

Se estas palavras lhe fizerem sentido, e quando se sentir preparado (poderá levar algum tempo ou ser imediato), diga as seguintes palavras em voz alta. Sim, pode parecer-lhe ridículo de início, também achei isso das primeiras vezes que o fiz, mas é potente e abre caminhos:

(Pode começar por escolher a quem/o quê se dirige consoante o que lhe fizer mais sentido, ou a todos, não importa. A mensagem chega aonde deve, por isso invoquei várias designações abaixo ;))

“Universo, Deus, Fonte de Amor Incondicional, o meu Eu Superior, Seres de Amor Incondicional, a minha família espiritual de Amor Incondicional cósmica e da Terra,

Peço para que intervenham directamente na minha vida para que eu possa manifestar o meu verdadeiro Eu. Por favor, façam chegar facilmente até mim as pessoas, as circunstâncias e as soluções perfeitas para me ajudar. Peço para que cuidem das minhas dores, das minhas ansiedades e das minhas relações. Escolho, neste momento, dar-vos as minhas preocupações em troca de Paz, Serenidade e Confiança. Confio que tudo está a ser cuidado para que eu manifeste o meu propósito de vida com suavidade e tranquilidade.

Obrigada pela vossa presença na minha vida e pela ajuda.”

Poderá acrescentar o que quiser, seja aos pedidos, seja à “despedida”, o que quiser. Poderá parecer-lhe um discurso muito de New Age, mas na verdade é apenas para que você comece a abrir-se à sua própria Alma e a permitir esta acção na sua vida. Lembre-se que apesar de se estar a dirigir a “eles”, na verdade, está a dirigir-se a “nós”, pois a sua Alma faz parte do Todo, não há separação, mas esta forma serve para não confundir a nossa mente em demasia quando começamos a fazer pedidos deste género. Não tem de ser complicado nem preso a receios de religião, cultura ou crenças. Veja como se sente, não dê atenção à cabeça neste momento, sinta apenas e que isso seja o seu barómetro agora.

Você é necessário aqui. Faz parte de todos nós, mesmo que nesta vida não nos conheçamos todos uns aos outros, as suas acções, pensamentos e decisões afectam o Todo. Continue a voar, é de facto maravilhoso, mas comece a pensar em assentar bem os pés na Terra, alimentando as suas raízes, abrindo-se à sua vida interior para se redescobrir e trazer a Luz que experiencia em momentos de silêncio para aqui para que a Terra e todos nós possamos usufruir dela também. Obrigada por existir 🙂

Sofia

Tenho tudo para ser feliz, mas…

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O Normal já foi o meu inimigo, já foi a minha muleta, já foi a minha vida toda… e, finalmente, está a ser depositado no local onde sempre pertenceu: no lixo.

Geralmente, quando perguntamos a alguém se as pessoas têm a liberdade para ser quem são, a resposta é sim. Afinal de contas, vivemos em Democracia, certo? Afirmar o contrário, seria uma ignomínia. Todos somos livres e todos podemos procurar os nossos sonhos, pois estes podem realizar-se… pelo menos, no contexto de filmes e discursos motivacionais. Mas, no “mundo real”, esta suposta liberdade é espezinhada como se fosse um segredo mal contado que todos professam, mas em que poucos realmente acreditam. Gritamos “liberdade”, mas no momento em que os nossos filhos começam a desviar-se do caminho que achamos ser o apropriado, cai o Carmo e a Trindade. E quem diz filhos, diz netos, diz sobrinhos e até os rebentos de amigos chegados.

E, tudo aquilo que em jovens odiávamos nos familiares mais velhos, empregna-se na nossa pele nesses momentos e tornamo-nos naqueles aos quais um dia revirámos os olhos. Repare-se que o que repudiávamos não eram propriamente as pessoas, mas sim a sua falta de visão e de aventura, porque em crianças e em jovens ainda temos um contacto próximo com a Verdade do Universo, contacto esse que se vai desfiando e desfiando à medida que nos vamos rendendo à Verdade humana e do que deve ser.

