Vou buscar o balde!

É um título curioso para um artigo espiritual, não lhe parece? Pois, corre o sério “risco” de se tornar o meu novo mote e, quem sabe, talvez também o seu, caro/a leitor/a!😉​ Hoje, na praia, assisti a uma situação muito engraçada e que acabou por se transformar numa lição espiritual por causa das mensagens que recebi nesse momento.

Uma família, como tantas outras, estava na praia com duas crianças, uma maiorzinha e outra que devia ter os seus 3 anitos de idade. A dada altura, o menino de três anos correu a toda a velocidade para a areia molhada com uma pá na mão. Retirou um bocado de areia com a pá e começou a fazer o trajecto de volta para a toalha, que ficava ainda a uma distância considerável. Primeiramente, começou a correr com muito vigor e pressa, mas depois percebeu que a areia começava a cair da pá, então ajustou o passo e, à medida que avançava naquele bambolear característico dos 3 anos, olhava atentamente para a areia na pá coordenando os movimentos para que a areia não caísse. Levou ainda bastante tempo até conseguir chegar à toalha, onde, todo satisfeito, depositou a areia dentro do balde que ali tinha. Depois, voltou a correr para a areia molhada com a pá na mão. Achei aquela cena uma delícia, porque era observável todas as aprendizagens que o menino estava a fazer acerca das leis da Natureza que o forçavam a fazer ajustes e aprender a coordenar o corpo e o foco.

Nestas deambulações, a Energia entrou pela minha mente e, por um breve instante, senti como os Anjos, os nossos Guias, tantas vezes nos observam nestes movimentos em que tomamos o caminho mais longo, árduo e complicado, em vez de pararmos, meditarmos e, finalmente, percebermos que… afinal, bastava pegar no balde, levá-lo até à areia molhada e, aí, usar a pá para o encher. Depois, poderíamos levar o balde já cheio para onde quiséssemos.

Esse instante em que a Energia me mostrou como o Ser humano funciona muitas vezes fez-me reflectir sobre todas as acções que já tomei em projectos que, inicialmente me pareciam inspirados divinamente e que, ao longo do caminho, se tornavam tão complicados e, muitas vezes, interferiam com o meu bem-estar. Claro que o menino de 3 anos está a fazer exactamente aquilo que é suposto e próprio da sua idade, é por isso que é tão delicioso observar as crianças na sua inocência. Porém, quando crescemos e continuamos a alimentar este padrão, ou seja, vivemos com pouca Consciência do que nos move ou da intenção por detrás das nossas acções, acabamos por complicar muito as nossas vidas.

Os Anjos não tecem qualquer julgamento, apenas nos querem orientar para caminhos que nos podem trazer mais facilidade e tranquilidade. Nós temos livre-arbítrio, por isso podemos complicar ou simplificar a nossa vida o quanto quisermos, sem sermos julgados pelo Divino por causa disso. A questão é que criamos muito sofrimento para nós. Em vez de pegarmos no balde, passamos muito tempo, investimos muito esforço e energia a ir buscar a areia molhada e trazê-la, sem a deixarmos cair, para o seu sítio devido. É por isso que insistem tanto connosco sobre a importância de pararmos, de criarmos espaço no nosso dia-a-dia para o silêncio.

Repare, caro/a leitor/a, a culpa não é sua. Não é você que escolhe deliberadamente complicar a sua vida, mas enquanto não se focar em expandir a sua Consciência, continuará a fazê-lo sem ter noção do esforço e do tremendo cansaço que está a criar para si próprio. No artigo anterior (A Vida mostra-nos, mas Ver depende de nós), falei sobre como tantas vezes escolhemos focar-nos noutras coisas, mesmo quando os Anjos/a nossa Alma/Deus/Fonte nos enviam mensagens muito directas sobre os próximos passos a dar. Porque é que fazemos isto? Porque vivemos tão mergulhados nos problemas, focamo-nos tanto naquilo que nos preocupa mais, que perdemos o Olhar abrangente que nos permitiria deixar de olhar tão fixamente para a pá e perceber que podemos ir buscar o balde.

É uma metáfora, claro, mas é muito relevante para nós, adultos. Ao ficarmos tão obcecados, com visão de túnel, convencidíssimos de que sabemos quais as soluções exactas para os nossos problemas, mantemo-nos no terreno da Mente e não permitimos que a Energia Divina nos guie. O que é irónico é que nós pedimos tanto que nos ajudem a simplificar a nossa Vida, porque nos sentimos assosserbados, e depois quando vemos sinais que nos indicam para implementar acções simples no nosso dia-a-dia, descartamos por achar que são simples demais e que não nos trarão as tais soluções de que precisamos.

