Ir mais fundo

A cada momento tomamos uma escolha. E, pensar que é o exterior que nos obriga a tomar uma escolha ou outra é mantermos o nosso Olhar muito superficial. É preciso ir mais fundo.
O exterior é apenas o gatilho, porque as energias, elevadas e baixas, existem dentro de nós. A Dualidade interior está a ser remexida e somos nós os únicos responsáveis pelas escolhas que tomamos. Chegou o momento.

Quando o mundo lá fora se torna caótico, a nossa Mente é empurrada para se focar apenas nos problemas externos. Quando estes não são rapidamente resolvidos, é muito típico desenvolver-se obsessão. O perigo deste foco continuado no exterior é sermos engolidos pelo Medo e perdermos perspectiva de Quem Somos. Neste estado, queremos resolver tudo o mais depressa possível e estamos dispostos a abdicar de valores e princípios que, noutras circunstâncias, nunca sequer ponderaríamos fazê-lo.

É natural sentirmo-nos confusos, porque estamos a ser pressionados para assumir uma parte de nós que está envolta em escuridão. Aí residem os nossos aspectos mais básicos e mais destrutivos. É o Medo colectivo que cresce até se tornar sufocante. É também a atitude mais fácil de tomar, porque o radicalismo surge sempre em momentos de grande polarização. A posição mais difícil de tomar é a do meio, é a voz da moderação, porque é continuamente atacada.

Aquilo que temos de começar a compreender é que há Valores e Princípios que devem ser protegidos, pois doutra forma são apenas conveniências. Conveniências que resultam numas circunstâncias, mas noutras já não.
Há Princípios fundamentais dentro de nós, alinhados com a Alma, que estão a ser testados de formas muito intensas. Ao acreditarmos no Medo, começamos a descer cada vez mais degraus, a Luz torna-se mais difusa e não faltará muito tempo até vivermos o nosso dia-a-dia como se fosse uma guerra.

Guerra de trincheiras onde escolhemos um lado, que defendemos com unhas e dentes. Começamos a ver o mundo como dividido em dois: os que concordam connosco, os Aliados, e os que estão contra nós, o Inimigo.
É muito perigoso permitirmo-nos chegar a este ponto, porque neste registo esquecemos completamente Quem Somos e o caminho da Espiritualidade torna-se secundário. A Alma torna-se secundária, o Amor só existe quando é conveniente e partimos para a batalha armados até aos dentes, porque a Mente só compreende a realidade como algo sanguinário.

É preciso resistir a estes impulsos básicos. Uma resistência baseada na Paz. Baseada no compromisso que temos dentro de nós para com o Divino que reside na Humanidade: a sua Alma. Deitemos as armas ao chão e compreendamos que não há aqui aliados nem inimigos, mas sim Medo.
Aquilo que ocorre no mundo neste momento não é mais do que uma lição espiritual à escala global.

O Caminho da Cura

Ao nível individual, o caminho de cura é difícil. Há contínuos testes, as dores vêm ao de cima, surgem emoções fortíssimas como a raiva, a incompreensão, a intolerância, somos acossados por uma parte de nós muito sombria e sentimos necessidade de fugir ou atacar. Queremos que tudo se resolva rapidamente para que possamos voltar a sentir Paz.
Aquilo que se aprende no caminho espiritual é: Quanto mais queremos ignorar a escuridão e escolher soluções superficiais, mais essa escuridão cresce.

O que se passa actualmente no mundo não é diferente do caminho individual da evolução espiritual. Apenas está a fazer-se ao nível colectivo.

O Medo instalado e continuamente alimentado faz emergir em nós um “Ser” que nada tem a ver com a Alma.

E, é muito importante começarmos a reflectir seriamente sobre aquilo que queremos. Que escolha queremos fazer. Porque não basta dizer “estou do lado da razão” ou “a minha causa é nobre”, porque os caminhos que escolhemos trilhar para atingir esses objectivos são aquilo que nos irá definir. As atitudes que escolhemos ter são o nosso verdadeiro contributo para a Humanidade.
Não basta decidir estar de um lado e agora vale tudo. Isso é uma atitude do Ego, da Mente e da Escuridão.

Princípios Fundamentais

O Amor não pode ser uma mera conveniência. A Paz, a Compreensão, a Compaixão, a Paciência, a Tolerância não podem ser meras directrizes para quando tudo corre bem. São, na verdade, o sangue que corre nas nossas veias. Nós temos o Poder para escolher aquilo que queremos gerar.

Muito em breve, o pêndulo do Mundo que pendia para um lado irá começar a pender para o outro. Todos nós assistiremos a revelações que irão fazer com que a maioria das pessoas que hoje se encontra num lado se passe para o outro lado.
E, onde estaremos nós? Seremos assim tão maleáveis que saltamos de um lado para o outro sem pestanejar, mantendo no entanto a mesma postura de guerra? Nós contra Eles e Eles contra Nós?

A Luz que se instalou na Terra há já vários anos provocou esta situação colectiva, tal como acontece ao nível individual num caminho de cura. Aquilo que estava oculto e que semeava sofrimento e destruição, ignorado pela maioria, irá ser exposto a um nível que ninguém poderá ignorar (se bem que muitos irão tentar por não conseguirem lidar com o choque). Mas, é necessário olhar e é necessário confrontarmo-nos com a realidade que nos será apresentada, porque a Terra já está a mudar e exige à Humanidade que mude.

Primeiro, desenterram-se os esqueletos, purga-se o veneno que tem contaminado nos bastidores e traz-se para a Luz.

Há reflexões importantes a fazer

É preciso parar e reflectir seriamente sobre aquilo que estamos a gerar, para nós e para os outros. Porque muito brevemente assistiremos a pessoas a dizer “a culpa não foi minha, fui enganado/a”, mas a verdade irá manter-se: a escolha das atitudes é sempre responsabilidade de quem as tomou. Convido o leitor a reflectir sobre as suas atitudes, porque serão essas que irão prevalecer para si e para os outros. A escolha é sempre entre o Amor e o Medo. A Alma e a Mente. O que queremos realmente para Nós, para a Humanidade, para a Vida?

O momento Presente é sempre o momento certo para mudar de rumo, para irmos mais fundo em nós. Encontrarmos essa centelha divina que nos alinha com a Alma, com o Coração, com o Amor Incondicional. Não é porque o mundo lá fora está caótico que o nosso caminho espiritual é travado, pelo contrário, ele acelera. É uma Oportunidade para ir mais fundo e Ver por debaixo da superfície.

Tudo começa em nós. Nós Somos o Mundo.

Muita Luz,

Sofia


Aqui ficam alguns recursos deste site para a evolução individual:

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