O Normal é-nos imposto, pura e simplesmente. Com muito boas intenções, diga-se, excelentes intenções até. Intenções de que os jovens cresçam e se tornem adultos responsáveis, com uma situação financeira estável e que constituam eles próprios família e continuem a tradição que nos deram os nossos pais. Contudo, embrenhados no meio deste ensinamento bestial de como viver em sociedade esquecemo-nos do que é mais importante: a pessoa em si. A diversidade não é algo a ser temido ou oprimido, é algo a ser celebrado. Mas celebrado plenamente, não apenas quando se encaixa nos nossos planos e vilipendiado quando nos é inconveniente. Celebrado, aceite e até expectável.

É normal querermos que os nossos filhos estejam seguros, é normal querermos que encontrem o seu rumo cedo para que não dêem muitas cabeçadas e é normal querermos vê-los bem integrados. Só que no meio de toda esta normalidade, deixamos de ter espaço para o que de mais real temos em nós: a nossa Alma. E a Alma quer aprender através de experiências, através de cair e levantar, através de arriscar e sentir a vida pulsar dentro das nossas veias.

A normalidade que se instalou é uma falácia de felicidade, é uma promessa de plenitude que nunca se realiza, mas que nos mantém nesta busca incessante em que sacrificamos o que somos em prol de agradar aos outros, sentirmo-nos reconhecidos, no fundo, sentirmos-nos “membros activos e bem integrados da sociedade”. E neste encaixe perfeito, sofremos em solidão e em silêncio.

Quando trabalhei com a minha mãe no nosso centro de terapias, o principal comentário que escorria dos muitos lábios que por lá passaram e para lá telefonaram, era: “tenho tudo para ser feliz. Tenho um emprego estável, que paga bem, tenho uma família saudável, tenho uma casa bonita. Não há razões para me sentir assim”. E este desabafo sincero vinha ainda carregado de culpa por não sentir a felicidade que deveria sentir, já que tantas outras pessoas vivem situações piores e essas sim, têm razão de queixa.

O nosso coração não faz comparações, não elabora sobre os “porquês”, apenas sente. E se sente solidão e dor, não dá importância ao país em que vivemos, à nossa beleza externa nem ao sucesso da nossa conta bancária. Sente apenas. Por isso, da próxima vez que se criticar a si próprio ou a outro por não sentir aquilo que “deve”, lembre-se que esse sentir é mais real do que qualquer elaboração que a sua Mente poderá fazer acerca da realidade.

Não digo para empacotar as malas e partir rumo a um Ashram, (se bem que se for esse o seu chamamento, vá em frente), e se ainda assim sente que não consegue romper com a herança de normalidade com que cresceu e foi educado, faça aquilo que sente ser o mais certo para si neste momento, mas reserve um cantinho dentro de si que acalente a possibilidade de uma vida que se coadune mais com a sua verdadeira natureza, pois essa pode ser uma semente brilhante para um futuro possível.

Porque, por mais que nos convençamos que temos tudo para sermos felizes, se não o somos, é porque a nossa Alma nos está a enviar uma mensagem em letras garrafais e luzes néon que podemos escolher ignorar ou ouvir, pois somos livres de ir por um caminho ou por outro.

E é aqui que reside a verdadeira liberdade.

O tempo a passar… e você a desesperar!

Rosas num dia de contemplação

A energia da sociedade em que vivemos e fomos criados impulsiona-nos sempre para a frente. Não é saudável parar, é crucial avançar, sempre avançar. Cedo aprendemos que o tempo de contemplação de que usufruíamos em criança, já não faz sentido quando se é adulto. O adulto sabe que perder tempo é cavar a própria sepultura, já que todo o tempo deve ser proactivo… excepto quando nos pomos a ver televisão, mas nessas alturas lançamos pela janela as “obrigações” e dizemos “também mereço um tempo de vegetação”.