Falo muito sobre a aceitação do Presente, porque esse é sempre, a meu ver, o primeiro passo. Por muito que nos pareça injusto ou impossível, o que nos começa a trazer alguma Paz é aceitar (e começar a acreditar) de que estamos exactamente onde é suposto estarmos. E eu sei, porque já passei situações muito difíceis, como é quase insuportável começar a fazer esta aceitação do Presente, até parece que estamos a tentar engolir pedregulhos de tão custoso que é. 🤨​

É preciso nesses momentos alimentar um Olhar mais expandido sobre a nossa Vida, o nosso Presente. A Vida é dinâmica, o que é verdade hoje, não o será amanhã. Porém, se continuarmos a alimentar os mesmos padrões que nos trouxeram até aqui, as circunstâncias podem mudar, mas os desafios manter-se-ão e, mais tarde ou mais cedo, voltaremos a passar pelos mesmos sofrimentos que nos acossavam há anos atrás. Assim, ficar muito zangado/a, irritado/a, triste, com o Presente actual só nos mantém o Olhar na tal pá metafórica e, subitamente, o caminho irá parecer-nos demasiado longo, árduo e esforçoso, de tal forma, que nem nos apetecerá começar.

Os Anjos, a nossa Equipa Divina, estão aqui para nos ajudar a trilhar o caminho, mas também a guiar-nos para rotas que nos podem ser mais fáceis e simples. O trabalho que temos é primeiro aceitar o ponto onde estamos, porque só assim poderemos largar a bagagem da contrariedade que tanto nos pesa, respirar fundo, pedir ajuda e ficar depois atento/a aos pequenos e simples passos sugeridos por Eles. E, cada pessoa recebe as mensagens de formas diferentes e sempre ajustadas à sua personalidade/estado emocional actual, por isso de cada vez que ficar muito confuso/a sobre se uma mensagem é divina ou não, tente observá-la e faça as seguintes perguntas: é uma ideia de execução simples? É uma sugestão de acção que posso tomar já hoje ou, o mais tardar, amanhã? Esta acção sugerida visa o meu bem-estar, promove o meu silêncio interno, ou só irá contribuir para a minha ansiedade e sensação de pressão?

E, quando fazemos estas observações, até podemos chegar à conclusão de que afinal a ideia original era muito simples, só que a Mente interviu e levantou inúmeras questões “extra” que de repente nos parecem muito importantes.
Por exemplo, vamos imaginar que temos uma ideia inspirada divinamente de começarmos a caminhar todos os dias. É uma ideia simples: simplesmente sair e caminhar. Porém, quando a Mente intervém, começa a criar outros problemas:

“E quanto tempo devo caminhar? Dizem que 10.000 passos por dia é o que se devia fazer… mas, isso, em média, demora cerca de 1h30m, como é que vou arranjar tempo para caminhar 1h30m? Mas também menos do que isso, nem vale a pena sair. Lá estou eu a criar desculpas, eu devia era andar os 10.000 passos e deixar-me de preguiças, tenho de conseguir arranjar tempo no meu dia, dê lá por onde der. Mas, esta semana já vai ser difícil, já me comprometi a várias coisas, as pessoas contam comigo e quando estiver despachado/a, já é muito tarde, está escuro lá fora, é perigoso e acabo por me deitar demasiado tarde. Então, talvez pense esta semana sobre a melhor estratégia e para a semana que vem já terei equipamento melhor, se calhar uma roupa/calçado mais adequado, organizarei melhor a minha vida, e blá blá…”

Até fiquei cansada só de escrever este pequeno excerto, mas é para demonstrar como complicamos coisas simples. Quem disse que era suposto caminhar 10.000 passos por dia? Quem dá importância ao equipamento “certo”? Nós! Pegámos em informações ditas por outros e colámos a nós como metas a atingir. Não existe qualquer meta, na verdade. Quando sentimos cá dentro que é suposto fazer caminhadas todos os dias ou que é suposto comer um pouco mais de fruta, temos de ficar atentos para observar se a Mente não começa a intervir colocando entraves. E, se colocar, podemos escolher não ouvir! E, se realmente tivermos muitas dúvidas sobre se serão entraves ou indicações importantes a considerar, então podemos olhar para cada uma delas e perguntar se realmente está a simplificar a nossa vida ou se está a complicar uma acção que deveria ser simples!

A não ser em casos muito extremos, os Anjos geralmente fazem sugestões que primam pela sua simplicidade e facilidade de implementação. Se sente que deve começar a comer mais bananas, não comece a planear como poderá fazer e comer uma gigante salada de frutas todos os dias, coma uma ou duas bananas, só! 🤣Tal como caminhar 10 min ou 5 min todos os dias tem um valor infinitamente maior do que baralhar a sua vida toda para poder andar 1h30m e só conseguir fazê-lo duas vezes por mês…

Os Anjos sabem como nos sentimos pressionados e cansados, por isso as sugestões de mudança serão sempre simples e promotoras de maior tranquilidade, silêncio e conexão com o Divino, onde nos sentimos aconchegados, inspirados e com mais vitalidade. Eles ajudam-nos a lembrar que o Poder reside em nós e, se mudarmos um pouco a perspectiva, iremos Ver que podemos ir buscar o balde e, sem pressa nem esforço, enchê-lo com areia antes de nos movermos novamente para o próximo passo. 😉​

Muita Luz,

Sofia

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