Mas, quantas vezes o nosso coração e a nossa mente vagueiam por outras actividades que gostaríamos de fazer e quantas vezes dizemos “não tenho tempo” ou “quando conseguir resolver isto, então terei tempo/disponibilidade mental para outras actividades” ou “não é a altura certa” ou mesmo “isso não é apropriado para um adulto responsável e sério como eu”. Contudo, quando paramos (ou somos forçados a parar) por exaustão ou por doença, então perante o sentimento de culpa por essa paragem, justificamo-nos com “também mereço, porque trabalho muito” ou “não tenho culpa de estar doente”. Contudo, paramos e… o mundo parou por isso mesmo? Aconteceu algum cataclismo por estarmos de cama? Aquelas pessoas que precisam e dependem tanto de nós ficaram num sofrimento atroz porque nós fomos forçados a não lhes dar atenção? Ou, apesar de tudo, o sol continua a nascer e as pessoas à nossa volta continuam a respirar?

É importante começar a dar atenção a estes sentimentos de culpa que nos fazem acreditar que o tempo não é nosso, que decidir pelo nosso bem-estar é ser egoísta e que as pessoas ou o nosso trabalho precisam tanto de nós que nos é negada qualquer pausa para algo que não tenha um “objectivo específico e adequado”. Sempre que dizemos “há pessoas que podem tirar algum tempo para elas, mas eu não, porque…”, estamos a negar o nosso próprio poder de criar o espaço que precisamos para recarregar baterias, expandir horizontes e evoluir. Pergunte a si mesmo: por que razão estou aqui hoje? Por que razão acordei esta manhã e estou vivo? Quando partir desta vida, o que levarei comigo? Uma vida de correrias, sempre num stress afogado em preocupações, numa eterna promessa de que poderei dar a mim próprio um momento de verdadeira paz e relaxamento quando resolver todos os problemas?

Hoje, nem que seja por 30 segundos, tenha a intenção de parar. Parar nem que seja para respirar. Parar apenas por parar, sem qualquer outro objectivo. E sinta como é crucial darmos tempo a nós próprios. Repare, não é ter tempo para nós, é darmos tempo a nós próprios. Porque a única pessoa que tem realmente a capacidade de dar tempo a si próprio é você mesmo. E, mesmo que tente culpar os outros ou a sua vida pelo seu estado de perpétua ansiedade, o único Poder que pode realmente mudar essa situação é o seu próprio Poder. Tempo de contemplação, lazer criativo (não o “lazer” à frente da televisão), uma sesta, brincar com os seus animais domésticos, ouvir música ou dançar, artes manuais, etc não são “perda de tempo”, não são “actividades periféricas”, são essenciais porque são através delas que se abre à sua Alma. Lembre-se, não é uma máquina por muito que a sociedade ou as circunstâncias o queiram convencer disso, é um Ser multidimensional a passar por uma experiência humana e essa experiência será ditada por si, pela forma como navega este mundo e as suas experiências pessoais.

Você é digno de Amor, de Paz e de Alegria. E, se ao ler estas palavras, achar que estas sugestões são apenas “para quem pode”, fique a saber que a autora deste blogue sabe muito bem o que é sentir que ter 24 horas num dia não chega. Que as necessidades de outros são tão prementes e importantes que “terei aquela pausa quando resolver isto… e mais aquilo… ah, e não me posso esquecer daquilo também”. E é precisamente por ter passado por isto e me ter apercebido depois de que é tudo uma grande ilusão e que, de facto, nós temos o Poder para mudar as nossas circunstâncias, que lhe digo aqui e agora que, sim, você tem esse Poder… se assim escolher acreditar.

Sem culpas e sem recriminações, comece a dar pequenos passos em direcção a si próprio novamente. 30 segundos hoje, 60 segundos amanhã. Acredite que após esse tempo, o mundo à sua volta continuará a girar, mas você terá começado a mudar e descobrirá que não é preciso resolver os problemas para finalmente se sentir bem. Na verdade, diria mesmo que é preciso sentir-se bem para resolver os seus problemas.

Lembre-se: você é digno.